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Mais ajuda à Grécia?

11 de maio de 2011

Convocada pelos sindicatos, uma greve geral paralisou a vida pública na Grécia. O país altamente endividado ameaça entrar em inadimplência, caso não receba nova parcela do plano de resgate da União Europeia.

Greve foi convocada por sindicatos
Greve foi convocada por sindicatosFoto: picture-alliance/dpa

A discussão em torno de uma nova ajuda financeira da União Europeia (UE) para a Grécia escalou nesta quarta-feira (11/05). Milhares de pessoas foram às ruas do país para protestar contra o programa de austeridade financeira do governo em Atenas. Uma greve geral de 24 horas paralisou a vida pública no país, em meio a negociações com vista a uma nova ajuda financeira da UE.

Os sindicatos acusam o governo socialista grego de aniquilar a economia do país com seu programa de ajuste econômico. O Estado não consegue combater a sonegação fiscal, os salários são reduzidos, e o nível de desemprego na Grécia atingiu o recorde de 15,1% em janeiro, e a tendência é crescente.

No ano passado, o desempenho econômico da Grécia diminuiu 4,5%, com expectativa de encolher outros 3% este ano.

Ameaça de inadimplência

Em 2010, a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) salvaram a Grécia da inadimplência com um pacote de resgate de 110 bilhões de euros. Representantes da UE, do Banco Central Europeu (BCE) e do FMI avaliam atualmente em Atenas os progressos na aplicação do programa de reformas.

Os especialistas também irão decidir se a Grécia irá receber a próxima parcela de ajuda no valor de 12 bilhões de euros. Caso esse montante não seja disponibilizado, paira a ameaça de a Grécia entrar em inadimplência já no final de junho.

Violência nos protestos em AtenasFoto: AP

Paralelamente, já está sendo discutida a possibilidade de conceder um segundo pacote de ajuda financeira para o endividado país. Devido aos altos prêmios de risco sobre os títulos da dívida pública, é considerado ilusório o retorno da Grécia aos mercados financeiros em 2012.

Assim como Portugal, a Grécia fará parte da agenda do encontro de ministros de Finanças da UE e da zona do euro no início da próxima semana. No entanto, diferentemente de Portugal, não será tomada qualquer decisão sobre a Grécia. Os ministros das Finanças preferem esperar as sugestões dos especialistas da UE, BCE e FMI, que devem sair apenas no final deste mês.

Novos bilhões

Nesta quarta-feira, a chefe de governo da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, se encontraram em Berlim para discutir a situação em países da zona do euro, principalmente na Grécia e em Portugal, declarou um porta-voz da Comissão Europeia em Bruxelas.

Detalhes do encontro não foram divulgados. Nesta terça-feira, a Comissão Europeia confirmou que a UE estaria trabalhando em um novo plano de ajuda para a Grécia, cujo valor não foi anunciado. A imprensa especula que seja de 30 a 60 bilhões de euros.

CA/rtr/dpa
Revisão: Roselaine Wandscheer

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