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Protestos

20 de novembro de 2007

Depois dos ferroviários e metroviários, funcionários públicos franceses também cruzam os braços. E na Alemanha, governo e Deutsche Bahn tentam evitar nova greve nos transportes ferroviários do país.

Funcionários e servidores públicos franceses entraram também em greveFoto: AP

Em protesto contra a redução de postos de trabalho no serviço público e para exigir melhores condições salariais, milhões de funcionários públicos franceses pararam de trabalhar, nesta terça-feira (20/11).

Segundo dados do governo francês, cerca de 30% dos 2,5 milhões de servidores federais, diretamente subordinados aos ministérios, estão em greve. Outros 2,5 milhões de empregados do serviço público também foram chamados a participar.

Principalmente professores e empregados de órgãos públicos, como hospitais, cruzaram os braços. Empregados da Air France, das empresas estatais de correios e telecomunicações também aderiram à greve. Enquanto isso, a greve de metroviários e ferroviários contra as reformas dos regimes de aposentadoria chega ao seu sétimo dia.

Nesta terça-feira, 27% dos funcionários da SNCF (Sociedade Nacional das Estradas de Ferro Francesas) não trabalharam. Sobe assim, pela primeira vez, a participação dos ferroviários desde o começo da greve. Estudantes universitários também participaram dos protestos de rua e ocuparam 20 das 85 universidades.

"Tomada inimiga"

Protestos em MarselhaFoto: AP

Metroviários e ferroviários franceses protestam contra as assim chamadas reformas dos regimes especiais de aposentadoria que prevêem, para o recebimento da aposentadoria plena, um aumento gradativo do tempo de contribuição de 37,5 para 41 anos, até 2012.

Os 5,3 milhões de funcionários e empregados no serviço público protestam contra a diminuição de 23 mil empregos em 2008 e querem melhores salários.

A greve no serviço público estaria, há muito, planejada e sua concomitância com as dos ferroviários é uma coincidência. O governo francês quer agora evitar que ambos os movimentos se juntem. Uma fusão seria uma "tomada inimiga" dos sindicatos dos serviços públicos pelos ferroviários, advertiu André Santini, secretário de Estado encarregado da Função Pública.

Centenas de milhões de euros

Popularidade de Sarkozy caiuFoto: AP

O Ministério da Economia francês informou que os prejuízos com as greves giram em torno dos 300 a 400 milhões de euros diários. A SNCF anunciou a perda de mais de 100 milhões de euros.

Principalmente o transporte ferroviário de cargas sofreria com a greve. Pelo menos 15 parques industriais ameaçam ter crise completa no abastecimento, informou a SCNF.

Os duradouros protestos também fazem cair a popularidade de Sarkozy. Os sindicatos dos ferroviários se demonstraram abertos a conversar com o governo na quarta-feira. Se Sarkozy ceder, ele perderá credibilidade, pois as reformas foram anunciadas antes das eleições.

Ele também prometeu dar maior poder de compra aos franceses. Os altos preços do petróleo fizeram, no entanto, que este até agora caísse. Por outro lado, se Sarkozy prossegue com sua política econômica, os protestos poderão aumentar ainda mais.

A greve de funcionários e professores está planejada para durar 24 horas e o governo espera que os ferroviários aproveitem a oportunidade e também voltem ao trabalho após as negociações da quarta-feira.

Posições distantes

Deutsche Bahn e ferroviários tentam negociarFoto: AP

Após apelar, durante semanas, por solução do conflito entre a companhia ferroviária Deutsche Bahn (DB) e o Sindicato dos Maquinistas Alemães (GDL), o ministro alemão dos Transportes, Wolfgang Tiefensee (SPD), resolveu exercer pressão sobre a questão.

O ministro convocou o chefe da DB, Hartmut Mehdorn, e o presidente do GDL, Manfred Schell, para uma reunião em seu gabinete, na segunda-feira em Berlim.

Após a reunião, Tiefensee declarou que as negociações teriam sido "construtivas e intensas" e anunciou uma nova oferta da DB aos ferroviários, que atualmente exigem 31% de aumento salarial e acordo coletivo exclusivo.

Detalhes sobre a nova oferta não foram anunciados. Mehdorn e Schell encontraram-se na manhã de terça-feira e não ficou claro se eles voltariam a se encontrar na parte da noite.

Na tarde de terça-feira, o ministro Tiefensee demonstrou-se menos otimista. O ministro afirmou que não estaria claro se a nova oferta da DB representaria uma base sólida para as negociações com os ferroviários. "Infelizmente, as posições estão muito distantes uma da outra", declarou Tiefensee.(tos/ca)

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