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Grupo de extrema direita patrulha cidade alemã

Chase Winter ip
3 de janeiro de 2019

Em reação a ataque de migrantes, homens vestidos de colete saem às ruas de cidade bávara para monitorar "áreas problemáticas".

Supostos apoiadores do NPD em patrulha de proteção em Amberg, na Baviera.
Supostos apoiadores do NPD em patrulha de proteção em Amberg, na BavieraFoto: facebook/@npdnuernberg

Um grupo de extrema direita alemão realizou patrulhas pelas ruas da cidade bávara de Amberg, onde quatro requerentes de refúgio são acusados de ter atacado pedestres no fim de semana.

A filial do partido extremista NPD em Nurembergue publicou em sua página do Facebook fotos de pessoas vestindo coletes vermelhos com as palavras "estamos criando zonas seguras" percorrendo as ruas de Amberg.

O prefeito da cidade, Michael Cerny, expressou "choque" ao saber que o NPD estava tentando criar "espaços seguros" em Amberg, onde ele disse que não havia grupos de extrema direita.

"Eu posso entender a incerteza observada nas reações de alguns locais, mas o ódio e as ameaças de violência de todo o país vão longe demais", disse Cerny ao jornal local Mittelbayerische Zeitung.

Quatro suspeitos, de 17 a 19 anos, requerentes de refúgio do Afeganistão e do Irã, teriam, sob a influência de álcool, agredido passantes na noite de sábado. Doze pessoas sofreram ferimentos, em sua maioria leves.

Eles estão atualmente detidos em uma prisão preventiva sob a acusação de causar danos corporais graves. Três dos quatro tiveram seus pedidos de refúgio rejeitados.

Um porta-voz da polícia de Amberg disse à DW que as autoridades estão cientes dos posts do NPD no Facebook, mas que não haviam visto as patrulhas nas ruas.

"Não vimos nada. Havia apenas fotos de pessoas nas redes sociais", disse o porta-voz.

Desde meados do ano passado, o NPD organiza a chamada campanha de proteção, enviando membros em coletes para marcar presença em "áreas problemáticas", disse o membro do partido Sebastian Schmidtke à DW.

No caso de Amberg, dois grupos de quatro a cinco pessoas com coletes patrulhavam as ruas para mostrar à população local que havia "segurança novamente", relatou Schmidtke, acrescentando que os membros do NPD não tinham armas. No caso de um incidente, eles informariam a polícia, a menos que a situação fosse "séria" e exigisse uma resposta, disse.

Um porta-voz da polícia de Amberg disse que as autoridades tratariam qualquer patrulhamento do NPD como uma reunião política não registrada. O NPD diz que eles têm o direito de patrulhar as ruas sob as leis alemãs de liberdade de circulação.

Os ataques reacenderam debates sobre imigração, integração e criminalidade que dominam a política alemã desde 2015, quando mais de um milhão de pessoa entraram no país em busca de refúgio.

O ministro alemão do Interior, Horst Seehofer, que entrou em confronto com a política migratória da chanceler Angela Merkel, disse na quarta-feira (02/01) que as leis existentes devem ser endurecidas para garantir que os requerentes de refúgio que cometem crimes sejam deportados.

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