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Grupo de Lima quer Cuba em diálogo sobre crise na Venezuela

4 de maio de 2019

Países latino-americanos concordam em convidar Havana para participar de reuniões que buscam solução para impasse em Caracas. Bloco diplomático destaca que não apoia intervenção militar.

Ministro do Exterior do Peru, Néstor Popolizio, fala sobre reunião do Grupo de Lima
Popolizio recebeu ministros para reunião em LimaFoto: Reuters/G. Pardo

O Grupo de Lima, composto por dez países latino-americanos e pelo Canadá, concordou nesta sexta-feira (03/05) em convidar Cuba para participar de uma reunião em conjunto com o Grupo de Contato Internacional (GCI) em busca de uma solução para a crise política na Venezuela.

"Os países do Grupo de Lima decidiram tomar as medidas necessárias para que Cuba participe da busca por uma solução para a crise na Venezuela", afirmou o ministro do Exterior do Peru, Néstor Popolizio, após uma reunião de emergência do bloco diplomático, em Lima.

Popolizio destacou ainda que o grupo rejeita uma intervenção militar na Venezuela como solução para a crise, mas não descarta empregar todos os esforços de natureza política para isolar o regime de Nicolás Maduro.

Na reunião, os ministros do Exterior do bloco diplomático concordaram em propor uma reunião conjunta com Grupo de Contato Internacional, formado por países europeus e latino-americanos que não participam do Grupo de Lima, com o objetivo de restabelecer a democracia na Venezuela e promover novas eleições no país.

Formado em 2017 por iniciativa do governo do Peru, o Grupo de Lima se propôs a denunciar a ruptura da ordem democrática na Venezuela, na ocasião da criação da polêmica Assembleia Constituinte e de uma onda de violentas manifestações que causaram dezenas de mortes. Atualmente, é composto por Canadá, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai e Peru.

No comunicado divulgado após a reunião, o Grupo de Lima pediu ainda que Rússia, Turquia e todos aqueles que ainda apoiam "o regime ilegítimo de Nicolás Maduro" contribuam para o processo de transição democrática do poder na Venezuela.

A reunião de emergência nesta sexta-feira foi marcada depois da tentativa de rebelião militar comandada pelo líder oposicionista Juan Guaidó, a quem o bloco diplomático reconhece como presidente legítimo da Venezuela. 

Durante cinco horas, os ministros debateram a situação na sede do Ministério do Exterior do Peru, em Lima. A Venezuela foi representada na reunião pelo opositor Julio Borges e pelo embaixador nomeado por Guaidó em Lima, Carlos Scull.

O grupo reiterou também seu apoio a Guaidó, que se autoproclamou presidente interino da Venezuela e já foi reconhecido por mais de 50 países, e as ações que o oposicionista promove para restaurar a democracia no país sul-americano.

Enquanto o líder oposicionista recebeu o respaldo de dezenas de países, as Forças Armadas mantiveram seu apoio a Maduro, que conta também com o apoio de aliados como Rússia, China e Cuba.

CN/afp/efe/rtr

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