1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Grupo incendeia entrada da sede do governo

9 de novembro de 2014

Manifestação pacífica por desaparecimento de estudantes termina em violência, após encapuzados investirem contra Palácio Nacional. Presidente promete punição a responsáveis por massacre.

Mexiko-Stadt Proteste und Gewalt nach mutmaßlicher Ermordung vermisster Studenten 08.11.2014
Foto: AFP/Getty Images/O. Torres

Um grupo de cerca de 20 encapuzados derrubou na madrugada deste domingo (09/11) as cercas de segurança dos arredores do Palácio Nacional, sede do governo mexicano, e colocou fogo na porta principal do edifício histório.

O ataque aconteceu após uma grande manifestação pela morte dos 43 estudantes desaparecidos no dia 26 de setembro, no estado de Guerrero. Na sexta-feira, o Ministério Público mexicano confirmou que os jovens foram assassinados por membros do grupo criminoso Guerreros Unidos, com base nos depoimentos de três novos detidos que se declararam autores do crime.

"Eu sei da enorme dor que as informações que obtivemos causam aos familiares, uma dor que todos compartilhamos", disse o procurador-geral do México, Jesús Murillo Karam. "Os depoimentos e a informação que recebemos infelizmente apontam para o assassinato de um grande número de pessoas no município de Cocula."

Durante o protesto desta madrugada, milhares de manifestantes se deitaram no chão da grande praça central da capital mexicana. Quando os organizadores convidaram todos a se retirarem, um grupo se dirigiu ao Palácio Nacional e tentou derrubar a porta principal do prédio.

Protesto começou pacífico, mas terminou em violência na capital mexicanaFoto: AFP/Getty Images/O. Torres

Peña Nieto: "Crimes abomináveis"

Após o lançamento de bombas de fabricação caseira, o fogo foi apagado por um sistema automático contra incêndios do edifício, construído entre 1522 e 1526. Em seguida, forças antidistúrbios da Polícia Federal dispersaram os encapuzados.

O desaparecimento dos alunos de magistério ocorreu em 26 de setembro em Iguala, localidade de 140 mil habitantes, situada 200 quilômetros ao sul da Cidade do México. Os estudantes foram presos e levados pela polícia após terem se apoderado de vários ônibus durante protesto. Seis jovens foram mortos e 43 desapareceram após o confronto.

Até o momento, 74 pessoas foram detidas acusadas de envolvimento no caso, incluindo o ex-prefeito de Iguala, José Luis abarca, e sua esposa. Karam disse que as autoridades estão buscando mais suspeitos.

Desde o desaparecimento dos jovens, familiares de muitos deles estão acampados em frente à escola onde estudavam, exigindo o esclarecimento do caso.

O presidente do México, Enrique Peña Nieto, prometeu punir todos os responsáveis pelo que chamou de "crimes abomináveis".

RPR/rtr/ap

Pular a seção Manchete

Manchete

Pular a seção Outros temas em destaque