1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW
PolíticaIsrael

Sem Netanyahu nem Hamas, Trump assina cessar-fogo em Gaza

13 de outubro de 2025

Acordo assinado no Egito propõe paz duradoura no Oriente Médio, mas apresenta condições vagas, como uma ampla cooperação internacional; Trump esteve antes em Israel, onde se encontrou com Netanyahu.

Ägypten 2025 | Donald Trump beim Gaza-Gipfel unter Vorsitz von al-Sisi
Trump assina acordo de paz no Egito ao lado de líderes árabes, Foto: Michael Kappeler/dpa/picture alliance

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, proclamou nesta segunda-feira (13/10) a "paz do Oriente Médio" após assinar, ao lado de líderes do Egito, Catar e Turquia, uma garantia do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas para acabar com a guerra em Gaza.

Os três países apoiaram o plano de paz de Trump, que possibilitou a soltura dos 20 reféns israelenses vivos que restavam na Faixa de Gaza e de quase 2 mil presos palestinos mantidos em prisões israelenses.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não acompanhou o americano em sua viagem a Sharm el-Sheikh, no Egito, alegando incompatibilidade de agenda devido a um feriado judaico. Segundo reportagem do jornal britânico The Guardian, a recusa ocorreu após o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ameaçar não ir ao Egito caso o premiê israelense comparecesse.

Cerca de 20 países, incluindo alguns da Europa e do Oriente Médio, estiveram presentes à cúpula desta segunda no Egito para discutir a reconstrução de Gaza – inclusive o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que governa a Cisjordânia.

"Temos uma chance única de superar as antigas desavenças e ódio amargo", discursou Trump, apelando a líderes por uma nova era de harmonia na região e um futuro em que não sejam "governados pelas brigas das antigas gerações".

O ditador egípcio, Abdel Fatah Al-Sisi, falou em encerrar um "capítulo doloroso na história humana" e defendeu a criação de dois Estados como única forma de alcançar a paz.

Discurso ao parlamento em Israel

Mais cedo nesta mesma segunda, Trump esteve em Israel, onde encontrou famílias de reféns e discursou no Knesset (parlamento) em Jerusalém. A viagem vem em um momento de esperança de paz entre israelenses e palestinos após pouco mais de dois anos de guerra em Gaza.

"Todo mundo diz que não é possível. Mas vai acontecer. E vai acontecer diante dos nossos olhos", disse Trump ao lado do presidente egípcio, Abdel Fattah el-Sissi.

Ainda não está claro, contudo, quais serão os próximos passos para a paz na Faixa de Gaza, e o conteúdo do documento assinado nesta segunda ainda é desconhecido.

"Acabou o grande e doloroso pesadelo", disse Trump mais cedo, falando a parlamentares israelenses no Knesset. "Vocês venceram. Agora, é hora de traduzir essas vitórias contra terroristas no campo de batalha no grande prêmio de paz e prosperidade para todo o Oriente Médio".

Trump e Netanyahu no parlamento israelense, momentos antes da assinatura de acordo de paz no Egito Foto: Saul Loeb/REUTERS

Sob aplausos, o americano também dirigiu um apelo semelhante aos palestinos em Gaza: "Após uma dor tremenda, morte e dificuldades, agora é a hora de se concentrarem em erguer seu povo em vez de tentar destruir Israel."

Netanyahu elogiou Trump como o "melhor amigo que Israel já teve na Casa Branca", e assegurou estar "comprometido com esta paz". "E juntos, senhor presidente, vamos atingir esta paz."

Trump fez ainda um apelo ao presidente de Israel, Isaac Herzog, para que perdoe Netanyahu pelos crimes de corrupção de que é acusado.

Além da soltura de presos israelenses e palestinos, esta primeira fase do cessar-fogo prevê a retomada de um maior fluxo de ajuda humanitária aos palestinos em Gaza e um recuo parcial das tropas israelenses do território.

ra, as (Lusa, Efe, AP)

Pular a seção Manchete

Manchete

Pular a seção Outros temas em destaque