Suíça, Suécia e Irlanda são apenas alguns dos Estados do continente que mantêm um status de neutralidade. A guerra da Rússia contra a Ucrânia fez muitos reavaliarem tal posição.
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"Se solicitarem sua adesão, a Finlândia e a Suécia serão acolhidas na Otan de braços abertos." Com estas palavras, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, reafirmou nesta quinta-feira (28/04) a disposição da aliança militar para admitir ambos como novos membros.
A Finlândia e a Suécia são consideradas neutras há muito tempo. Mas a guerra na Ucrânia pode agora empurrar os dosi países do norte da Europa para os braços da Otan. E eles não são os únicos no continente a questionar sua neutralidade diante da ameaça russa.
Suíça: uma nova era em Berna?
A Suíça é considerada o principal exemplo de estado neutro. Em 1815, no Congresso de Viena, comprometeu-se a ficar fora de conflitos e não fornecer mercenários a nenhum dos lados. Em troca, as potências europeias garantiram à Suíça que não se envolveriam em nenhum conflito em seu território. "Isto é garantido internacionalmente e, portanto, a mais forte neutralidade que existe", diz o historiador Michael Gehler, professor da Universidade de Hildesheim, na Alemanha.
Mesmo em face do ataque russo à Ucrânia, o governo de Berna não se afastou desta linha. Para ele, a entrega de armas, por exemplo, está fora de questão. A Suíça também está impedindo a transferência de suas munições para tanques alemães para a Ucrânia.
No entanto, a guerra na Ucrânia também trouxe uma grande mudança a Berna, diz Gehler à DW: "A participação em sanções contra a Rússia, contra seus principais representantes como Putin e Lavrov, e não apenas contra os oligarcas − isso é novidade. A Suíça nunca tinha feito isso antes."
Pelo menos o partido liberal suíço (FDP, na sigla em alemão) passou até mesmo a exigir manobras conjuntas entre o Exército do país e a Otan. Isso ainda não encontrou maioria, mas aumentam as vozes que pedem uma aproximação entre a Suíça e a União Europeia. No entanto, parece improvável que a Suíça desista de sua "neutralidade permanente".
Áustria: mais armamentos em vez de aderir à Otan
Em 1955, a Áustria declarou sua "neutralidade perpétua". Foi um pré-requisito para a retirada das tropas aliadas, vitoriosas na Segunda Guerra Mundial. "Assim, a Áustria se libertou da ocupação ao declarar neutralidade", diz Gehler.
Essa neutralidade tem sido suavizada nos últimos anos, por exemplo, através de exercícios militares em conjunto com países da Otan. "Entretanto, os líderes do governo austríaco não demonstraram até agora nenhuma vontade de abandonar a neutralidade e aderir à aliança militar", aponta o historiador.
Isso exigiria uma maioria de dois terços no Parlamento austríaco: "E isso não existe até o momento, também porque a maioria da população austríaca é a favor da manutenção desse status."
Gehler, que é austríaco, enfatiza uma vantagem que o status de neutralidade do país pode ter na situação atual. Ele lembra que o chanceler federal austríaco, Karl Nehammer, foi o primeiro chefe de Estado ou governo europeu a visitar o Kremlin após o início da guerra. "Isso mostra que um país neutro conseguiu mais rapidamente contato pessoal direto com o beligerante presidente russo."
Mas o ataque russo à Ucrânia também fez crescer em Viena o número dos que se preocupam com a segurança. Os militares, com seus cerca de 14 mil soldados profissionais, são considerados fracos e mal equipados. Mas, segundo Gehler, "as Forças Armadas austríacas devem agora ser aumentadas, as estruturas e capacidades devem ser melhoradas. Há planos para aumentar o orçamento militar para 1,2% do Produto Interno Bruto e até mesmo para 1,5% no futuro.
Irlanda: apoio moral a Kiev
A Irlanda tem sido formalmente neutra desde sua independência, em 1921, e seguiu essa política também durante a Segunda Guerra Mundial. Agora, a neutralidade do país está sendo discutida mais intensamente. No entanto, em uma pesquisa encomendada pelo The Times esta semana, mais de 70% dos entrevistados se opuseram à adesão da Irlanda à Otan.
Desde o ataque russo à Ucrânia, o primeiro-ministro irlandês, Micheál Martin, tem deixado claro repetidamente que seu país é militarmente neutro, mas moralmente e politicamente está do lado de Kiev.
Da mesma forma como a Áustria, a Irlanda não é membro da Otan, mas faz parte da União Europeia (UE). E os membros da UE se comprometeram a prestar "toda a assistência e apoio em seu alcance" no caso de um "ataque armado ao território do bloco".
"No entanto, essa disposição de assistência constante no Tratado de Lisboa da UE é voluntária no que diz respeito à assistência militar", diz Gehler: "Isso não significa que nações neutras como a Irlanda ou a Áustria se abstenham completamente. Elas podem fornecer essa assistência na esfera humanitária ou civil."
Suécia: armas e intenções de adesão
A Suécia nunca consagrou sua neutralidade em sua Constituição. "Entretanto, a Suécia não luta nem participa de alguma guerra desde o início do século 19. E, a partir disso, desenvolveu-se uma tradição de neutralidade", explica Gehler.
Mas o país recentemente vem se afastando cada vez mais disso. Após o fim da Guerra Fria e com sua adesão à UE, ele agora se autodenomina "país não alinhado", e se aproximou cada vez mais da Otan através de manobras conjuntas e operações militares.
"Trabalhamos com a Finlândia e a Suécia há muitos anos", disse o secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg, nesta quinta-feira, ao reiterar a disponibilidade de a aliança acolher a Suécia e a Finlândia.
Estocolmo já havia tomado uma posição clara sobre a guerra na Ucrânia. O governo sueco está fornecendo armas para Kiev, incluindo as armas antitanque AT4.
Espera-se agora para ver se de fato a Suécia, juntamente com a Finlândia, vai anunciar sua candidatura à Otan. Isso poderia acontecer já em meados de maio, por exemplo, durante a visita do presidente finlandês, Sauli Niinistö, a Estocolmo. Entretanto, nem o governo finlandês nem o sueco apresentaram, até o momento, um cronograma oficial.
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Finlândia: 1.300 km de fronteira com a Rússia
A Finlândia vai "definitivamente" aderir à Otan, disse o ex-primeiro ministro da Finlândia, Alexander Stubb, à DW, no final de março. "Não é uma questão de se, mas de quando". Ele disse esperar um pedido de filiação da Finlândia "dentro de alguns meses".
Como na Suécia, o apoio à adesão da Finlândia à Otan ganha cada vez mais adeptos, apontam pesquisas. Trata-se de uma consequência direta da agressão beligerante de sua grande vizinha Rússia, com a qual a Finlândia compartilha uma fronteira de 1.300 quilômetros.
Sanções fazem consumidores russos cruzarem a fronteira
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A Finlândia declarou sua independência do Império Russo em 1917. "Os finlandeses foram capazes de manter essa independência com uma relação sempre benevolente com Moscou", diz o historiador Gehler: "Mesmo a União Soviética não questionou a integridade territorial finlandesa durante a Guerra Fria."
"A Rússia não é o vizinho que pensávamos que fosse", diz agora a primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, que defende a adesão do país à Otan. A Finlândia assumiu claramente o lado ucraniano no conflito e apoia Kiev com o fornecimento de armas.
Chipre e Malta: influência russa em declínio
A história do Chipre é cheia de reviravoltas. A parte norte da ilha no Mediterrâneo está sob o controle da República Turca do Norte de Chipre desde 1974, mas só é reconhecida pela Turquia, país da Otan. O Chipre é membro da UE desde 2004 − aderindo como ilha dividida. Esse status complicado impede o país de entrar na Otan.
Com relação à guerra na Ucrânia, o Chipre inicialmente relutou mais do que outros Estados da UE a condenar a agressão russa. A razão disso é que muitos milhares de russos vivem no Chipre e muitos oligarcas russos investiram bilhões de euros na ilha. Mas agora Nicósia passou a pegar pesado contra os russos que estão nas listas de sanções da UE. E também está revogando a cidadania de alguns oligarcas russos que até 2020 puderam comprar um chamado "passaporte de ouro" do Chipre − e, portanto, a cidadania da UE.
Desde o início do ataque russo, Chipre tem fornecido ajuda humanitária à Ucrânia, mas não com equipamento militar. O mesmo se aplica a Malta, outro membro neutro da UE. A ilha de 500 mil habitantes está agora também cada vez mais debatendo um afastamento da neutralidade e deixou de vender "passaportes de ouro" aos russos.
Moldávia e a região separatista Transnístria
Em 1994, três anos após conquistar a independência da União Soviética, a República da Moldávia escreveu em sua Constituição um status neutro. Com isso, o país esperava se livrar das tropas russas. Mas elas continuam estacionadas na parte separatista do país, a Transnístria, que está sob o controle de separatistas pró-Rússia.
Após explosões na Transnístria esta semana, existe agora o medo de que o presidente russo, Vladimir Putin, esteja procurando um pretexto para atacar a Moldávia. O pequeno país faz fronteira com a Ucrânia ao leste e já acolheu muitos refugiados de guerra.
A oeste, a Moldávia faz fronteira com a Romênia, membro da Otan. O governo da presidente, Maia Sandu, está orientado para o Ocidente. Em 3 de março de 2022, a República da Moldávia apresentou um pedido de adesão à UE. Entretanto, a adesão à Otan parece fora de questão, tendo em vista as tropas russas na região separatista da Transnístria.
Bósnia e Herzegovina: medo de interferência russa
Diante da agressão russa, o secretário-geral da Otan prometeu, no início de abril, apoio aos países que se sentem ameaçados pela Rússia. Stoltenberg mencionou especificamente Bósnia e Herzegovina. Mesmo 30 anos após o ataque da Sérvia à Bósnia, a situação no país não é estável, e há medo da interferência russa.
Bósnia e Herzegovina é parceiro da Otan e aspira à adesão no longo prazo. No entanto, a chamada República Sérvia (República Srpska), uma região autônoma do país orientada para a Sérvia e a Rússia, rejeita isso. Milorad Dodik, do partido sérvio bósnio SNSD, disse após o início da guerra na Ucrânia: "Viva a Sérvia, viva a Rússia, viva a República Sérvia na Bósnia."
Muitos bósnios esperam agora que seu país entre na UE em breve.
Sérvia: na corda bamba entre Moscou e Bruxelas
A Sérvia é oficialmente considerada neutra, mas realiza manobras conjuntas com a Rússia. Em junho de 2021, por exemplo, cerca de 100 soldados sérvios participaram da manobra Irmandade Eslava perto da costa russa do Mar Negro, onde foi treinada uma operação aérea.
"Para o presidente Aleksandar Vuèiæ, aderir à Otan está obviamente fora de questão", diz o historiador Gehler. No país, as lembranças do bombardeio da Otan em 1999 e da subsequente independência do Kosovo ainda estão presentes.
"Por outro lado, eles se esforçam para ser admitidos na União Europeia. Portanto, é um ato de equilíbrio que Vuèiæ está tentando realizar. Mas acho que ele não mudará muito a postura pró-Rússia num futuro próximo."
No longo prazo, no entanto, Belgrado provavelmente terá que decidir se se orientará para Bruxelas ou para Moscou.
O mês de abril em imagens
O mês de abril em imagens
Foto: Thibault Camus/AP/picture alliance
Meca sem distanciamento
Após dois anos de restrições da pandemia, um milhão de fiéis de diversos países puderam participar novamente da peregrinação muçulmana a Meca este ano. No período anterior, apenas peregrinos da Arábia Saudita eram convidados para a Haje até Meca. O mês inteiro de abril é o Ramadã para os muçulmanos, e representa um dos cinco pilares do Islã, com muito tempo reservado para jejum e oração. (30/04)
Foto: Saudi Press Agency/REUTERS
Carpas penduradas no céu
Os cata-ventos em forma de carpa Koinobori são um elemento enraizado nos festivais tradicionais da história japonesa. Já no período Edo (entre 1600 e 1800), as coloridas fitas de carpa eram usadas como símbolo do sucesso e de crianças. Hoje, elas podem ser vistas em todo o país, especialmente na época do Dia da Criança Japonesa, que é comemorado em 5 de maio. (29/04)
Foto: Kiichiro Sato/AP Photo/picture alliance
Chefe da ONU reúne-se com Zelenski em Kiev
O secretário-geral da ONU, António Guterres, encontrou-se com o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, em Kiev. Eles debateram principalmente a difícil situação em Mariupol, onde milhares de civis aguardam a criação de corredores humanitários para deixar a cidade. Guterres classificou a invasão russa como "absurda". Durante a visita, a capital foi atingida por bombardeios. (28/04)
Foto: VALENTYN OGIRENKO/REUTERS
UE acusa Rússia de chantagem
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, recebeu com indignação o anúncio de que a Rússia iria interromper o fornecimento de gás natural para a Polônia e a Bulgária, ambos membros da União Europeia (UE), mas garantiu que o bloco já estava preparado para eventuais cortes e planeja uma resposta "coordenada". (27/04)
Para os japoneses, a flor de cerejeira é um momento importante no decorrer do ano. Ela simboliza o início da primavera, partida e passagem, e é celebrada com o tradicional Festival da Flor de Cerejeira. Felizmente, não é preciso viajar até o Japão para vivenciar essa tradição. Também em Hamburgo, há uma homenagem festiva às delicadas flores cor-de-rosa todos os anos nesta época. (26/04)
Foto: Markus Tischler/IMAGO
Nuvem de cinzas na Indonésia
Uma nuvem de cinzas a cerca de 3 mil metros de altura formou-se acima do Anak Krakatau, localizado no estreito entre as ilhas de Java e Sumatra. Desde meados de janeiro, autoridades locais de gestão de desastres vêm registrando aumento da atividade sísmica. O vulcão entrou em erupção pela última vez em dezembro de 2018, quando parte da cratera se rompeu e caiu no mar, provocando tsunami. (25/04)
Foto: Dziki Oktomauliyadi/AFP/Getty Images
Macron é reeleito na França
O centrista Emmanuel Macron venceu a extremista de direita Marine Le Pen no segundo turno da eleição presidencial francesa. Segundo as primeiras estimativas, Macron venceu com cerca de 58,2% dos votos, contra 41,8% de Le Pen. Apesar da derrota, esse foi o maior resultado já obtido por um candidato de extrema direita na história da França. (24/04)
Foto: LUDOVIC MARIN/AFP
Carnaval em abril
Depois de um hiato de dois anos devido à pandemia de covid-19, as escolas de samba do Rio de Janeiro voltaram a desfilar na Marquês de Sapucaí, em um carnaval fora de época. Em janeiro, os desfiles foram adiados para abril, pois o país enfrentava o avanço da variante ômicron e a alta de casos de covid-19. São Paulo também realizou os desfiles no feriadão de Tiradentes. (23/04)
Foto: Wagner Meier/Getty Images
Brasil encerra estado de emergência para conter a covid-19
Ministro da Saúde. Marcelo Queiroga, contraria especialistas e assina decreto que põe fim a medidas sanitárias contra o coronavírus. Decisão não impede estados e municípios de aplicar regras. O fim do estado de emergência foi criticado por especialistas que afirmam que, apesar da queda recente nas infecções, este ainda não seria o momento ideal para pôr fim à medida. (22/04)
Foto: Reuters/S. Moraes
Combatentes ucranianos cercados em siderúrgica em Mariupol
O líder russo, Vladimir Putin, decretou a conquista da estratégica cidade de Mariupol, alvo de intensos bombardeios desde o inicio da invasão russa. No entanto, 2 mil combatentes ainda resistem em uma siderúrgica repleta de túneis. Putin ordenou suas tropas a não invadirem e somente cercarem o local, de modo que "nem uma mosca" consiga passar. Prefeito acusa Moscou de crimes de guerra. (21/04)
Rússia realiza teste com míssil balístico intercontinental
A Rússia realizou o primeiro teste com o míssil intercontinental Sarmat. O presidente Vladimir Putin comemorou o lançamento, ocorrido em meio a extrema tensão geopolítica gerada pela invasão russa à Ucrânia. Ele disse que o novo armamento supera defesas antimísseis e garante proteção contra "ameaças externas". Os EUA, porém, disseram que o míssil não representa perigo para o Ocidente. (20/04)
Foto: Russian Defence Ministry/AFP
Gelo marinho na Antártida tem redução recorde
Estudo de pesquisadores chineses afirma que continente antártico pode ser mais suscetível às mudanças climáticas do que se imaginava. Pela 1ª vez, cobertura de gelo fica abaixo de 2 milhões de km². Principal causa é o aquecimento global. Diminuição da cobertura de gelo é uma das principais preocupações relacionadas ao clima, uma vez que ajuda a acelerar o aquecimento do planeta. (19/04)
Foto: Natalie Thomas/REUTERS
Governo oficializa Victor Godoy como ministro da Educação
O governo federal oficializou Victor Godoy como ministro da Educação. Desde 30 de março, ele estava interinamente à frente da pasta, após o pedido de exoneração de Milton Ribeiro por suspeita de favorecer prefeituras na liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), tendo dois pastores como intermediários. (18/04)
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
"Páscoa de guerra"
O papa Francisco lamentou a "Páscoa de guerra" e pediu paz em sua tradicional bênção Urbi et Orbi. "Que haja paz na Ucrânia martirizada, tão duramente provada pela violência e destruição da guerra cruel e sem sentido para a qual foi arrastada. Que em breve amanheça uma aurora de esperança sobre esta terrível noite de sofrimento e morte". A celebração reuniu 100 mil fiéis no Vaticano. (17/04)
Foto: YARA NARDI/REUTERS
Início da temporada na praia berlinense de Wannsee
Depois de dois anos de pausa devido à pandemia de covid-19, a tradicional abertura da temporada da praia berlinense de Wannsee voltou a ser celebrada no final de semana da Páscoa. Dezenas aproveitaram para dar o primeiro mergulho no local, apesar do tempo nublado e temperaturas que não passaram de 10°C. (16/04)
Foto: Fabrizio Bensch/REUTERS
Confronto em Jerusalém
Um confronto entre palestinos e forças de segurança israelenses deixou ao menos 156 feridos na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, quando milhares de muçulmanos se reuniam para rezar durante o mês sagrado do Ramadã. Esse foi o episódio mais grave de violência registrado no local em quase um ano. (15/04)
Foto: Mahmoud Illean/AP Photo/picture alliance
Empurrando para o posto
Motoristas de riquixás empurram seus veículos em uma fila de Colombo, capital do Sri Lanka, para comprar gasolina em um posto. O país enfrenta a sua pior crise econômica das últimas décadas, e protestos estão tomando as ruas há semanas. Mas os manifestantes rejeitaram uma oferta para conversar com o primeiro-ministro, Mahinda Rajapaksa. Não há uma solução para a crise à vista. (15/05)
Depois de dois anos sem ocupar as ruas de Brasília devido à pandemia, o Acampamento Terra Livre levou à capital o maior número de participantes em seus 18 anos de história. Nos dez dias de programação, que termina nesta quinta-feira, mais de 7 mil indígenas de cerca de 200 povos estiveram no complexo da Fundação Nacional de Artes, segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil. (13/04)
Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Tiros no metrô de Nova York
Um ataque a tiros numa estação de metrô no Brooklyn, em Nova York, deixou mais de 20 feridos. Um homem usando um colete laranja semelhante ao da empresa de transporte metropolitano da cidade acendeu duas bombas de fumaça, antes de abrir fogo contra os passageiros em um vagão do metro. Nova York enfrenta uma onda de tiroteios e ataques. (12/04)
Foto: John Minchillo/AP Photo/picture alliance
Jornal alemão contrata russa que protestou contra guerra
O jornal alemão "Die Welt" anunciou a contratação da jornalista russa Marina Ovsyannikova, que ficou famosa após protestar contra a guerra na Ucrânia durante um noticiário da TV estatal russa. Ela será correspondente freelancer, reportando da Ucrânia e da Rússia, afirmou o jornal, em comunicado. A jornalista de 43 anos será também colaboradora do canal de notícias Welt na televisão. (11/04)
Foto: CHANNEL ONE/REUTERS
Corrida do segundo turno
O presidente da França, Emmanuel Macron, discursa para seus apoiadores em Paris após a divulgação de boca de urna do primeiro turno das eleições nacionais no país. Macron, que busca a reeleição, ficou em primeiro lugar e disputará o segundo turno contra Marine Le Pen, em 24 de abril. (10/04)
Foto: Ludovic Marin/AFP
Estacionamento de dinossauros
Os dinossauros são em tamanho real, alguns se movem, outros até rugem. O "Jurassic Empire Drive-Thru" fica no estacionamento de um centro comercial em Westminster, na Califórnia. Lá, é possível ir em um safári para admirar de perto os grandes dinos de plástico. Não se preocupe: as criaturas pré-históricas não mordem, dizem os organizadores. O evento é "seguro para toda a família". (09/04)
Foto: Jeff Gritchen/The Orange County Register via AP/picture alliance
Primeira missão tripulada privada à ISS decola com êxito
A primeira missão tripulada totalmente privada à Estação Espacial Internacional (ISS) decolou com sucesso do Kennedy Space Center, na Flórida, em uma parceria da empresa startup Axiom Space, com a Nasa e a SpaceX. No comando está o ex-astronauta da Nasa Michael Lopez-Alegria, que viaja acompanhado de três tripulantes, que pagaram 55 milhões de dólares cada para ficar oito dias na ISS. (08/04)
Foto: SpaceX/AP/dpa/picture alliance
Senado dos EUA confirma primeira mulher negra na Suprema Corte
O Senado dos Estados Unidos confirmou a juíza Ketanji Brown Jackson, de 51 anos, como magistrada do Supremo Tribunal de Justiça do país, tornando-a a primeira mulher negra a ocupar o cargo na mais alta instância judicial do país em 232 anos de história. Todos os 50 senadores democratas votaram a favor de Jackson, além de três republicanos - Susan Collins, Lisa Murkowski e Mitt Romney. (07/04)
Foto: Jacquelyn Martin/AP Photo/picture alliance
Papa beija bandeira vinda de Bucha
O papa Francisco criticou nesta quarta-feira (06/04) a "crueldade cada vez mais horrível" que atinge a Ucrânia e condenou o massacre na cidade ucraniana de Bucha, a poucos quilômetros de Kiev. Ele recebeu um grupo de crianças ucranianas que tiveram que fugir de seu país e beijou e abençoou uma bandeira vinda de Bucha, onde centenas de civis foram mortos. (06/04)
Em Chablis, na região vinícola da Borgonha, na França, os viticultores buscam maneiras de proteger as vinhas da geada, após um inverno excepcionalmente ameno em toda a Europa. Uma das estratégias foi instalar velas anticongelantes. A queda repentina da temperatura no início deste mês ameaça não apenas os vinhedos, mas também outras culturas. (05/04)
Foto: Thibault Camus/AP Photo/picture alliance
Zelenski visita cidade alvo de massacre
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, visitou Bucha, nos arredores de Kiev, e acusou as tropas russas de estarem por trás do massacre cometido na cidade. Ele pediu à comunidade internacional que reconheça o ocorrido em Bucha como genocídio. Mais de 400 corpos de civis foram recolhidos pelas autoridades, espalhados pelas ruas da cidade. Alguns, estavam com as mãos amarradas. (04/04)
Foto: Metin Aktas/AA/picture alliance
Doces viagens
Com este gigantesco pirulito, o Changi International Airport, de Cingapura, dá boas-vindas a seus visitantes de todo o mundo. Desde o início de abril, passageiros completamente vacinados contra a covid-19 podem voltar a entrar no país sem ter que se submeter a quarentena. (03/04)
Foto: Roslan Rahman/AFP/Getty Images
Ucrânia retoma controle da região de Kiev
As Forças Armadas da Ucrânia retomaram no sábado o controle de todo o território da região de Kiev, informou a ministra adjunta de Defesa do país, Hanna Malyar. O governo ucraniano disse ter reconquistado mais de 30 cidades e vilarejos na região da capital desde que Moscou anunciou que diminuiria sua presença no norte da Ucrânia para centrar esforços nos combates no leste e no sul do país. (02/04)
Foto: Rodrigo Abd/AP/picture alliance
Ataque a depósito de combustível em território russo
Um depósito de combustível da Rosneft na cidade de Belgorod, a 40 quilômetros da fronteira com a Ucrânia, foi atacado na sexta-feira por dois helicópteros. O incêndio se alastrou por oito tanques, cada um deles com uma capacidade para 2 mil metros cúbicos. Moscou acusou Kiev pelo ataque, o primeiro em território russo desde o início da guerra. A Ucrânia negou envolvimento (01/04).