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Guloseimas adoçam a crise

(am)25 de janeiro de 2003

Balas e outras guloseimas são tidas como produtos extremamente resistentes a toda crise conjuntural. Mesmo nos piores momentos da economia, as pessoas não abrem mão do consumo de doces.

Chocolate em forma de avião: novidade na feira de ColôniaFoto: AP

Como se sabe, o chocolate é alimento para os nervos e consolo para as frustrações. Nas difíceis épocas atuais, ele deveria então proporcionar enormes lucros ao setor da fabricação de doces. Mas isto não ocorre. O faturamento da indústria do chocolate está até mesmo em fase de retração.

O presidente da Federação Alemã das Indústrias de Doces, Dietmar Kendziur, tem uma explicação para o fato: "Como se sabe, as matérias-primas para os nossos produtos são importadas de países do ultramar. No ano passado, as empresas do nosso setor tiveram muitos problemas com o cacau. Houve dramáticas turbulências nos países fornecedores e o nível dos preços subiu para mais que o dobro, somente nos últimos 18 meses".

Atualmente, o preço do cacau bruto está em torno de 2200 euros (cerca de 8500 reais) por tonelada. Há um ano e meio, ele ainda estava abaixo de mil euros por tonelada. A evolução do preço resulta em parte das oscilações da colheita. E também dos distúrbios políticos na Costa do Marfim, o principal país exportador de cacau.

Aumento de consumo

Apesar da crise no setor do chocolate, o consumo per capita dos outros tipos de doces na Alemanha aumentou em 0,6% no ano passado: cada cidadão alemão comeu em média 30 quilos de doces em 2002.

Segundo Kendzuir, também a situação do mercado de trabalho é boa na indústria de doces: "Na difícil situação conjuntural do ano de 2002, o setor alemão da fabricação de doces pôde manter estável o número dos seus empregados. E, a meu ver, isto tem um grande significado. Atualmente, 55.336 pessoas estão empregadas em 270 empresas. Isto corresponde aproximadamente ao mesmo nível do ano anterior".

Para o futuro, o presidente da Federação Alemã das Indústrias de Doces vê o desafio do setor na criação de novas tendências: "Uma pluralidade de novas formas… Uma variedade de novos sabores, também entre os condimentos, que não eram usados antigamente nos nossos produtos… Por exemplo, um chocolate que tenha a forma de avião".

Novas festas

Ao lado de novas formas e sabores, a indústria de doces espera o surgimento de novas festas e eventos que fomentem ainda mais a venda. Uwe Lebens, um dos organizadores da Feira Internacional de Doces de Colônia, cita neste contexto a festa de Halloween, no mês de outubro.

Costume norte-americano que começa a impor-se também na Alemanha, nos últimos anos, a festa de Halloween tornou-se uma verdadeira mina de ouro para as indústrias de doces. Uwe Lebens: "Esta já era uma tendência consagrada na França e nos Estados Unidos e está cada vez mais aceita também na Alemanha. Ou seja, o mercado se expande no outono através de Halloween. As crianças e os pais aceitaram o novo costume. O comércio mostra um claro crescimento nessa época. Nos Estados Unidos, ele é segmento importantíssimo, na França também. E também na Alemanha, ele crescerá com certeza, paulatinamente".

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