Ataque
13 de setembro de 2008A mídia britânica informa que hackers entraram no sistema de computadores que coordena o acelerador de partículas subatômicas LHC (Grande Colisor de Hádrons), em Genebra. Embora tenham prometido "não interferir no funcionamento" do LHC, os hackers chamaram os especialistas em informática do CERN (Conselho Europeu de Pesquisas Nucleares) de "escolares" em matéria de computador.
A intenção dos hackers gregos, segundo os diários britânicos Times e Daily Telegraph, foi a de mostrar a "fragilidade do sistema" do LHC. De acordo com os jornais, o ataque teria sido feito na última quarta-feira – primeiro dia de funcionamento do acelerador de partículas.
"Sem perdas e danos"
Segundo o porta-voz do CERN, James Gillies, o ataque dos piratas virtuais foi detectado imeditamente sem qualquer dano ao sistema. Os experimentos envolvendo o acelerador gigante de partículas ainda se encontram em seus primórdios. Além dos problemas técnicos e do agora desvendado ataque dos hackers, os cientistas do CERN têm enfrentado grande resistência da população em relação às pesquisas que desenvolvem.
Uma onda de preocupação e medo em relação aos experimentos se alastrou rapidamente após a divulgação dos mesmos pela mídia européia. Além de teorias sobre o "fim do mundo" e a criação de "buracos negros", foram registradas queixas na Justiça contra o CERN.
Uma alemã que vive na Suíça entrou com uma ação de urgência perante o Tribunal Administrativo de Colônia, na Alemanha, pedindo para que fossem cessadas de imediato as atividades do acelerador. O Tribunal rejeitou o pedido, segundo informa o semanário Der Spiegel.