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Hamburgo defende tradição na repescagem da Bundesliga

Philip Verminnen12 de maio de 2014

Tradicional clube alemão nunca foi rebaixado e tem, com as duas partidas contra o Greuther Fürth, sua última chance nesta temporada de manter essa marca.

O relógio no estádio ostenta o orgulho do time, que sempre jogou a primeira divisão da BundesligaFoto: picture-alliance/augenklick/firo Sportphoto

Um total de 50 anos e 260 dias na primeira divisão da Bundesliga, marcados por um gigantesco relógio digital na Imtech Arena que é o orgulho do Hamburgo. Membro fundador da liga em 1963, o clube é o único que nunca foi rebaixado ou disputou divisões inferiores na Alemanha.

Mas por pouco o relógio não parou na última rodada da atual temporada. O Hamburgo perdeu por 3 a 2 para o Mainz, mas foi beneficiado com a derrotas dos concorrentes na luta contra o rebaixamento, Nürnberg e Eintracht Braunschweig, e alcançou uma sobrevida na repescagem. Agora, duas partidas contra o Greuther Fürth, terceiro colocado da segunda divisão, definem se o relógio do dinossauro da Bundesliga será ou não desativado.

"Nós observamos o Greuther Fürth diversas vezes e sabemos exatamente o que nos aguarda. Vamos entrar com a motivação e dedicação máxima nos jogos da repescagem. A repescagem foi apenas um pequeno passo. A nossa meta, obviamente, é permanecer na Bundesliga", declarou Mirko Slomka, treinador do Hamburgo, que, no entanto, foi assistir à partida do Paderborn no domingo, e não a do Greuther Fürth. O Paderborn venceu a sua partida e alcançou o acesso direto à primeira divisão.

O Hamburgo é um dos clubes mais ricos da Europa, tem em seu plantel jogadores caros, como Rafael van der Vaart, René Adler, Marcell Jansen e Heiko Westermann, mas as constantes desavenças políticas internas do clube e a má administração dos últimos anos contribuíram para uma temporada infeliz. São apenas 27 pontos em 34 partidas, a defesa mais vazada do campeonato, com 75 gols, e impressionantes 19 rodadas entre os três últimos colocados na tabela de classificação.

"2ª Liga, jamais!". Os torcedores do Hamburgo seguem confiantes com a permanência na primeira divisãoFoto: AFP/Getty Images

"Na verdade, podemos estar felizes por simplesmente termos o direito de disputar essas duas partidas. Serão jogos como os da Copa da Alemanha", desabafou Oliver Kreuzer, diretor esportivo do clube. Os clubes se enfrentaram no torneio deste ano e o Hamburgo venceu por 1 a 0.

Sob Kreuzer, o HSV teve três treinadores na temporada. Thorsten Fink sobreviveu a apenas cinco partidas. O holandês Bert van Marwijk foi demitido depois da derrota por 4 a 2 contra o Braunschweig, na metade de fevereiro. Desde então, Mirko Slomka está no comando.

A esperança se chama Lasogga

Mas existem dois alentos para os torcedores do "Dino" da liga: de 2000 para cá, 15 clubes demitiram dois treinadores na mesma temporada, mas, no final do campeonato, apenas quatro foram rebaixados. E o Greuther Fürth não é nenhum desconhecido para o Hamburgo.

Exatamente no intermezzo entre a demissão de Fink e a contratação de Van Marwijk, o Hamburgo, comandado interinamente pelos treinadores da categoria de base, Rodolfo Cardoso e Otto Addo, venceu e eliminou o Greuther Fürth na segunda fase da Copa da Alemanha. O autor do único gol da partida foi o atacante Pierre-Michel Lasogga.

Pierre-Michel Lasogga, sentado, comemora o gol que eliminou o Greuther Fürth na Copa da AlemanhaFoto: Getty Images

Com 22 gols na temporada, Lasogga é a principal esperança do Hamburgo. Depois de ter desfalcado a equipe por seis semanas devido a problemas musculares, ele atuou contra o Mainz e foi o jogador mais ativo em campo. A importância dele é tão grande que, quando o perigo do descenso direto não existia mais, Slomka, a fim de preservar Lasogga e já pensando na repescagem, substituiu o atacante no segundo tempo.

O tradicional Hamburgo, campeão europeu de 1983 e dono de seis títulos alemães, tem pela frente a semana mais importante de sua história. Na quinta-feira (15/05), a partida de ida será jogada em Hamburgo. No próximo domingo (18/05), é a vez da grande decisão em Fürth.

Ao menos uma coisa é certa: o relógio no estádio vai alcançar a marca de 50 anos e 266 dias.

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