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Harry e Meghan renunciam a títulos reais e verbas públicas

18 de janeiro de 2020

Acordo com Buckingham harmoniza desejo de independência do casal e interesses da casa real britânica. Elizabeth 2ª dá sua bênção à iniciativa, destacando a rapidez com que a americana Meghan passou a integrar a família.

Príncipe Harry e Meghan Markle em Toronto, Canadá
Meghan e Harry se preparam para a vida longe das obrigações reaisFoto: picture-alliance/empics/N. Denette

O príncipe Harry e sua esposa, Meghan Markle, deixarão de usar seus títulos de nobreza e receber recursos públicos em troca de poder ter uma vida independente, anunciou neste sábado (18/01) o Palácio de Buckingham em comunicado. O jovem casal deixará de utilizar o título "sua Alteza Real", mas sem ser destituído dele, passando a ser referido como duque e duquesa de Sussex.

O anúncio é parte de um acordo dentro da família real britânica, divulgado depois de ambos terem comunicado à rainha Elizabeth 2ª o desejo de renunciar ao status de "membros sêniores" da monarquia para passarem a ser economicamente independentes e viver parte do ano na América do Norte, possivelmente no Canadá.

No comunicado, a rainha Elizabeth 2ª explicou que, após muita conversa, foi possível chegar a uma "solução construtiva" para atender aos desejos do neto sem prejudicar a monarquia do Reino Unido. "Harry, Meghan e Archie [filho do casal] sempre serão integrantes muito queridos de minha família. [...] Reconheço os desafios experimentados por eles como resultado do intenso escrutínio [da mídia] e apoio o desejo de eles terem uma vida mais independente", declarou a monarca de 93 anos.

Ela agradeceu a ambos pela "dedicação" no trabalho de representar a monarquia no Reino Unido e em outros países. Além disso, afirmou estar "particularmente orgulhosa" da rapidez com que a americana Meghan se tornou uma integrante da família real britânica. "É a esperança de toda a minha família que o acordo de hoje lhes permita construir uma nova vida feliz e tranquila."

O acordo passará a vigorar a partir do segundo trimestre de 2020. Harry e Meghan deixarão de participar dos compromissos reais, incluindo atos militares, e não mais receberão recursos públicos destinados à coroa britânica.

Com o beneplácito da rainha, Harry e Meghan estão autorizados receber patrocínio em nível privado de diferentes organizações que apoiam e, ainda que não possam mais representar formalmente a monarquia, prometeram que farão de tudo para respeitar os valores defendidos pela família real do Reino Unido.

Na nota, o Palácio de Buckingham explica que ambos deixarão de usar seus títulos de nobreza já que não são mais "membros ativos" da família real. Contudo, não esclarece como ficará sua segurança, uma das principais preocupações com a saída do casal da família real, comentando apenas: "Existem processos independentes bem estabelecidos para determinar a necessidade de segurança sustentada por financiamento público."

A casa real acrescenta que Harry e Meghan expressaram desejo de devolver ao chamado "Sovereign Grant" os recursos públicos de 2,4 milhões de libras (2,82 milhões de euros), usados por eles para reformar a mansão de Frogmore Cottage, nos arredores do Castelo de Windsor, a qual seguirá sendo sua casa quando estiverem no Reino Unido.

Sexto na linha de sucessão ao trono, Harry registrou com Meghan a marca Sussexroyal, mas ainda não se sabe se eles poderão utilizá-la agora que deixarão de usar os títulos de nobreza da família real britânica.

AV/lusa,efe

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