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Havaí testa sirenes de alerta para ataque nuclear

2 de dezembro de 2017

Sistema que havia sido desativado após o fim da Guerra Fria foi retomado no Estado Americano após Coreia do Norte testar novo míssil.

Stadt Honolulu und Waikiki Strand bei Nacht
Vista da cidade de Honolulu, a capital do Estado do Havaí. Foto: Colourbox

O som de um antigo sistema de sirenes voltou a ser ouvido nas ilhas do Estado americano do Havaí nesta sexta-feira (1°/12). Desativado após o fim da Guerra Fria, o sistema de alarmes para informar a população local sobre um ataque nuclear iminente voltou a funcionar como parte de um teste. Tudo por causa da crescente ameaça da Coreia do Norte, que nesta semana conduziu novo lançamento de um míssil balístico.

As sirenes soaram por cerca de um minuto às 11h45 (horário local). Segundo o governo do Havaí, o sistema será testado com regularidade a partir de agora, sempre no mesmo horário e no primeiro dia útil de cada mês. O Havaí é o primeiro Estado dos EUA a reativar esse método de alerta.

"Acreditamos que seja imperativo estarmos preparados para todo desastre, e no mundo de hoje, isto inclui um ataque nuclear", disse o governador David Ige, fazendo a ressalva de que a possibilidade de um ataque é "remota".

Ige também afirmou que os testes devem garantir que a população saiba como reagir em caso de um ataque iminente. Cerca de 7,4 mil quilômetros separam o Havaí da Coreia do Norte. O Estado tem 1,4 milhão de habitantes e poderia ser alcançado por mísseis em 20 minutos caso a Coreia do Norte disparasse armas nucleares.

"O Comando militar do Pacífico levaria cerca de cinco minutos para identificar um lançamento e apontar para onde o míssil está indo. Isso significa que a população teria cerca de 15 minutos para se refugiar", disse Vern Miyagi, administrador da Agência de Gerenciamento de Emergência do Havaí. "Não é muito tempo, mas é tempo suficiente para se dar uma chance de sobreviver."

O Estado já conduzia testes regulares de outro sistema de sirenes, mas que tem como objetivo avisar sobre desastres naturais. O sistema de alerta de ataque usa um som diferente e não vinha sendo testado desde a década de 1980. 

Na Coreia do Norte, ato reúne multidão para comemorar míssil

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Na terça-feira (28/11), a Coreia do Norte lançou um novo míssil em direção a Leste, segundo comunicaram as Forças Armadas da Coreia do Sul. O governo dos Estados Unidos disse se tratar de um míssil balístico intercontinental (ICBM), que acabou caindo no Mar do Japão. A China, principal aliada de Pyongyang, expressou "grave preocupação" e urgiu por diálogos diplomáticos.

Horas após o lançamento, a emissora estatal norte-coreana KCTV anunciou que o projétil é um novo modelo do míssil balístico intercontinental, batizado Hwasong-15, e que é capaz de alcançar "todo o território dos Estados Unidos". Os norte-coreanos informaram que o míssil voou 950 quilômetros e alcançou um apogeu de 4.475 quilômetros de altitude, dados que estão em sintonia com os divulgados por Seul, Washington e Tóquio.

Trata-se da maior altitude já atingida por um míssil norte-coreano, o que significa um novo e perigoso avanço no programa de armas de Pyongyang. Considerando que o míssil foi lançado num ângulo muito aberto, alguns analistas avaliam que o projétil poderia ter percorrido, em um voo normal, mais de 13 mil quilômetros.

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JPS/rt

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