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Helgoland comemora 50 anos de sua devolução à Alemanha

(ra)1 de março de 2002

Habitantes tiveram de deixar a ilha, que foi usada pelos ingleses como base de lançamentos de bombas e totalmente destruída depois da guerra.

As típicas falésias e o farol de HelgolandFoto: AP

Os habitantes de Helgoland, a única ilha alemã em alto mar, comemoram em 1º de março os 50 anos de sua reintegração ao território alemão depois da Segunda Guerra Mundial.

Em 1952, os habitantes da pequena ilha no Mar do Norte puderam voltar à sua terra natal pela primeira vez depois da guerra, quando a Inglaterra os forçara a abandoná-la. Para celebrar a data histórica, o presidente da Alemanha, Johannes Rau, e a governadora do Estado de Schleswig-Holstein, Heide Simonis, participaram de uma missa ecumênica na igreja de São Nicolau, em Helgoland.

Depois da missa, o presidente visitou o monumento ao poeta Hoffman von Fallersleben, que em 1841 compôs a Canção dos Alemães, hoje o hino nacional da Alemanha.

Trágica história –

Em 1945, quando a guerra já estava no fim, a Inglaterra utilizou a ilha como base de lançamento de bombas. Dois anos mais tarde, com a intenção de afundar Helgoland por completo, os ingleses estouraram 6,7 mil quilos de explosivos. Na superfície, não sobrou pedra sobre pedra, mas a ilha continou existindo, até que os ingleses decidiram devolvê-la.

Na época, não houve muita comemoração. "Mas onde?", pergunta Hans Peter Riekmers, que assumiu na época a prefeitura da ilha e manteve o cargo até 1980. "Não sobrou nenhuma casa, nenhum salão, nenhuma cabana para contar história", lamenta.

Hoje, a ilha tem tudo o que qualquer outra cidade alemã tem e busca sua identidade, com festa de Ano Novo, concertos e festas para crianças e uma regata da qual participam cerca de 800 pessoas.

Mas o maior problema de Helgoland é o abandono pela população jovem. Dos atuais 1.567 habitantes, 30 deixam a ilha anualmente. O principal motivo é a falta de muitas cadeiras universitárias – para aprender certas profissões, os jovens têm que ir para terra firme – e a dificuldade de se obter uma vaga de trabalho. Helgoland, entretanto, permanece como forte centro turístico e de pesquisa biológica.

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