O helicóptero do presidente da Colômbia, Iván Duque, foi recebido a tiros nesta sexta-feira (25/06) quando chegava à cidade de Cúcuta. Nenhum dos passageiros ficou ferido.

"Tanto o dispositivo aéreo como a capacidade da aeronave impediram que algo letal acontecesse. A verdade é que foi um ataque covarde", disse Duque.

O presidente colombiano afirmou que a aeronave também transportava os ministros da Defesa, Diego Molano, e do Interior, Daniel Palacios, assim como o governador do departamento (estado) de Norte de Santander, Silvano Serrano.

"Depois de cumprir um compromisso em Sardinata, no (rio) Catatumbo colombiano, e de se aproximar para pousar na cidade de Cúcuta, o helicóptero presidencial foi vítima de um ataque", disse Duque.

O político esteve em Sardinata para apresentar avanços no programa "Paz com legalidade", relacionados à implementação do acordo assinado em novembro de 2016 entre o governo do país e a guerrilha das Farc.

Na conturbada região atuam guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN), do Exército de Libertação Popular (EPL), dissidentes das Farc e traficantes de drogas. Conflitos por controle territorial são frequentes.

Caçada aos autores do ataque

"Mais uma vez reiteramos que, como governo, não vamos desistir um único minuto, um único dia, da luta contra o tráfico de drogas, o terrorismo e os grupos do crime organizado que operam no país. Aqui não nos sentimos intimidados pela violência ou atos de terrorismo, nosso Estado é forte", disse Duque.

O governante ordenou que "toda a equipe de segurança fosse atrás daqueles que atiraram na aeronave e colocaram em risco a vida de outras pessoas".

O ataque foi imediatamente repudiado por políticos de diferentes alas políticas, como o prefeito de Medellín, Daniel Quintero. No Twitter, ele disse que as pessoas que "conspiraram para este ataque queriam tirar vidas e a democracia de todos os colombianos".

O senador de esquerda Iván Cepeda, um dos principais opositores de Duque, manifestou na mesma rede social "absoluta rejeição ao ataque".

Os Estados Unidos condenaram o "ataque covarde”. O líder da oposição na Venezuela, Juan Guaidó, também declarou repúdio ao incidente, assim como os governos de México, Argentina, Chile, Peru, Paraguai e Equador.

A aeronave, um Sikorsky UH-60 Black Hawk da Força Aérea Colombiana (FAC), conseguiu pousar em segurança no Aeroporto Internacional Camilo Daza, em Cúcuta, capital do Norte de Santander, que faz fronteira com a Venezuela.

rpr (Efe, ots)