Holanda expulsa hackers russos por tentativa de ataque
4 de outubro de 2018
Agentes da inteligência russa teriam tentado hackear Organização para Proibição de Armas Químicas. Computador de um deles teria conexões com o Brasil. Reino Unido, Canadá e EUA também atribuem ciberataques a Moscou.
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O governo da Holanda afirmou nesta quinta-feira (04/09) que seus serviços de inteligência frustraram um ataque cibernético russo contra a Organização para Proibição de Armas Químicas (Opaq), com sede no país, em abril. O país expulsou quatro supostos espiões russos envolvidos no caso.
Os agentes russos teriam estacionado um veículo com equipamentos eletrônicos no estacionamento de um hotel próximo à sede da Opaq, em Haia, com o objetivo de hackear o sistema de wi-fi e senhas de computadores da organização.
"O governo holandês considera extremamente preocupante o envolvimento desses agentes de inteligência", afirmou a ministra holandesa da Defesa, Ank Bijleveld, acrescentando que, normalmente, detalhes de operações de contrainteligência não são divulgados.
O governo holandês identificou publicamente os supostos agentes russos e afirmou que a operação foi conduzida pela agência militar de inteligência russa GRU.
A informação foi divulgada pouco depois de o Centro Nacional de Cibersegurança (NCSC) do Reino Unido acusar a GRU de estar por trás de ciberataques em todo o mundo, como a invasão dos arquivos médicos da Agência Internacional Antidoping (Wada) em 2017 e do Comitê Nacional do Partido Democrata dos EUA durante a campanha presidencial de 2016. O Reino Unido cooperou com o governo holandês nas investigações sobre a tentativa de ciberataque à Opaq.
Um computador apreendido com um dos quatro espiões russos na Holanda estaria associado a atividades no Brasil, na Suíça e na Malásia. No último caso, as atividades estariam relacionadas a uma investigação sobre a derrubada do voo MH17 da Malaysia Airlines, abatido com um míssil quando sobrevoava a Ucrânia em 2014.
Após uma investigação internacional sobre o caso, Holanda e Austrália afirmaram em maio deste ano que a Rússia seria legalmente responsável pelo incidente. Segundo os investigadores, o míssil terra-ar que derrubou o avião teria partido de uma base militar na Rússia.
A tentativa de invasão ao sistema da Opaq ocorreu na mesma época em que a organização investigava o envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal e de sua filha com o agente químico Novichok, ocorrido no mês de março na cidade britânica de Salisbury. O governo do Reino Unido atribuiu o ataque químico à Rússia. Moscou nega qualquer envolvimento no caso, apesar de evidências apresentadas pela inteligência britânica afirmarem o contrário.
Autoridades holandesas e britânicas disseram, porém, que não está claro se a tentativa de ciberataque à sede da Opaq estaria ligada ao caso Skripal.
Segundo o diretor do serviço de inteligência holandês MIVD, o major-general Onno Eichelsheim, os quatro homens chegaram ao aeroporto de Schiphol em Amsterdã no dia 4 de abril com passaportes diplomáticos russos e foram recebidos por um funcionário da embaixada da Rússia.
Eichelsheim afirmou que, antes de viajarem, os agentes russos tinham pegado um táxi na sede da GRU em Moscou para irem ao aeroporto onde embarcaram para Amsterdã. Alguns de seus telefones celulares foram ativados quando estavam próximos à sede da inteligência russa.
No dia 11 de abril, eles alugaram um Citroen C3 e sondaram a região em torno da Opaq, enquanto eram vigiados pela inteligência holandesa.
"Eles estavam tentando realizar uma operação de invasão cibernética de acesso próximo", disse Eichelsheim.
Eles se instalaram no hotel Marriott próximo à Opaq e tiraram algumas fotografias, enquanto estacionavam o veículo com o porta-malas voltado para a sede da organização. A parte traseira do carro continha equipamento eletrônico que possibilitaria interceptar o sinal de wi-fi do edifício e obter códigos de acesso com uma antena escondida no porta-malas, segundo Eichelsheim.
"Interceptamos e expulsamos os quatro homens do país. Foi uma operação bem-sucedida", disse o major-general.
Ao deixar Haia, os russos retiraram o lixo do quarto de hotel para evitar deixar rastros. "Eles certamente não estavam de férias aqui", afirmou Eichelsheim.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, alertou a Rússia para que pare com seu comportamento "irresponsável" em meio à série de ciberataques atribuídos a Moscou. Ele pediu que os aliados da Otan permaneçam unidos e apoiem os governos britânico e holandês.
Canadá e EUA também fazem acusações
Após as acusações feitas por Reino Unido e Holanda nesta quinta-feira, o Canadá também afirmou ter sido alvo de ciberataques russos, citando invasões de seu centro para ética do esporte e da Agência Mundial Antidoping, baseada em Montreal.
Também nesta quinta-feira, o Departamento de Justiça dos EUA acusou sete funcionários da inteligência militar russa por hackearem agências antidoping e outras organizações. Estas teriam sido alvos por terem apoiado publicamente o banimentos de atletas russos de competições esportivas internacionais e por terem condenado um programa de doping impulsionado pelo Estado russo.
A acusação do Departamento de Justiça aponta que os ataques cibernéticos foram muitas vezes conduzidos remotamente. Caso tal estratégia não fosse bem-sucedida, os hackers realizavam suas atividades in loco, por membros da GRU munidos de sofisticados equipamentos capazes de invadir redes wi-fi.
RC/afp/rtr/ap
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Morre Paul Allen, cofundador da Microsoft
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Papa canoniza mártir salvadorenho e Paulo 6º
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Ato contra intolerância em Berlim
Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas do centro de Berlim protestar contra a extrema direita e a favor de uma sociedade mais tolerante. Os organizadores afirmaram que cerca de 240 mil pessoas compareceram à manifestação. O Brasil também foi lembrado. Participantes levaram cartazes e faixas com dizeres de protesto contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), além da hashtag #EleNão. (13/10)
Foto: Getty Images/AFP/J. MacDougall
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Um trem de alta velocidade que ia de Colônia para Munique, na Alemanha, pegou fogo durante o trajeto próximo a Dierdorf. Cinco pessoas se feriram levemente ao sair do veículo. As causas do incêndio estão sendo investigadas. As chamas começaram no primeiro vagão logo após a locomotiva. (12/10)
Foto: Reuters/W. Rattay
Falha e pouso de emergência
Dois astronautas tiveram que fazer um pouso de emergência após uma falha logo após o lançamento da aeronave russa Soyuz MS-10 que os levaria até a Estação Espacial Internacional (ISS). Os dois voltaram à Terra numa cápsula que aterrissou perto da cidade de Dzhezkazgan, no Cazaquistão, após o lançamento mal-sucedido. (11/10)
Foto: picture-alliance/dpa/Sputnik/A. Filippov
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A líder da oposição no Peru Keiko Fujimori foi detida por suspeita de lavagem de dinheiro, após ser interrogada num tribunal. A filha do ex-presidente Alberto Fujimori é acusada de receber doações ilegais da Odebrecht para campanhas presidenciais. Ela nega as acusações. (10/10)
Foto: Imago/Agencia EFE/E. Arias
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Foto: Reuters/J.Ernst
ONU alerta sobre aquecimento global
Para limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5°C e, assim, evitar drásticas alterações no clima serão necessárias "mudanças rápidas, vastas e sem precedentes" em nível global, alertou o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU. Além de fenômenos climáticos extremos, um aumento maior que esse afetaria a saúde, o fornecimento de água e o crescimento econômico. (08/10)
Foto: picture-alliance/AP Photo/F. Bustamante
Bolsonaro e Haddad no segundo turno
Em uma das eleições mais polarizadas da história, milhões de eleitores brasileiros foram às urnas e decidiram enviar ao segundo turno os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Favorito no Sul e Sudeste, o ex-militar teve 46% dos votos válidos contra 29% do petista, que foi o mais votado em oito estados do Nordeste e no Pará. Em terceiro, Ciro Gomes (PDT) teve 12%. (07/10)
Nobel da Paz premia luta contra violência sexual
O médico congolês Denis Mukwege e a ativista yazidi Nadia Murad foram os vencedores do Nobel da Paz de 2018, por seus esforços para "acabar com o uso da violência sexual como arma de guerra". Mukwege, de 63 anos, passou grande parte de sua vida atendendo vítimas de violência sexual no Congo. Murad, de 25, sobreviveu à escravidão sexual perpetrada pelo "Estado Islâmico" no Iraque. (05/10)
A Holanda informou que seus serviços de inteligência frustraram um ataque cibernético contra a Organização para Proibição de Armas Químicas (Opaq), com sede no país, em abril. O país expulsou quatro supostos espiões russos envolvidos no caso. Os agentes teriam estacionado um veículo num hotel próximo à sede da Opaq com o objetivo de hackear o sistema de wi-fi e computadores da organização. (04/10)
O Prêmio Nobel de Química de 2018 foi atribuído a três cientistas bioquímicos pela utilização dos princípios da evolução para desenvolver proteínas que resolvem os problemas químicos da humanidade. Metade do prêmio foi à evolucionista americana Frances H. Arnold (à dir.), e a outra metade será dividida entre o americano George P. Smith (centro) e o britânico Gregory P. Winter (à esq.). (03/10)
Nobel de Física premia 1ª mulher em 55 anos
O americano Arthur Ashkin, o francês Gérard Mourou e a canadense Donna Strickland (foto) foram agraciados com o Nobel de Física de 2018 por suas pesquisas e invenções no campo da física do laser. Ashkin, de 96 anos, é a pessoa mais velha a ganhar um Nobel. Já Strickland é a terceira mulher da história a levar o prêmio de Física, concedido desde 1901, e a primeira a ser premiada em 55 anos. (02/10)
Foto: picture-alliance/AP Images/N. Denette
Nobel de Medicina para avanços contra o câncer
O americano James P. Allison e o japonês Tasuku Honjo foram os vencedores do prêmio Nobel de Medicina de 2018. Eles foram premiados por seus estudos que permitiram avanços no tratamento contra o câncer, anunciou o Instituto Karolinska de Estocolmo. As descobertas feitas pelos dois cientistas permitem novos métodos para a inibição da regulação negativa do sistema imunológico. (01/10)