Holanda ordena recall de máscaras de proteção da China
29 de março de 2020
Testes mostram que peças de lote, com mais de 1 milhão delas, não seguiam os padrões de qualidades e apresentam defeitos. Cerca de 600 mil máscaras já haviam sido enviadas a hospitais no país.
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Em meio à pandemia de covid-19, o governo da Holanda ordenou neste sábado (28/03) a retirada de circulação de cerca de 600 mil máscaras de proteção de um lote de 1,3 milhão que foram compradas da China. Segundo as autoridades, as peças não cumpriam os padrões de qualidade.
As máscaras defeituosas já haviam sido distribuídas a vários hospitais que tratam pacientes com o novo coronavírus, segundo a imprensa holandesa. O resto do lote, que chegou em 21 de março, ainda estava sob controle do Ministério da Saúde do país.
Um teste revelou que as máscaras do modelo FFP2 não protegiam o rosto adequadamente ou tinham membranas de filtro com defeito. Esses filtros finos devem impedir que o vírus entre na boca ou no nariz. Outra análise realizada posteriormente teve o mesmo resultado.
"Um segundo teste também revelou que as máscaras não estão dentro das normas de qualidade. Por isso, foi decidido não usar nenhumas das peças deste lote", afirmou o Ministério da Saúde holandês em nota.
O ministério disse ainda que realizará testes extras em futuros lotes de máscaras de proteção que chegarem da China.
Vários hospitais da Holanda rejeitaram parte das máscaras mesmo antes do recall do governo. "Quando elas forem entregues, eu rejeitei imediatamente aquelas máscaras", disse uma fonte à emissora pública holandesa NOS.
A China está enviando milhões de máscaras de proteção e suprimentos médicos a diversos países do mundo, entre eles Sérvia, Libéria, França e Filipinas, que enfrentam a pandemia da covid-19.
A Holanda já confirmou mais de 10 mil casos do novo coronavírus no país e teve 771 mortes em decorrência da doença.
Vírus por toda parte! Talvez no tomate, no pacote do correio, até no próprio cão de estimação? O Departamento de Avaliação de Risco da Alemanha esclarece o que se sabe sobre o Sars-Cov-2.
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Maçanetas contaminadas
Os coronavírus conhecidos permanecem infecciosos em superfícies como maçanetas por quatro a cinco dias, em média. Como todas as infecções por gotículas, o Sars-Cov-2 se propaga por mãos e superfícies tocadas com frequência. Embora seja ainda relativamente desconhecido, os especialistas partem do princípio que os conhecimentos sobre as variedades já estudadas se aplicam ao novo coronavírus.
Por isso é necessário certo cuidado durante o almoço no refeitório do trabalho – se ainda estiver funcionando. Em princípio, coronavírus contaminam pratos ou talheres se alguém infectado espirra ou tosse diretamente neles. No entanto, o Departamento Federal alemão de Avaliação de Riscos (BfR) enfatiza que "até agora não se sabe de infecções com o Sars-Cov-2 por esse meio de transmissão".
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Medo de importados?
Ainda segundo o BfR, os pais não precisam temer um contágio através de brinquedos importados. Até o momento não pôde ser comprovado nenhum caso desses. Os estudos sugerem que o novo coronavírus seja relativamente instável em termos ambientais: os patógenos permaneceriam infecciosos durante vários dias sobretudo a temperaturas baixas e alta umidade atmosférica.
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Vírus pelo correio?
Em geral, coronavírus humanos não são especialmente resistentes sobre superfícies secas. Como sua estabilidade fora do organismo humano depende de diversos fatores ambientais, como temperatura e umidade, o BfR considera "antes improvável" um contágio por pacotes de correio – embora ressalvando ainda não haver dados mais precisos sobre o Sars-Cov-2.
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Pingue-pongue entre cão e dono?
Meu cachorro pode me contagiar e eu a ele? Também o risco de contaminação de animais domésticos é considerado muito baixo pelos especialistas, embora não o descartem. Os próprios animais não apresentam sintomas patológicos. Caso infectados, contudo, é possível transmitirem o coronavírus pelas vias respiratórias ou excreções.
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Verduras assassinas?
Igualmente improvável é a transmissão do Sars-Cov-2 através de alimentos contaminados, na avaliação do BfR, não sendo conhecidos casos comprovados. Lavar cuidadosamente as mãos antes do preparar da refeição continua sendo mandatório nos tempos da covid-19. Como os vírus são sensíveis ao calor, aquecer os alimentos pode reduzir ainda mais o risco de contágio.
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Longa vida no gelo
Embora os coronavírus Sars e Mers conhecidos até o presente reajam mal ao calor, eles são bastantes resistentes ao frio, permanecendo infecciosos a -20 ºC por até dois anos. Também aqui, contudo, não há qualquer indício de cadeias infecciosas do Sars-Cov-2 por meio do consumo de alimentos, mesmo supercongelados.
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Animais silvestres são tabu
Um efeito positivo do surto de covid-19 é a China ter proibido o consumo de carne de animais selvagens. Há fortes indícios de o novo coronavírus ter sido transmitido aos seres humanos por um morcego. O animal, porém, não teve qualquer culpa: ele foi possivelmente servido como iguaria, certamente contra a própria vontade. E agora os seres humanos amargam a "maldição do morcego que virou sopa"...