O presidente François Hollande se reuniu por cerca de uma hora com o ex-presidente e líder revolucionário cubano Fidel Castro, nesta segunda-feira (11/05), durante a visita do chefe de Estado francês a Cuba.
"É a história de Cuba, é a história do mundo. Eu tinha diante de mim um homem que fez história. Há um debate sobre qual poderia ser o seu lugar, as suas responsabilidades, mas, vindo a Cuba, eu queria conhecer Fidel Castro", disse Hollande, após a reunião.
Depois de se afastar do poder, em 2006, por razões de saúde, Fidel faz raras aparições públicas, mas continua a receber regularmente os visitantes estrangeiros, sem a presença de jornalistas.
A visita de Hollande é a primeira de um chefe de Estado francês a Cuba, que se tornou independente em 1898.
AS/rtr/afp/efe
Líderes do continente americano discutem, nos dias 10 e 11 de abril, na Cidade do Panamá, temas como economia e desigualdade social nos países. Em edição histórica, Cuba marca presença pela primeira vez.
Foto: DW/S. CzimmekA Cidade do Panamá sedia a 7ª Cúpula das Américas nos dias 10 e 11 de abril. A capital do Panamá tem cerca de 1,5 milhão de habitantes, com arranha-céus e hotéis que dominam a paisagem. Era desta cidade que saíam as riquezas incas para a Europa nos séculos 15 e 16. Hoje, o país é considerado modelo econômico na América Latina, principalmente devido às receitas do Canal do Panamá.
Foto: DW/M. SoricOs encontros ocorrem no Centro de Convenções Atlapa, localizado no centro da cidade. Trinta e cinco chefes de governo e de Estado foram convidados. A Cúpula das Américas ocorre a cada três anos e é preparada pela Organização dos Estados Americanos (OEA).
Foto: DW/M. SoricPela primeira vez, Cuba irá participar da cúpula, algo que até então os Estados Unidos e o Canadá costumavam barrar. Nesta quinta-feira (10/04), o secretário de Estado americano, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, tiveram um encontro na primeira reunião de alto nível entre os dois países desde 1958.
Foto: picture-alliance/dpa/US Department of State/G. JohnsonA Embaixada de Cuba na Cidade do Panamá é rigorosamente vigiada, inclusive o trânsito foi desviado. Os delegados de Havana ficaram incomodados que tantos dissidentes tenham viajado até o Panamá. Foram registrados confrontos entre apoiadores e opositores do governo cubano.
Foto: DW/M. SoricNão apenas políticos estão presentes no encontro. Representantes da sociedade civil também foram convidados. Lilian Tintori estará presente para reforçar a luta do marido, Leopoldo López, conhecido opositor do governo na Venezuela, preso por razões políticas há 14 meses, em Caracas.
Foto: DW/M. SoricA desigualdade social é o principal tema do encontro. Chefes de Estado e de governo discutirão o que precisa ser feito para melhorar as condições de vida dos habitantes das Américas. Questão importante no Panamá: os 10% mais ricos da população detêm 40% da renda nacional; os 10% mais pobres ficam com apenas 1,1%. O Banco Mundial queixa-se há anos da desigualdade no Panamá.
Foto: DW/S. CzimmekConforme o Unicef, o trabalho infantil é um grave problema a ser combatido no Panamá. A entidade calcula que 50 mil crianças são exploradas nas fazendas de cana-de-açúcar, café e banana do país. Muitos menores ainda trabalham em fábricas e também na indústria da pesca.
Foto: DW/S. CzimmekMetade das crianças abaixo dos cinco anos vive na pobreza no Panamá. Muitas delas são oriundas de tribos indígenas. Durante a Cúpula das Américas, o trabalho infantil também será abordado. Para os observadores, porém, pouco tende a mudar.
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