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Criminalidade

Homem mata filha e se suicida ao vivo no Facebook

25 de abril de 2017

Assassinato de um bebê e posterior suicídio do pai são exibidos ao vivo por meio da ferramenta de transmissão da rede social. Vídeos só são excluídos depois de 24 horas e milhares de visualizações.

Mãe da bebê tailandesa de 11 meses ao lado de uma foto da filha
Mãe da bebê tailandesa de 11 meses ao lado de uma foto da filhaFoto: Reuters/S. Teepapan

Um homem na Tailândia transmitiu ao vivo, por meio do Facebook Live, o assassinato da própria filha de 11 meses e depois o seu suicídio, afirmou nesta terça-feira (25/04) a polícia do país.

O tailandês, identificado como Wuttisan Wongtalay, de 20 anos, usou a ferramenta Facebook Live na tarde de segunda-feira para exibir os enforcamentos num hotel abandonado na província de Phuket.

Segundo agências de notícias internacionais, familiares que viram a transmissão avisaram imediatamente a polícia, mas os dois foram encontrados já sem vida. Investigadores tailandeses acreditam que as mortes aconteceram após uma briga entre Wongtalay e sua mulher, mãe do bebê.

A agência de notícias Reuters informou que dois vídeos foram publicados no Facebook, o primeiro às 16h50 e o segundo às 16h57 da segunda-feira, no horário local. As imagens, de acordo com o mesmo veículo, só foram excluídas pela rede social 24 horas mais tarde, por volta das 17h desta terça-feira.

"Esse é um incidente terrível, e nossos corações estão com a família da vítima. Não há espaço para conteúdos desse tipo do Facebook, e ele foi agora removido", disse um porta-voz da empresa em nota.

Os dois vídeos, que foram assistidos 112 mil e 258 mil vezes, chegaram a ser replicados no YouTube, mas foram excluídos em cerca de 15 minutos. "O YouTube tem políticas claras que ditam o que é aceitável de se publicar, e removemos rapidamente vídeos que quebram tais regras", afirmou o site.

O Ministério tailandês da Economia Digital afirmou que entrou em contato com o Facebook nesta terça-feira para tratar do incidente e que não tem a intenção de processar a rede social. "O Facebook é um provedor de serviço. Eles agiram de acordo com seu protocolo quando enviamos o pedido [para apagar os vídeos]. Eles cooperaram muito bem", disse à Reuters o porta-voz Somsak Khaosuwan.

O caso ocorreu menos de duas semanas após um homem em Cleveland, nos Estados Unidos, ter assassinado uma pessoa e transmitido o crime também pelo Facebook Live. Uma série de transmissões violentas, incluindo agressões sexuais, tem levado a rede social a buscar maneiras de excluir vídeos como esse de forma mais imediata.

Na semana passada, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, afirmou que a empresa "tem muito trabalho a fazer" em relação a essa questão.

EK/ap/afp/efe/rtr/ots

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