Homo naledi pode ter convivido com ancestrais humanos
9 de maio de 2017
Espécie de hominídeo descoberta na África do Sul é mais recente do que se esperava, apesar de apresentar características primitivas, como o cérebro pequeno.
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O Homo naledi, uma espécie de hominídeo descoberta na África do Sul em 2013, viveu "apenas" centenas de milhares de anos atrás, o que indica que ele conviveu com ancestrais humanos na região, afirmaram cientistas nesta terça-feira (09/05).
Um processo rigoroso de datação mostrou que o Homo naledi viveu entre 236 mil e 335 mil anos atrás, um período extremamente recente em termos paleontológicos, afirmou o cientista Lee Berger, da Universidade de Witwatersrand, em Johanesburgo.
"É a primeira vez que se demonstra que outra espécie de hominídeo viveu junto aos primeiros humanos na África", afirma um comunicado dos pesquisadores. "É algo surpreendente", disse Berger, sobre a época em que viveu a espécie. "Pensávamos que poderia ter sido há milhões de anos."
Em 2015, quando a descoberta foi anunciada, Berger foi muito criticado por paleontólogos de todo o mundo por apresentar a descoberta do Homo naledi sem ter feito a datação dos fósseis encontrados.
O Homo naledi mistura características humanas recentes e primitivas, como um cérebro pequeno, o que levou cientistas a especular que ele fosse um dos exemplares mais antigos do gênero Homo.
"Isso [o período em que a espécie viveu] é surpreendentemente recente para uma espécie que ainda mostra características primitivas, encontradas em fósseis com cerca de 2 milhões de anos, como o tamanho pequeno do cérebro, os dedos curvos e os formatos dos ombros, tronco e articulação dos quadris", comentou o cientista Chris Stringer, do Museus de História Natural de Londres, em declarações à agência de notícias AP.
"Já pulso, mãos, pernas e pés parecem mais com os dos Neandertais e humanos modernos, e os dentes são relativamente pequenos e simples", completou o especialista.
A revelação sobre a datação dos fósseis de Homo naledi vem acompanhada do descobrimento dos restos de três espécimes dessa classe de hominídeos, uma criança e dois adultos, um dos quais com o crânio num estado de conservação muito bom.
Os novos fósseis foram encontrados numa cavidade adjacente à que abrigava os primeiros achados do Homo naledi, o que leva os cientistas a pensar que essa espécie guardava seus mortos numa parte separada das cavernas em que vivia.
O Homo naledi foi descoberto em 2013 no conjunto de cavernas conhecido como Rising Star (estrela crescente), localizado perto de Johanesburgo, na África do Sul. No local foram encontrados os ossos de 15 indivíduos da espécie, o que permitiu documentar e descrever o esqueleto do Homo naledi com riqueza de detalhes. Naledi significa estrela na língua tsuana.
AS/efe/ap
Os ganhadores do prêmio Sony World Photography de 2017
As lentes dos fotógrafos premiados captaram não só temas tristes, mas também imagens de muita beleza e graça. Veja os ganhadores do Sony World Photography Awards, um dos maiores concurso de fotografia do mundo.
Foto: Sony World Photography Award 2017/Y. Peng
1º lugar na categoria "Esporte"
O fotógrafo chinês Yuan Peng captou a expressão das gêmeas Liu Bingqing e Liu Yujie ao se exercitarem nas barras. Elas já treinam desde a tenra infância.
Foto: Sony World Photography Award 2017/Y. Peng
1º colocado na categoria "Natureza"
O fotógrafo inglês Will Burrard-Lucas venceu com sua série de fotos intitulada "Vida selvagem africana à noite", da qual faz parte esta hiena na savana.
Foto: Sony World Photography Award 2017/W. Burrard-Lucas
1º lugar na categoria "Cotidiano"
Com a série de fotos "O desejo dos outros", a fotógrafa alemã Sandra Hoyn documentou a vida no mais antigo (200 anos) e segundo maior bordel de Bangladesh, onde a prostituição é legalizada: mais de 700 prostitutas trabalham em Kandapara, onde vivem inclusive com os filhos.
Foto: Sony World Photography Award 2017/S. Hoyn
1º lugar na categoria "Natureza-morta "
Henry Agudelo, da Colômbia, dedica-se a um capítulo obscuro na história de seu país, onde mais de 130 mil pessoas desapareceram nos últimos 50 anos. Muitos mortos ainda não foram identificados. Qualquer vestígio, como um pedaço de pele tatuada, pode ajudar na identificação.
Foto: Sony World Photography Award 2017/H. Agudelo
1º lugar na categoria "Notícias"
Em meio aos conflitos com o chamado "Estado Islâmico", este soldado de uma unidade especial da Síria faz uma pequena pausa. O italiano Alessio Romenzi capturou este momento surreal em novembro de 2016 em Sirte.
Foto: Sony World Photography Award 2017/A. Romenzi
1º lugar na categoria "Paisagem"
Com a série "Branco total", onde mostra as mudanças na natureza quando chega o inverno, o belga Frederik Buyckx ganhou não só na categoria "Paisagem", como também foi escolhido "Fotógrafo do ano" e recebeu 25 mil libras de prêmio.
Foto: Sony World Photography Award 2017/F. Buyckx
1º lugar "Temas contemporâneos"
A fotógrafa Tasneem Alsultan, da Arábia Saudita, revelou os bastidores da sociedade estritamente muçulmana de sua terra natal ao fotografar esta mãe solteira e seu filho. Separações são muito raras no país. Mulheres divorciadas muitas vezes são discriminadas pela sociedade. Sua série "Histórias sauditas de amor" retratou temas como casamento e divórcio.
Foto: Sony World Photography Award 2017/Tasneem Alsulta
1º lugar "Arquitetura"
O fotógrafo chinês Dongni não prioriza a estética. Em suas fotografias, ele quer apenas retratar a cidade de forma visual. Desta maneira, suas imagens conseguem construir cidades novas.
Foto: Sony World Photography Award 2017/Dongni
1º lugar "Retrato"
Existe a mulher perfeita? O fotógrafo russo George Mayer buscou a resposto em sua série de fotos "Luz. Sombra. A mulher perfeita". O jogo de sombras e contrastes dá às modelos um aspecto sombrio, quase irreal.
Foto: Sony World Photography Award 2017/G. Mayer
1º lugar "Arte conceitual"
A suíça Sabine Cattaneo expôs o sensível tema da eutanásia: "Eu queria torná-lo visível, mas sem mostrar pessoas, para não despertar uma falsa empatia". "Minha foto mostra o carro no qual dois alemães puseram fim às suas vidas na Suíça em 2007, com a ajuda de uma organização que apoia a eutanásia."
Foto: Sony World Photography Award 2017/S.Cattaneo