Hormônio produzido pelos músculos pode conter Alzheimer
7 de janeiro de 2019
Conduzido por pesquisadores da UFRJ, estudo mostra que atividades físicas podem prevenir perda de memória causada pela doença em roedores. Hormônio irisina seria responsável por esse efeito.
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Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, revelou que o hormônio irisina, que o corpo produz em maiores quantidades durante a prática de exercício físico, pode prevenir a perda de memória relacionada com a doença de Alzheimer.
Segundo o estudo publicado nesta segunda-feira (07/01) na revista especializada Nature Medicine, quando o corpo se exercita, o tecido muscular libera o hormônio irisina, que entra em circulação no organismo e é capaz de melhorar a capacidade cognitiva. Os testes foram feitos em camundongos com Alzheimer.
Baixos níveis de irisina no cérebro de pacientes com Alzheimer, deficiência também presente nos camundongos usados na pesquisa, foram detectados pelos pesquisadores. Esse hormônio, descoberto há sete anos, tem a função de regular o metabolismo do tecido adiposo, além de processos que ocorrem nos ossos.
No atual estudo, os pesquisadores conseguiram relacionar o hormônio a uma função protetora no cérebro. Os cientistas responsáveis pela pesquisa, Ottavio Arancio, Sergio Ferreira e Fernanda de Felice, concluíram que o aumento da irisina, assim como da sua proteína precursora FNDC5, reduz o déficit de memória e aprendizagem em roedores com a doença.
Os pesquisadores também observaram que, quando a aparição desta substância é bloqueada no cérebro dos ratos doentes, os efeitos cognitivos benéficos do exercício físico eram perdidos.
Os cientistas destacaram, porém, que, embora se saiba que o exercício melhora as capacidades cognitivas e atrasa a progressão dos transtornos neurodegenerativos, são necessários estudos adicionais para compreender melhor como a irisina entra em ação e interage com o cérebro.
Além disso, indicaram que é preciso um maior conhecimento para avaliar se a proteína tem um efeito cognitivo benéfico similar nos humanos.
A recente descoberta, no entanto, pode abrir caminho para novas estratégias terapêuticas que sirvam para diminuir a deterioração cognitiva em pacientes com Alzheimer, uma doença para a qual não existe cura. O Alzheimer é causado pela morte de células cerebrais, que prejudica funções como memória, linguagem e orientação.
CN/efe/ots
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Aumento do consumo de açúcar afeta seriamente a saúde da população do planeta, e a Organização Mundial da Saúde alerta para uma "epidemia global". Confira dez riscos associados ao produto.
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Engorda
No corpo, o açúcar é convertido em gordura por volta de duas a cinco vezes mais rapidamente que os amidos. Ou seja, quando comemos açúcar, alimentamos nossas células de gordura. A frutose no produto também é metabolizada pelo fígado, o que pode contribuir para a esteatose hepática ou "fígado gorduroso". Isso pode promover a resistência à insulina e levar a diabetes do tipo 2.
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Afeta o humor
Em pequenas quantidades, o açúcar promove a liberação da serotonina, um hormônio que estimula o humor. No entanto, o consumo elevado do produto pode fomentar a depressão e a ansiedade. Mudanças repentinas nos níveis de açúcar no sangue também podem levar à irritabilidade, ansiedade e alterações de humor.
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Contribui para o envelhecimento
Já é sabido que o açúcar afeta a saúde, mas também atinge a pele. Isso acontece em parte devido à glicação, processo pelo qual moléculas de açúcar se ligam às fibras de colágeno. Como resultado, estas perdem sua elasticidade natural. O excesso de açúcar também prejudica a microcirculação, o que retarda a renovação celular. Isso pode estimular o desenvolvimento de rugas e o envelhecimento precoce.
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Prejudica o intestino
A flora intestinal promove a digestão e protege o sistema digestivo de bactérias nocivas. O consumo elevado de açúcar deixa a microbiota intestinal fora de sintonia. Fungos e parasitas adoram açúcar. O excesso do fungo "Candida albicans" pode levar a uma série de sintomas irritantes. E o açúcar também contribui para o resfriado, a diarreia e gases.
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Pode viciar
Em pessoas adiposas, o cérebro responde ao açúcar, liberando dopamina, da mesma forma que responde ao álcool e a outras substâncias que causam dependência. Faça o teste: evite todos os alimentos e bebidas adocicadas por dez dias. Se você começar a ter dor de cabeça e picos de irritabilidade após um ou dois dias, e passar a ter desejo por açúcar, então pode estar sofrendo de abstinência de açúcar.
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Provoca agressividade
Pessoas que consomem açúcar em excesso são mais propensas a assumir um comportamento agressivo. Crianças que sofrem de deficit de atenção e hiperatividade também são afetadas pelo açúcar. O consumo elevado do produto afeta a concentração e fomente a hiperatividade. É por isso que é uma boa ideia que as crianças evitem comer açúcar durante o horário escolar.
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Enfraquece o sistema imunológico
Depois do consumo de açúcar, a capacidade do sistema imunológico de matar germes é reduzida para até 40%. O açúcar também enfraquece o estoque de vitamina C, da qual os leucócitos necessitam para combater vírus e bactérias. O doce produto também fomenta o processo inflamatório e mesmo a menor inflamação pode desencadear graves doenças.
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Contribui para o Alzheimer
Estudos mostraram que o excesso de consumo de açúcar aumenta o risco de desenvolvimento da Doença de Alzheimer. Uma pesquisa de 2013 mostrou que a resistência à insulina e altos valores de açúcar no sangue – ambos são comuns no diabetes – estão associados a um maior risco de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer.
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Eleva o risco de câncer
As células cancerígenas precisam do açúcar para se multiplicar. Uma equipe internacional de pesquisa, chefiada por Lewis Cantley, da Escola Médica de Harvard, está pesquisando como o açúcar pode contribuir para o crescimento de células malignas. Cantley acredita que o açúcar refinado faz com que células cancerígenas se transformem em tumores e recomenda o menor consumo possível do produto.
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Provoca perda de memória
O consumo elevado de açúcar pode ter efeito negativo sobre a memória. Segundo estudo realizado pelo Hospital Universitário Charité de Berlim, pessoas com níveis elevados de açúcar no sangue têm um hipocampo menor, parte do cérebro fundamental para memória de longo prazo. Na pesquisa, o desempenho de pessoas com quantidade elevada de açúcar no sangue foi pior do que aquelas com níveis menores.