Jogador de tênis de mesa, que tem passaporte português, foi barrado por ter viajado à Cuba em 2023 para disputar os Jogos Panamericanos. Regime cubano faz parte da lista de "banidos" nos EUA.
Pessoa que tiver viajado anteriormente para algum país que conste na relação de "banidos" não terá entrada permitida nos EUAFoto: AFP/Getty Images/F. J. Brown
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O mesatenista brasileiro Hugo Calderano foi impedido de entrar nos Estados Unidos nesta quinta-feira (03/07). Sua assessoria disse que ele foi barrado por ter visitado Cuba em 2023, onde disputou um campeonato de sua modalidade.
O atleta, que possui passaporte português, tentou entrar nos EUA através de um programa que permite viagens de até 90 dias a passeio ou a negócios para pessoas que sejam de uma lista de 42 países que inclui os Estados-membros da União Europeia (UE). O Brasil não está entre os beneficiados.
O benefício, no entanto, é automaticamente revogado se a pessoa tiver viajado anteriormente para algum país que conste na relação de "banidos" pelos EUA, como Irã, Coreia do Norte e Cuba – onde Calderano esteve em 2023 para disputar os Jogos Pan-Americanos e buscar a qualificação para os Jogos Olímpicos de Paris de 2024.
O programa também determina que pessoas que tenham visitado alguns dos países da relação de banidos a partir de 12 de janeiro de 2021 terão que fazer um pedido para obter um visto de entrada regular.
Regra visa evitar "circulação de terroristas"
O brasileiro tentou obter um visto emergencial para que pudesse disputar o torneio WTT Grand Smash em Las Vegas, mas não obteve sucesso, mesmo com o apoio da Associação de Tênis de Mesa dos EUA e do Comitê Olímpico americano. O agendamento da entrevista foi aprovado, mas não havia disponibilidade para uma reunião consular em tempo hábil até o início da competição.
"Segui o mesmo protocolo de todas as viagens anteriores que fiz aos Estados Unidos utilizando o meu passaporte português. Ao ser informado sobre a situação, mobilizei toda a minha equipe para conseguir um visto regular de emergência, mas, infelizmente, não houve tempo hábil. É frustrante ficar fora de uma das mais importantes competições da temporada por questões que fogem do meu controle, especialmente vindo de resultados tão positivos", lamentou o atleta.
A regra foi implementada em 2015 dentro de um programa de "prevenção à circulação de terroristas". Cuba foi incluída em 2023, ainda durante o governo do democrata Joe Biden.
rc (ots)
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