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Hungria volta a bloquear sanções da UE à Rússia

2 de junho de 2022

Após barrar por semanas o sexto pacote europeu contra Moscou, Budapeste volta a pedir alterações, desta vez exigindo que chefe da Igreja Ortodoxa Russa, patriarca Cirilo, seja removido da lista de sanções.

Premiê húngaro Viktor Orban
Premiê húngaro, Viktor Orbán, se negou por semanas a aprovar embargo ao petróleo russoFoto: KENZO TRIBOUILLARD/AFP/Getty Images

A Hungria manteve nesta quarta-feira (01/06) seu veto à aprovação formal do sexto e mais recente pacote de sanções da UE contra a Rússia e voltou a pedir alterações, desta vez exigindo que o chefe da Igreja Ortodoxa Russa seja removido da lista de alvos, afirmaram fontes diplomáticas.

Budapeste fez a objeção durante negociações em Bruxelas, em que embaixadores dos 27 países que integram o bloco se reuniram para formalizar as sanções, depois que os líderes da UE chegaram a um acordo político sobre o pacote nesta segunda-feira, numa cúpula extraordinária.

A Comissão Europeia propôs incluir o patriarca Cirilo no pacote original de sanções apresentado por Bruxelas no início de maio. O chefe da Igreja Ortodoxa Russa, um fervoroso defensor do presidente russo, Vladimir Putin, apoiou a invasão da Ucrânia em seus sermões religiosos e culpa a Otan e o Ocidente pela guerra lançada por Putin. O clérigo de 75 anos também resistiu aos esforços do papa Francisco para mediar a guerra ou apoiar um cessar-fogo no conflito.

Especificamente, as sanções contra Cirilo determinavam que Cirilo seja proibido de entrar na UE e tenha congelados os bens que possivelmente tenha no bloco. A Hungria já tinha se oposto à inclusão do líder religioso russo quando seu nome foi originalmente sugerido, mas os líderes da UE não discutiram o assunto na cúpula da segunda-feira, que contou com a presença do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.

Concessões a Budapeste

Esta é a mais recente barreira imposta pela Hungria, após o governo do país negar por semanas sua aprovação a um embargo da UE ao petróleo russo, até obter extensivas concessões referentes às importações através de oleodutos.

O pacote acertado pelos líderes europeus afeta o petróleo russo fornecido por via marítima, mas não o que chegue por tubulações, excluindo, assim, o oleoduto gigante Druzhba, da era soviética, que liga a Rússia a vários países da Europa Central e Oriental.

O pacote também corta o maior banco da Rússia, o Sberbank, do Swift, sistema internacional de comunicação financeira; proíbe três mais emissoras estatais russas; e amplia a lista de entidades e indivíduos sancionados, incluindo responsáveis por crimes de guerra na Ucrânia.

As negociações foram interrompidas sem uma solução clara, segundo diplomatas. Uma nova tentativa de chegar a um acordo pode ser realizada nesta quinta-feira, à margem de uma reunião de ministros da UE em Luxemburgo.

ma/av (DPA, AFP)

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