Tucano supera ambientalista nas projeções dos dois institutos, mas ambos ressalvam que situação é de empate técnico. Dilma lidera em todos os cenários, no primeiro e no segundo turno.
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As últimas pesquisas do Ibope e do Datafolha indicam uma virada do ex-governador Aécio Neves (PSDB) na disputa com a ex-senadora Marina Silva (PSB) por uma vaga no segundo turno da eleição presidencial. Horas antes, uma pesquisa CNT/DMA chegava ao mesmo resultado.
Divulgadas neste sábado (04/10), véspera da eleição, as pesquisas são unânimes em colocar Aécio à frente. Considerando os votos válidos, o tucano tem 27% no Ibope, contra 24% da ambientalista. No Datafolha, são 26% contra 24%.
Nas duas pesquisas, a situação é de empate técnico, já que margem de erro é de dois pontos percentuais em ambos os casos. Também nas duas pesquisas, Aécio subiu, e Marina caiu.
A presidente Dilma Rousseff é a líder isolada nas projeções dos dois institutos. No Ibope, ela alcança 46% dos votos válidos. No Datafolha, chega a 44%.
Dilma também venceria os dois concorrentes no segundo turno, nos cenários apresentados por ambas as pesquisas. No Ibope, ela venceria ambos com 45% contra 37%. No Datafolha, a presidente tem 49% contra 39% para a ex-senadora, e 48% contra 42% para o ex-governador.
Por encomenda da Folha de S. Paulo e da TV Globo, o Datafolha ouviu 18.116 pessoas em 468 municípios neste sábado e na sexta. Já o Ibope consultou 3.010 eleitores entre esta quinta e sábado, a pedido do jornal O Estado de S. Paulo e da TV Globo. As pesquisas foram divulgadas nos sites da Folha e do Estadão.
AS/ots
Momentos marcantes da campanha eleitoral
Durante quase três meses os candidatos à Presidência da República disputaram votos. A campanha eleitoral foi intensa e marcada por ataques, escândalos e a morte de um presidenciável.
Foto: Reuters
Começa a disputa
Com a presidente Dilma Rousseff com amplo favoritismo e ainda com Eduardo Campos, a corrida ao Planalto começou em 6 de julho. A partir de então foi liberada a propaganda eleitoral dos candidatos à Presidência, governos estaduais, Congresso Nacional e Assembleias Legislativas.
Foto: Antonio Cruz/ABr
Tragédia muda cenário
A corrida eleitoral, que começara em 6 de julho, teve seus primeiros meses marcados pela morte de Eduardo Campos, candidato a presidente pelo PSB. Campos estava em plena campanha, quando o jato particular que o levava caiu em Santos, no litoral paulista, no dia 13 de agosto. Devido à tragédia, Dilma Rousseff e Aécio Neves suspenderam suas campanhas por alguns dias.
Foto: picture-alliance/dpa
Nova candidata
Depois de sete dias de reuniões e discussões, o PSB confirmou em 20 de agosto os nomes de Marina Silva e Beto Albuquerque como novos candidatos à Presidência e vice pelo partido. A entrada da nova candidata representou uma guinada na corrida eleitoral.
Foto: Getty Images/Mario Tama
No rádio e na TV
A propaganda eleitoral no rádio e na TV começou no dia 19 de agosto. O primeiro programa foi marcado por homenagens a Eduardo Campos. Logo, porém, o tempo passou a ser usado pelos partidos, sobretudo PSDB e PT, para ataques aos adversários.
Foto: AFP/Getty Images/Evaristo Sa
Ataques e debates
O espaço destinado ao debate entre os presidenciáveis foi marcado por ataques mútuos e discussões sobre escândalos de corrupçao. A apresentação de propostas acabou ficando em segundo plano.
Foto: picture-alliance/dpa/Sebastião Moreira
Altos e baixos
A entrada de Marina Silva na disputa pela Presidência casou uma reviravolta nas intenções de voto. A candidata teve um crescimento vertiginoso. Deixou para trás Aécio Neves, ficando em segundo lugar nas pesquisas, e passou a disputar votos acirradamente com Dilma Rousseff. Mas nas últimas sondagens, Marina vem perdendo força.
Foto: Reuters/Paulo Whitaker
Escândalos de corrupção
A um mês da eleição, o vazamento do depoimento de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, à Polícia Federal, sobre políticos beneficiados por um esquema de corrupção na estatal, serviu de munição para ataques a Dilma. Em sua defesa, ela vem afirmando ser a única presidenciável a apresentar propostas de combate à corrupção.
Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP/Getty Images
Campanha na ONU
A presidente Dilma Rousseff levou um discurso similar ao de sua campanha à abertura da Assembleia Geral da ONU. Ela usou o espaço para ressaltar os êxitos sociais de seu governo. Dilma negou ter usado o evento de campanha eleitoral e afirmou que o discurso seguiu a linha adotada nos anos anteriores.
Foto: Reuters/Mike Segar
Declarações homofóbicas
O quarto debate dos presidenciáveis da televisão foi marcado pelas declarações homofóbicas do candidato pelo PRTB, Levy Fidelix. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu a cassação de sua candidatura. Em algumas cidades do país, simpatizantes da causa LGBT organizaram beijaços em repúdio às declarações.
Foto: Miguel Schincariol/AFP/Getty Images
Reta final
A corrida eleitoral entrou na sua reta final. A propaganda eleitoral no rádio e na TV termina nesta quinta-feira (02/10) e na sexta é o último dia de vinculação de propaganda paga. No domingo, o Brasil vai às urnas eleger o próximo presidente da República, além de governadores, senadores e deputados federais e estaduais.