Na véspera da eleição, Datafolha mostra Dilma com 52%, e Aécio, com 48% das intenções de voto. Ibope afirma que petista tem 53%, e tucano, 47%. Cenários mostram que segundo turno está indefinido.
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Os institutos de pesquisa Datafolha e Ibope divulgaram neste sábado (25/10) as suas últimas pesquisas para a campanha presidencial de 2014. Nas duas, a presidente Dilma Rousseff (PT) aparece na frente, mas a tendência de alta verificada nas pesquisas anteriores foi interrompida.
Faltando um dia para o segundo turno, o Datafolha diz que Dilma e o ex-governador Aécio Neves estão empatados tecnicamente, com 52% e 48%, respectivamente. No entanto, a probabilidade maior é que Dilma esteja na frente, avalia o instituto. Por sua vez, o Ibope afirma que a petista tem 53% e o tucano, 47%, indicando vitória da presidente, pois o resultado está fora da margem de erro.
Tanto no Ibope como no Datafolha, a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa Ibope foi contratada pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela TV Globo. Foram ouvidos 3.010 eleitores em 206 municípios de todas as regiões do Brasil, entre sexta-feira e sábado. A sondagem do Datafolha, encomendada pelo jornal Folha de S. Paulo e pela TV Globo, ouviu 19.318 eleitores em 400 municípios nesta sexta-feira e sábado.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Brasil deverá saber o nome do presidente da República a partir das 20h deste domingo (horário de Brasília), quando a votação no extremo oeste do Amazonas e no estado do Acre se encerrar. Com o horário de verão, essas duas regiões passam a ter três horas de diferença em relação ao horário de Brasília.
A trajetória política dos presidenciáveis
No segundo turno da corrida ao Planalto, Dilma Rousseff e Aécio Neves destacam passado político para convencer o eleitor. Conheça a história de cada candidato.
Foto: AP/Arquivo Público do Estado de São Paulo
Começo na juventude
A candidata pelo PT à reeleição, Dilma Rousseff, e o tucano Aécio Neves começaram a vida política ainda jovens. Quando estudante, a petista se engajou na luta armada durante a ditadura, enquanto Aécio, com cerca de 20 anos de idade, foi braço-direito do avô, o ex-presidente da República Tancredo Neves. Nestas eleições, as campanhas têm destacado a trajetória política de cada candidato.
Foto: picture-alliance/dpa
Contra o regime militar
Integrante da luta armada, Dilma Rousseff foi presa e torturada pela ditadura nos anos 70. A economista assumiu o primeiro cargo executivo na década de 1980. Ela comandou secretarias ligadas a finanças e energia de gestões municipais e estaduais do Rio Grande do Sul. À frente de diversas campanhas eleitorais, ajudou a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT) e, em 2001, se filiou ao PT.
Foto: AP/Arquivo Público do Estado de São Paulo
Política em família
Aécio Neves começou a carreira pública aos 17 anos. Foi secretário de gabinete parlamentar na Câmara dos Deputados e, em 1983, passou a atuar como secretário-particular do avô Tancredo, que na época era governador de Minas Gerais. Nesta foto, avô e neto aparecem no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, antiga sede da administração estadual.
Foto: cc-by-sa/Cidadão de Minas
Ao lado de Lula
Eleito presidente em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva nomeou Dilma Rousseff como ministra de Minas e Energia. Com o escândalo do mensalão, ela assumiu a chefia da Casa Civil no lugar de José Dirceu. A mudança marcou o início de uma reforma ministerial em meio à crise política. Dois anos depois, a ministra linha dura e sisuda anunciou a criação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Foto: A. Nascimento/ABr
No Congresso
Aos 24 anos, Aécio foi eleito deputado constituinte no ano de 1986. No terceiro mandato como deputado federal, se tornou líder da bancada do PSDB. Em 2001, foi escolhido presidente da Câmara e criou o Conselho de Ética e o Código de Ética e Decoro Parlamentar. No ano seguinte, foi eleito governador de Minas Gerais.
Foto: Rose Brasil/ABr
De coadjuvante a presidente
Em 2009, ainda como pré-candidata do PT à sucessão de Lula, Dilma declarou estar curada de um câncer. No ano seguinte, deixou se der coadjuvante no cenário político para se tornar "sucessora" das políticas do ex-presidente. Contra o tucano José Serra no segundo turno, ganhou a disputa com cerca de 55 milhões de votos válidos, e se tornou a primeira presidente mulher da história brasileira.
Foto: AFP/Getty Images/Evaristo Sa
Governo mineiro
O cartão de visitas dos oito anos de Aécio Neves à frente do governo de Minas Gerais é a política do “choque de gestão”. A medida envolve o aumento de receitas e o controle de gastos. O tucano foi cotado para disputar a vice-presidência na chapa de José Serra em 2010, mas recusou o convite. Foi eleito senador no mesmo ano.
Foto: José Cruz/ABr
Reta final
Com cerca de 20% das intenções de voto no primeiro turno, segundo pesquisas eleitorais, Aécio Neves ultrapassou a candidata pelo PSB Marina Silva e alcançou 33,55% dos votos válidos, segundo o TSE. Sondagens para o segundo turno mostram Dilma, que conquistou 41,59% dos votos no primeiro pleito, e Aécio próximos de um empate técnico.