Viagem focou em acordos comerciais e fortalecimento de relações bilaterais. Especialistas avaliam como acertada postura de Lula de evitar temas polêmicos.
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A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China selou uma reaproximação em termos mais amistosos, porém pragmáticos, do Brasil com seu parceiro comercial mais importante.
Após quatro anos turbulentos sob Jair Bolsonaro, Lula tenta reposicionar o país no cenário internacional e aposta, para isso, numa parceria estratégica com o gigante asiático – com quem mantém um fluxo comercial da ordem de 150 bilhões de dólares, com saldo positivo para o Brasil.
Em Pequim, Lula deixou claro qual será a tônica da política externa brasileira, com críticas à governança global, à hegemonia do dólar no comércio mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). "Queremos elevar o patamar da parceria estratégica entre nossos países, ampliar fluxos de comércio e, junto com a China, equilibrar a geopolítica mundial", afirmou Lula em cerimônia nesta sexta-feira (14/04) na capital chinesa.
Esse anseio, ao qual o coordenador do Grupo de Estudos sobre Ásia da Universidade de São Paulo (USP), Alexandre Uehara, se refere como demanda por "democratização das relações internacionais", não é novo nem exclusividade do Brasil.
Para ele e outros especialistas da área de relações internacionais e comércio exterior consultados pela DW, se durante os governos Lula 1 e 2 a pretensão multilateralista do petista parecia um horizonte concretizável, hoje, no cenário atual, ele está mais distante.
"Nesse momento ainda é mais wishful thinking", avalia Leonardo Paz, pesquisador do Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro (FGV-Rio).
A conjuntura naquela época era outra, lembra Paz, com uma China crescendo em um ritmo de dois dígitos ao ano, um Brasil festejado internacionalmente e uma Rússia apaziguada. Foi a época em que o Brics, grupo de países integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e que concentra um quarto do PIB mundial, emergiu como contrapeso a outros atores geopolíticos. Até que vieram as crises, agravadas por uma pandemia e pela invasão da Ucrânia.
"A perspectiva dos próximos cinco anos é de baixo crescimento mundial. Vai ser mais difícil se destacar nesse contexto", pondera Paz. "O próprio Brasil tem muito o que fazer internamente para conseguir se projetar externamente. Estamos muito fragilizados política e economicamente."
Assinatura de diversos acordos
Durante a viagem, Lula e o presidente chinês, Xi Jinping, assinaram 15 acordos comerciais e de parceria ligadas a setores como o aeroespacial, pesquisa e inovação e economia digital. Um deles é voltado ao desenvolvimento do CBERS-6, satélite que permite o monitoramento de biomas como a Floresta Amazônica, mesmo sob nuvens.
Outro, anunciado com destaque pelo governo petista, tem como foco o combate à fome. Para Pedro Brites, professor da Escola de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo (FGV-SP), o gesto confere peso extra às relações bilaterais ao incluir novos atores e demandas da sociedade civil além dos tradicionalmente representados em viagens do tipo, como o agronegócio.
"É uma tentativa de mostrar que você pode ter algum tipo de cooperação tecnológica na área de agropecuária que não seja simplesmente extrativista", avalia Brites. Como essa cooperação acontecerá na prática, contudo, ainda está incerto. "Cabe ao Brasil dar o tom, dizer que precisa incluir outros setores para aumentar a capacidade do brasileiro de botar alimento na mesa. Para a China está confortável só importar soja", afirma.
Transações em moedas locais em vez de dólar
Outro acordo, assinado antes da viagem, permite a realização de transações comerciais entre Brasil e China em reais e yuan, em vez de dólares. "A grande vantagem do comércio em moeda local é a redução de custos. Mas vai ficar a critério dos exportadores e importadores", explica Tulio Cariello, diretor de pesquisa do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC).
Na quinta-feira, Lula defendeu que os países possam exportar em suas próprias moedas. "Precisamos ter uma moeda que transforme os países numa situação um pouco mais tranquila. Porque hoje um país precisa correr atrás de dólar para poder exportar."
Tanto Cariello quanto Paz, da FGV-Rio, apoiam a medida e dizem que ela não desbancará o dólar.
Outros 20 acordos foram assinados pelo setor privado, principalmente nas áreas de sustentabilidade, tecnologia e infraestrutura.
Parceria pode ser deixa para retomar política industrial
Uehara, da USP, frisa a necessidade de o Brasil retomar uma política de industrialização. O setor, que segundo ele chegou a responder por 30% do PIB nacional nos anos 1980, representa hoje cerca de 10%.
"É a indústria que agrega valor e traz empresa para o país", afirma Uehara. Ele argumenta que as commodities, diferentemente de produtos industrializados, estão sujeitas a flutuações de preço em tempos de crise. "Por que exportamos café em grãos e importamos em cápsula? Temos muitos produtos que podemos transformar, agregar valor e exportar."
Paz, da FGV-Rio, faz coro e diz caber ao Brasil tomar providências para alavancar a indústria nacional. "Acho que depende mais do Brasil do que de qualquer outra coisa. A China pode ser uma ferramenta utilizada em uma estratégia para isso, mas não vejo nenhum debate sério no Congresso hoje, nenhum plano do governo concreto no sentido de mudar o perfil produtivo e de comércio exterior."
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Críticas ao sistema financeiro internacional
Na China, Lula defendeu ainda o Banco do Brics como alternativa ao FMI, a quem acusou de "asfixiar" economias. "Não cabe a um banco ficar asfixiando as economias dos países como o FMI está fazendo agora na Argentina e como fizeram com o Brasil durante muito tempo", alegou. "Nenhum governante pode trabalhar com uma faca na garganta porque está devendo. "
Para Uehara, da USP, a declaração segue uma lógica rasa e o Banco do Brics não tem estatura para ocupar o lugar do FMI. "Não tem dinheiro suficiente para atender [a demanda] e não seria sustentável fornecer dinheiro independentemente de compromissos de saneamento das contas públicas."
Lula evitou temas espinhosos
Especialistas avaliam como acertada a postura do presidente brasileiro de evitar temas como a invasão da Ucrânia pela Rússia e violações de direitos humanos do regime chinês, bem como as tensões com Taiwan.
Para Brites, da FGV-SP, ao comentar esses assuntos o Brasil poderia acabar melindrando a China e os Estados Unidos, primeiro e segundo maiores parceiros comerciais, respectivamente – embora, de certa forma, já tenha havido algum incômodo com o questionamento da hegemonia do dólar e a visita de Lula à Huawei, empresa de tecnologia acusada pelos EUA de espionagem.
Alinhar-se a Estados Unidos ou China, segundo esses especialistas, seria um tiro no pé. "O Brasil tentou atrair investimento, criar canais financeiros mais fáceis, depender menos de escassez de dólar no mercado e tentar pegar dinheiro chinês pra combater o desmatamento", resume Paz, da FGV-Rio. "São coisas que são do interesse do Brasil. É pragmatismo."
Uehara, da USP, concorda: "O Brasil tem que buscar seus interesses, manter boas relações com os dois países e ter maior benefício, independente da percepção que os EUA possam ter."
Indagado sobre até que ponto a proximidade com a China possa virar um problema por divergências de valores – o gigante asiático é um regime autoritário, enquanto o Brasil fez da defesa da democracia e dos direitos humanos uma de suas trincheiras retóricas no enfrentamento da extrema-direita – Paz retruca com o exemplo dos Estados Unidos, que mantêm relação estreita com a Arábia Saudita e voltaram atrás nos embargos à Venezuela após a invasão da Ucrânia pela Rússia – uma decisão pragmática, segundo ele, para manter o abastecimento de petróleo no mercado americano.
"As pessoas querem impor ao Brasil uma posição moral que ninguém adota, na realidade", afirma Paz, citando parcerias da China com os Estados Unidos e potências europeias como Alemanha e França.
Para Paz, à exceção do aspecto comercial, o Brasil está longe de ter uma relação de dependência com os chineses. "São os únicos que têm condições de comprar exatamente o que a gente quer."
Brites, da FGV-SP, lembra o voto brasileiro na resolução das Nações Unidas que condenou a Rússia pela invasão da Ucrânia, em desacordo com a posição dos países dos Brics e alinhado aos Estados Unidos e às potências ocidentais.
Mas o limite da crítica, segundo Brites, termina onde começam os interesses. "O Brasil não tem condições de intervir nos assuntos internos de outros estados. A tendência é fugir desses temas quando for tratar com a China."
Ele diz ver risco de uma saia-justa maior para o Brasil caso a situação na Ucrânia ou em Taiwan piorem. "Tornaria a posição do Brasil mais frágil ao navegar entre esses dois mundos. É uma aposta da política externa. Sempre há um risco de desequilibrar a postura de neutralidade. Esse é o grande desafio."
O mês de abril em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Michael Chavet/ZUMA Wire/IMAGO
Pela primeira vez, campeão mundial de xadrez é chinês
Ding Liren, 30 anos, tornou-se neste domingo o primeiro chinês campeão mundial de xadrez, após derrotar o russo Ian Nepomniachtch, em torneio realizado no Cazaquistão. "O momento em que Ian desistiu do jogo foi um momento de muita emoção, não consigo controlar meus sentimentos", disse ele após receber o prêmio da Federação Internacional de Xadrez (30/04).
Foto: Stanislav Filippov/AP/picture alliance
Estátua de morsa sacrificada é inaugurada na Noruega
Foi inaugurada em Oslo, capital da Noruega, uma escultura em tamanho real de Freya, a morsa que foi sacrificada no ano passado, provocando indignação pública. Em 2022, o mamífero marinho de 600 quilos encantou o público por meses nas águas da cidade. Autoridades decidiram sacrificá-la alegando haver sinais de que Freya estaria passando por estresse e poderia representar ameaça ao público. (29/04)
Foto: Annika Byrde/NTB/IMAGO
Mísseis russos deixam ao menos 23 mortos na Ucrânia
A Rússia realizou ataques aéreos contra várias cidades da Ucrânia na manhã desta sexta-feira, os primeiros bombardeios em larga escala em quase dois meses. Em Uman, na região central do país, ao menos dez pessoas foram mortas, entre elas duas crianças, e nove foram hospitalizadas após um ataque atingir um edifício residencial (28/04).
Governo promove faxina no GSI
O governo federal anunciou a demissão de 58 servidores do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), apenas um dia após exonerar 29 funcionários. A faxina ocorre em meio a uma crise que se instalou no órgão após a divulgação de imagens que mostram servidores, incluindo o então chefe da pasta, circulando no Palácio do Planalto durante a invasão do local por bolsonaristas em 8 de janeiro. (27/04)
Foto: Gustavo Basso/DW
Pacheco cria CPMI dos atos golpistas
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), leu durante sessão do Congresso Nacional o requerimento para a abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará as invasões e depredações das sedes dos três Poderes em Brasília. O próximo passo será a formação do colegiado, composto por 16 deputados e 16 senadores titulares. (26/04)
Foto: Gustavo Basso/DW
Tentativa de empresa privada japonesa de pousar na lua falha
A empresa privada japonesa Ispace perdeu o contato com uma nave que deveria pousar na lua e anunciou que, aparentemente, a missão falhou. A nave começou a descer de uma altitude de 100 quilômetros acima da lua e estava programada para aterrissar na cratera Atlas. Se a nave tivesse pousado, a empresa seria a responsável pelo primeiro projeto privado a conseguir realizar tal façanha. (25/04)
Foto: Kim Kyung-Hoon/REUTERS
Ativistas do clima se colam nas ruas de Berlim
Ativistas do grupo alemão Die Letzte Generation ("A Última Geração") protestaram em 33 pontos de Berlim contra o que chamam de ações governamentais lentas no combate às mudanças climáticas. Os manifestantes colaram as próprias mãos no asfalto de diversas ruas e avenidas da capital alemã, causando grandes congestionamentos e interrupções no trânsito da cidade. (24/04)
Foto: Christian Mang/REUTERS
Países retiram cidadãos do Sudão
Soldados da Bundeswehr embarcam na Jordânia para missão de retirada de alemães do Sudão. A Alemanha e outras nações, como EUA, Reino Unido e França, organizaram ações de resgate de seus cidadãos no país africano, abalado há dias por uma guerra entre o exército sudanês e um grupo paramilitar, que já matou mais de 400 pessoas e deixou milhares de feridos. (23/04)
Foto: Neumann/Bundeswehr/dpa/picture alliance
Lula fecha 13 acordos com Portugal
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou 13 acordos e parcerias com Portugal, no primeiro dia de sua agenda pública no país europeu, durante a 13ª Cúpula Luso-Brasileira, encontro que presidiu em Lisboa junto com o premiê português, António Costa (foto). As parcerias em diversas áreas incluíram tratados sobre equivalências de diploma escolar e de carteira de motorista. (22/04)
Foto: Patricia De Melo Moreira/AFP/Getty Images
Caça da Rússia bombardeia cidade no próprio país
Um caça russo supersônico Sukhoi-34 disparou acidentalmente contra a cidade russa de Belgorod, perto da fronteira com a Ucrânia, na noite de quinta-feira, causando uma explosão e ferindo três pessoas. O Ministério da Defesa russo disse que o caça "descarregou munição acidentalmente" e que abriu uma investigação para esclarecer o ocorrido. (21/04)
Foto: Pavel Kolyadin/TASS/dpa/picture alliance
Starship explode minutos após lançamento
A nave Starship, da empresa SpaceX, explodiu nesta quinta-feira pouco após seu lançamento de uma base em Boca Chica, no Texas, Estados Unidos. Junto com seu impulsionador gigante, chamado de Super Heavy, o sistema forma o foguete mais poderoso do mundo e realizava um primeiro voo de teste não tripulado quando se desintegrou após quatro minutos de voo (20/04).
Foto: SPACEX/REUTERS
Ministro do GSI cai após aparecer em imagens do 8 de Janeiro
General Gonçalves Dias aparece interagindo de maneira suspeita com invasores dentro do Palácio do Planalto. Ele é o primeiro membro do gabinete do novo governo a deixar o cargo. Divulgação das imagens selou mudança de postura da base governista no Congresso, que mudou de estratégia e decidiu apoiar CPMI do 8 de Janeiro. (19/04)
Foto: Gustavo Basso/DW
Governo envia texto do novo arcabouço fiscal ao Congresso
O texto do novo arcabouço fiscal foi entregue pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, juntamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que disse acreditar em uma "aprovação rápida" no Legislativo. A proposta inclui zerar o déficit da União em 2024, gerar superávit primário de 0,5% do PIB em 2025, e saldo positivo de 1% em 2026. (18/04)
Foto: Diogo Zacarias
Ministro das Relações Exteriores da Rússia em Brasília
Serguei Lavrov se reuniu com seu homólogo brasileiro, Mauro Vieira, no Itamaraty, onde discutiram a guerra na Ucrânia e temas referentes ao comércio bilateral. Chanceler russo agradeceu o governo brasileiro pelo que chamou de "compreensão da gênese da situação na Ucrânia" e disse que "as visões de Brasil e Rússia são únicas em relação aos acontecimentos na Rússia". (17/04)
Foto: Ton Molin/AA/picture alliance
Confrontos no Sudão deixam dezenas de mortos
Os confrontos entre o Exército do Sudão e o poderoso grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR) deixaram um saldo de 56 civis mortos em dois dias, incluindo três funcionários das Nações Unidas. Mais de 600 pessoas ficaram feridas. No segundo dia, os dois lados concordaram com uma trégua humanitária de três horas. (16/04)
Foto: AFP
Alemanha abandona energia nuclear
A Alemanha conclui o desligamento das últimas três usinas nucleares do país, que deveriam ter fechado até o final de 2022. No entanto, a guerra na Ucrânia mudou o cenário, já que havia temores de que o corte de gás russo provocaria uma emergência energética. Na ocasião, o chanceler federal Olaf Scholz, determinou a prorrogação do funcionamento das últimas usinas. (15/04)
Foto: Armin Weigel/dpa/picture alliance
Lula na China
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu em Pequim com o líder chinês, Xi Jinping. O encontro começou com uma cerimônia diante do Grande Salão do Povo, quando Lula chegou com sua comitiva, sendo recebido por Xi. Em seguida, os dois mantiveram uma reunião ampliada e um encontro bilateral antes de seguirem para um jantar programado para a noite. (14/04)
Foto: Ken Ishii/Kyodo/AP/dpa/picture alliance
Suspeito de vazar documentos nos EUA é preso
Um integrante da Guarda Aérea Nacional de Massachusetts foi preso pelo FBI em conexão com o vazamento de uma série de documentos confidenciais nos EUA. A prisão de Jack Teixeira, de 21 anos, ocorreu após uma busca do governo dos EUA pela identidade de um usuário que publicou documentos em uma plataforma de mídia social de jogadores de videogame. (13/04)
Foto: Marc Vasconcellos/USA TODAY Network/IMAGO
Lula desembarca na China
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a Xangai, primeira parada de sua viagem à China. No desembarque, a comitiva de Lula foi recebida pela ex-presidente Dilma Rousseff. Em Xangai, Lula participa da posse de Dilma como nova presidente do banco do Brics. (12/04).
Foto: Palacio Planalto/dpa/picture alliance
Elefanta criteriosa
A elefanta Pang Pha nasceu no zoológico de Berlim e foi criada por seus tratadores, que a alimentavam com bananas. Agora, já adulta, ela é a única do local que sabe descascá-las. Ela só adota esse comportamento se estiver sem outros elefantes por perto – e também rejeita as bananas muito maduras. O caso foi relatado em um artigo publicado nesta semana na revista "Current Biology" (11/04)
Foto: Lena Kaufmann/dpa/picture alliance
O Coelho de Páscoa com mais tempo de serviço
Sim, além do Domingo, a Alemanha e outros países europeus também comemoram a Segunda-Feira de Páscoa. E desde 1968 o ex-empreiteiro Dieter Melzer atravessa a região entre Brandemburgo e Saxônia fantasiado de coelho, distribuindo doces para pequenos e grandes. Agora, aos 74 anos, acompanhado da filha Carina. A motocicleta é uma IWL SR59 Berlin, modelo 1959. (10/04)
Foto: Sebastian Kahnert/dpa/picture alliance
Papa conduz missa de Domingo de Páscoa
Recuperado após uma internação por bronquite, Francisco conduziu a missa do Domingo de Páscoa no Vaticano e pediu "ajuda ao amado povo ucraniano" e "luz" sobre o povo russo. Ele também se mostrou "preocupado" com a escalada da violência entre Israel e Palestina. (09/04)
Foto: Alessandra Tarantino/AP/dp
China inicia exercícios militares ao redor de Taiwan
A China iniciou exercícios militares de três dias em torno de Taiwan, os quais chamou de uma "advertência severa" ao governo da ilha autogovernada após um encontro entre a presidente taiwanesa e o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA. A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, condenou imediatamente os exercícios e prometeu trabalhar contra o "expansionismo autoritário contínuo". (08/04)
Foto: CCTV/AP Photo/picture alliance
França exibe sarcófago de Ramsés II
O sarcófago do faraó egípcio Ramsés II começou a ser exibido em Paris, graças a uma cooperação sem precedentes entre a França e o Egito. A exposição está em uma turnê que inclui os Estados Unidos e a Austrália, mas apenas a França receberá o sarcófago, em reconhecimento à ajuda de cientistas franceses que salvaram a múmia do antigo faraó da deterioração, em 1976. (07/04)
Foto: Sabine Glaubitz/dpa/picture alliance
Triste fim de uma baleia em Bali, Indonésia
Um cachalote de 18 metros encalhou inicialmente a leste da ilha, e os moradores locais conseguiram conduzi-lo de volta ao mar. Mas horas depois, o cetáceo apareceu novamente na orla, encalhando em outra praia, a de Yeh Malet, onde morreu, sem ferimentos visíveis. Agora será investigado se a ingestão de lixo plástico foi responsável pela morte do mamífero. (06/04)
Foto: Dicky Bisinglasi/AFP/Getty Images
Quatro crianças são mortas em ataque a creche em Santa Catarina
Um ataque a uma creche em Blumenau deixou mortas ao menos quatro crianças com entre 4 e 7 anos de idade e feriu outras cinco. A polícia relatou que um homem de 25 anos entrou no local com um machado e atacou as crianças. Em seguida, saiu da creche a pé e se entregou num batalhão da PM, sendo preso e encaminhado à Polícia Civil. (05/04)
Foto: Denner Ovidio/REUTERS
Filândia ingressa oficialmente na Otan
A Finlândia ingressou oficialmente na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), tornando-se o 31º membro da aliança. Com isso, a fronteira da Otan com a Rússia dobrou em extensão, para 2.600 quilômetros. A adesão da Finlândia à Otan é um grande revés para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que tem como uma de suas prioridades impedir a expansão da aliança militar ocidental. (04/04)
Foto: Geert Vanden Wijngaert/AP/picture alliance
Trump chega a Nova York para se apresentar à Justiça
Ex-presidente dos EUA Donald Trump deve se apresentar às autoridades judiciais para responder a acusações sobre suposto pagamento que teria feito pelo silêncio da atriz pornô Stormy Daniels em 2016, na tentativa de ocultar relação extraconjugal. Ele se tornou o primeiro presidente americano a ser indiciado como réu em um tribunal. (03/04)
Foto: Yuki Iwamur/AP/picture alliance
Imaginação solta
O céu da praia de Jesolo, na Itália, ficou colorido com um festival de pipas. Mais de 250 participantes de 15 países estiveram no Jesolo Beach & Kite Festival, na região do Vêneto. Trata-se de um dos maiores festivais do gênero - e quase não há limites para as pipas: elas devem ser as maiores, mais coloridas e mais inusitadas possíveis. O único requisito: que elas sejam capazes de voar (02/04)
Foto: Michael Chaveta/ZUMA Wire/IMAGO
Papa Francisco deixa o hospital às vésperas da Semana Santa
O papa Francisco deixou o hospital onde estava internado devido a uma infecção respiratória, que pôs em dúvida sua presença no Vaticano durante a Semana Santa.
Ao deixar o Hospital Policlínico A. Gemelli, em Roma, o pontífice de 86 anos desceu do carro que o transportava e se aproximou de fieis e jornalistas que o aguardavam, afirmando "ainda estou vivo", em tom de brincadeira. (01/04)