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Idosos tendem a compartilhar mais "fake news", diz estudo

10 de janeiro de 2019

Pesquisa aponta que pessoas com mais de 65 anos de idade compartilharam até sete vezes mais notícias falsas no Facebook durante a campanha eleitoral dos EUA em 2016.

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Facebook foi duramente criticado por não ter impedido onda de notícias falsas durante campanha eleitoral americanaFoto: picture-alliance/PA Wire/D. Lipinski

Pessoas acima de 65 anos de idade tendem a compartilhar mais fake news no Facebook do que os mais jovens, afirmaram cientistas nesta quinta-feira (10/01), com base num estudo publicado na revista Science Advances.

Os pesquisadores das universidades Princeton e New York University analisaram os posts de quase 1.200 pessoas que concordaram em ceder seus dados na época da eleição presidencial americana, em 2016.

Eles compararam links que essas pessoas compartilharam no Facebook com várias listas de sites conhecidos por difundirem informações falsas, como denverguardian.com ou truepundit.com.

O estudo concluiu que menos de 8,5% das pessoas compartilharam links de um desses sites de notícias falsas. Mas aqueles que o fizeram tendem a ser mais velhos e se identificam com o lado conservador do espectro político.

Segundo os cientistas, usuários com mais de 65 anos, independentemente de suas posições políticas, compartilharam quase sete vezes mais artigos de sites de fake news do que pessoas do grupo entre 18 e 29 anos.

"É possível que toda uma faixa etária de americanos, hoje acima dos 60 anos, não tenha o nível de conhecimento de mídias digitais necessário para determinar de forma confiável a credibilidade de notícias online", sugerem os pesquisadores. Segundo eles, o impacto do envelhecimento na memória também pode ser uma explicação.

Apesar de o estudo detectar que republicanos compartilharam mais fake news do que democratas, assim como conservadores de um modo geral, isso pode estar relacionado ao fato de que a maioria das fake news produzidas durante a campanha presidencial de 2016 favorecia o candidato republicano, Donald Trump.

"Se a perspectiva das fake news fosse favorável a Hillary Clinton em vez de Trump, é possível que mais liberais do que conservadores tivessem compartilhado esse conteúdo", afirmaram os autores do estudo, num artigo para o jornal Washington Post.

O Facebook foi duramente criticado por não ter impedido uma onda de notícias falsas durante a campanha eleitoral, e há suspeitas de que a Rússia tenha influenciado o resultado das eleições americanas também por meio da disseminação de fake news.

AS/afp/ots

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