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Igreja Católica alemã aprova pílula do dia seguinte para vítimas de estupro

22 de fevereiro de 2013

Decisão é tomada após dois hospitais católicos terem recusado medicamento a paciente que havia sido violentada sexualmente. Apenas as pílulas que previnem a concepção são toleradas, não as abortivas.

Foto: picture-alliance/dpa

A Igreja Católica alemã decidiu autorizar a distribuição da chamada pílula do dia seguinte nos hospitais que administra, na condição de contraceptivo de emergência, a mulheres vítimas de estupro.

A decisão, tomada nesta quinta-feira (21/02), durante a assembleia-geral de bispos em Trier, é motivada pela polêmica criada no final de janeiro, quando dois hospitais católicos da cidade de Colônia se recusaram a ministrar o medicamento a uma vítima de estupro.

Após o caso, que provocou um amplo debate na Alemanha, o arcebispo de Colônia, cardeal Joachim Meisner, autorizou a utilização da pílula nos hospitais católicos de sua arquidiocese, forçando a Igreja a esclarecer sua posição quanto ao tema.

Entretanto, os religiosos sublinham que remédios apenas podem ser usados para prevenir a concepção e não como meio para induzir o aborto. "Continua a ser proibido usar procedimentos farmacêuticos ou médicos que levem à morte de um embrião", mesmo em casos de estupro, afirmam. Apenas as pílulas que previnem a concepção são toleradas, não as abortivas.

Meisner permitiu a pílula nos hospitais católicos de Colônia, obrigando Igreja a tomar posiçãoFoto: picture-alliance/dpa

"As mulheres vítimas de violações têm, naturalmente, direito a uma ajuda humana, médica, psicológica e espiritual. Neste quadro, a administração de uma 'pílula do dia seguinte' é possível, na medida em que esta tem efeito contraceptivo e não abortivo", afirma a declaração divulgada pelos bispos alemães após o encontro.

MD/lusa/afp/ap/epd/dpa
Revisão: Alexandre Schossler

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