Templos católicos voltam a realizar missas três semanas depois dos atentados suicidas do domingo de Páscoa, que mataram quase 260 pessoas. Esquema de segurança inclui revista na entrada dos prédios.
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A Igreja Católica no Sri Lanka realizou neste domingo (12/05) as primeiras missas dominicais, três semanas após os atentados suicidas do domingo de Páscoa, que provocaram 258 mortos.
As mídias locais reportaram que milhares de cristãos foram às igrejas na capital do país, Colombo. As estradas de acesso às igrejas foram controladas por policiais armados, e todos os fiéis foram revistados e identificados antes de entrar.
Pelo menos 258 pessoas foram mortas e cerca de 500 ficaram feridas quando nove terroristas suicidas atacaram três igrejas e três hotéis turísticos no dia 21 de abril, no domingo de Páscoa. O grupo extremista "Estado Islâmico" assumiu a responsabilidade pelos ataques.
O governo do Sri Lanka também responsabilizou as organizações islâmicas menores Jamathei Millathu Ibraheem (JMI) e Thawheed Jammath (NTJ) pela série de atentados. O fundador da NTJ Zahran Hashim foi um dos dois terroristas suicidas que atacaram o Hotel Shangri-La em Colombo.
A polícia do país já prendeu mais de 150 pessoas por envolvimento nos ataques. Na sexta-feira, as autoridades prenderam no leste do Sri Lanka um religioso islâmico que teria ligações com Hashim.
As missas nas igrejas haviam sido suspensas e as escolas, fechadas. A reabertura das escolas, que já tinha sido prevista, foi adiada depois do surgimento de alertas sobre possíveis novos ataques. As escolas estatais voltaram a abrir na semana passada, com segurança reforçada, mas o comparecimento foi considerado baixo.
MD/ap/lusa/epd
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Ataques miraram templos católicos que celebravam Domingo de Páscoa e hotéis frequentados por estrangeiros. Mais de 250 pessoas morreram
Foto: picture-alliance/AP Photo/E. Jayawardena
Arcebispo pede calma após ataques
Uma imagem de Jesus Cristo coberta de sangue após explosão na Igreja de São Sebastião, em Negombo, uma das cidades do país com maioria católica. O arcebispo de Colombo, Malcolm Ranjith, chamou os autores dos ataques de “animais”, mas pediu para que a população fique calma e não procure fazer “justiça com as próprias mãos”.
Foto: picture-alliance/AP Photo
Igrejas atingidas no Domingo de Páscoa
Interior da Igreja de São Sebastião, em Negombo, no oeste do país, após ataque. O Sri Lanka registrou oito explosões em diferentes pontos do país no domingo (21/04) de Páscoa. Três igrejas e quatro hotéis foram atingidos. Governo aponta que mais de 250 pessoas morreram.
Foto: picture-alliance/AP Photo/C. Karunarathne
Polícia procura autores
Um policial participa de uma operação de busca em uma residência em um subúrbio da capital do Sri Lanka, Colombo. Governo prendeu sete pessoas após os atentados e apontou que maioria das ações foram cometidas por terroristas suicidas
Foto: AFP/I. S. Kodikara
Igrejas atingidas em diferentes pontos do país
Policiais examinam o exterior da Igreja de Sião, em Batticaloa, no leste do Sri Lanka, que também estava entre os alvos dos atentados. Templos estavam celebrando missas para marca o Domingo da Ressureição. Os cristãos foram 7% da população do Sri Lanka, que tem maioria budista e uma parcela significativa de islâmicos.
Foto: AFP/L. Wanniarachchi
Ataques evocam trauma da guerra civil
O interior da Igreja de Santo Antônio, na capital, Colombo. Ministro das Finanças do país, Mangala Samaraweera, disse que os ataques são uma tentativa de empurrar o Sri Lanka mais uma vez para uma situação de violência, tal como ocorreu na longa guerra civil que castigou o país entre os anos 1980 e 2000.
Foto: AFP/I. S. Kodikara
Papa condena atentados
Uma imagem de Nossa Senhora danificada no atentado à Igreja de Santo Antônio, em Colombo. O Papa Francisco os ataques enquanto fazia a benção de Páscoa diante de milhares de fiéis na Praça São Pedro, no Vaticano. "Quero expressar minha sincera proximidade com a comunidade cristã [do Sri Lanka], ferida enquanto se reunia em oração, e a todas as vítimas de tal violência cruel”, disse Francisco
Foto: Reuters/D. Liyanawatte
Hotéis entre os alvos
Os ataques também miraram hotéis de luxo frequentados por estrangeiros no Sri Lanka. Aqui, policiais examinam a área atingida por explosão no Hotel Shangri-La, em Colombo. Três hotéis de luxo e uma pensão foram alvo de explosões.
Foto: picture-alliance/AA/C. Karunarathne
Estrangeiros entre as vítimas
Turistas e cidadãos do Sri Lanka diante de um hotel em Colombo. Números iniciais apontaram que pelo menos três dezenas de cidadãos estrangeiros morreram nas explosões que atingiram os hotéis. O turismo da ilha vem passando por um período de crescimento robusto desde 2010, quando a guerra civil no país chegou ao fim.
Foto: picture-alliance/XinHua/T. Lu
Toque de recolher e bloqueio de redes sociais
Soldado diante da Igreja de Santo Antônio, em Colombo, um dos alvos dos ataques. Governo do país impôs um toque de recolher a partir deste domingo e ordenou o bloqueio de redes sociais como o Facebook e o Instagram para impedir a difusão de boatos. As escolas do país também vão permanecer fechadas até quarta-feira e todos os policiais de folga foram convocados.