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Ikea investiga utilização de trabalho de presos políticos na RDA e Cuba

26 de junho de 2012

A fabricante de móveis sueca abriu investigação para apurar denúncias de que teria utilizado o trabalho de presos políticos na Alemanha Oriental e em Cuba, no final dos anos 1980.

Der Werbeturm eines Ikea-Einrichtungshauses, fotografiert am Donnerstag, 5. Oktober 2006 in Wallau. (ddp images/AP Photo/Michael Probst) ---The advertising tower of an Ikea furnishing house is seen in Wallau, central Germany, Thursday, Oct. 5, 2006. (ddp images/AP Photo/Michael Probst) eingest. sc
ikea, werbeturm, zwangsarbeiterFoto: dapd

A fabricante sueca de móveis e artigos de decoração Ikea abriu uma investigação independente para apurar denúncias sobre seu envolvimento na utilização de trabalho forçado em prisões da antiga Alemanha Oriental e em Cuba, anunciou a empresa nessa segunda-feira (25/06).

Segundo nota divulgada na sede alemã da Ikea, em Hofheim-Wallau, no estado de Hessen, a empresa também disponibilizou uma linha telefônica para todos que queiram comunicar qualquer informação sobre as condições de produção na República Democrática Alemã (RDA). As denúncias se referem a produtos da Ikea fabricados na antiga Alemanha Oriental no final dos anos 1980.

Sérias acusações

Recentemente ex-prisioneiros políticos da antiga Alemanha Oriental alegaram que teriam sido forçados a trabalhar na manufatura de produtos da Ikea enquanto estavam na prisão.

A Ikea está presente em 46 cidades alemãsFoto: dapd

A Ikea declarou que a utilização de prisioneiros políticos em sua linha de produção é totalmente inaceitável e que as alegações sobre o ocorrido na Alemanha Oriental são muito sérias e devem ser apuradas. "Caso isso tenha realmente acontecido, estaremos diante de algo realmente inaceitável e profundamente lamentável", afirmou a empresa no comunicado.

As acusações surgiram em maio deste ano quando o jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung relatou que a empresa havia assinado um acordo com as autoridades da Alemanha Oriental para a produção no país e em Cuba. A informação foi publicada dias depois de a mídia sueca e alemã ter citado documentos da Stasi (polícia política da RDA) sobre contratos assinados entre a Ikea e a antiga Alemanha Oriental.

Segundo o jornal, o acordo entre a Ikea e empresários da RDA foi fechado em setembro de 1987, dois anos antes da queda do Muro de Berlim, e teria acontecido depois de uma visita a Cuba de empresários da RDA, que incluiu contatos com empresas de móveis de jardim ligadas a centros penitenciários cubanos.

Ao redor do mundo

A Ikea é uma das líderes mundiais no setor de móveis e decoração. A empresa abriu sua primeira loja em 1958, na cidade de Älmhult, na Suécia. Entre franquias e lojas próprias, hoje a firma sueca conta com 334 filiais em 40 países.

As lojas da Ikea receberam no ano passado cerca de 626 milhões de clientes em todo o mundo – cerca de 100 milhões somente na Alemanha.

MAS/lusa/dpa
Revisão: Carlos Albuquerque

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