Imagem-símbolo da crise migratória vira painel na Alemanha
11 de março de 2016
Grafiteiros reproduzem em muro próximo ao Banco Central Europeu, em Frankfurt, foto do menino Aylan, que chocou o mundo no auge da crise dos refugiados.
Anúncio
A imagem marcou 2015: o corpo de menino de calças azuis e camiseta vermelha em uma praia perto da cidade turca de Bodrum. Aylan tinha apenas três anos e morreu quando a embarcação onde estava naufragou no Mar Mediterrâneo. Ele fugia com a família da guerra civil na Síria, em busca de segurança na Europa.
A foto agora foi reproduzida em um grande muro próximo à nova sede do Banco Central Europeu, em Frankfurt. "Europa mata – O morto e o dinheiro", é como foi batizado o grafite por seus criadores, os grafiteiros Justus Becker e Oguz Sen.
Refugiados se acumulam nas fronteiras da Grécia
01:14
"A imagem mexeu muito comigo, e achei que era importante trazê-la até aqui, pois as pessoas só se interessam por coisas que acontecem na porta de suas casas", contou Becker a emissora alemã de televisão HR.
No início, Sen era contra grafitar a imagem, mas mudou de ideia, após o partido de direita AfD (Alternativa para a Alemanha), conhecido pela retórica antimigratória, ter sido o terceiro mais votado nas eleições municipais no estado de Hessen.
CN/ots
Fotos que chocaram o mundo
Uma imagem muitas vezes diz mais que mil palavras. Reveja fotos icônicas que documentaram os efeitos de guerras, revoluções e atentados terroristas mundo afora.
Foto: STAN HONDA/AFP/Getty Images
Guerra do Vietnã – 1972
Na foto icônica, crianças desesperadas correm após uma bomba de napalm atingir o vilarejo em que viviam, no sul do Vietnã. A menina nua – Phan Thi Kim Phuc, de nove anos – sobreviveu por ter tirado suas roupas em chamas. Ela vive hoje no Canadá. A foto influenciou a visão da opinião pública sobre o conflito no Vietnã. O fotógrafo, Nick Ut, ganhou o Prêmio Pulitzer pela imagem em 1973.
Foto: picture-alliance/AP Images
Atentado de 11 de setembro de 2001
Coberta de poeira, a mulher da foto, Marcy Borders, tentava fugir do World Trade Center, em Nova York, logo após um avião ter atingido a primeira das Torres Gêmeas. A imagem tornou-se símbolo do ataque terrorista. Borders morreu em 26 de agosto de 2015, aos 42 anos de idade. Ela sofria de câncer estômago, após ter vivido mais de uma década em depressão e como dependente de álcool e drogas.
Foto: picture-alliance/dpa/AFP
Praça da Paz Celestial – 1989
Em 5 de junho de 1989, este homem deteve uma fila de tanques de guerra. No dia anterior, o Exército chinês havia reprimido com violência protestos na Praça da Paz Celestial, em Pequim. A identidade e o destino do manifestante da foto nunca foram determinados com certeza. Ele foi retirado do local logo após o fotógrafo Jeff Widener ter registrado o corajoso momento.
Foto: Reuters/A. Tsang
Protestos estudantis em Berlim – 1967
No dia 2 de junho de 1967, a polícia reprimiu com violência um protesto contra a visita oficial do xá do Irã. O estudante alemão Benno Ohnesorg foi morto a tiros por um policial. A morte do jovem levou à radicalização do movimento de esquerda na Alemanha no fim dos anos 1960. À epoca, a esposa de Ohnesorg estava grávida do primeiro filho.
Foto: AP
Assassinato de John F. Kennedy – 1963
O presidente americano John F. Kennedy foi assassinado em Dallas, no Texas, em novembro de 1963, enquanto se locomovia num veículo presidencial. Abraham Zapruder registrou o momento por acaso, enquanto filmava a passagem do político. O frame 313 do vídeo mostra o tiro na cabeça de Kennedy. A notícia sobre o atentado ao presidente americano abalou profundamente a população.
Foto: picture-alliance/dpa
Massacre de Munique – 1972
Durante os Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, 11 membros da equipe olímpica israelense foram feitos reféns e mortos pelo grupo terrorista palestino Black September. Um policial alemão também foi morto, assim como cinco dos terroristas. Esta foto icônica mostra um dos sequestradores.
Foto: dapd
Guerra do Afeganistão – 1972
O retrato tirado por Steve McCurry foi capa da revista "National Geographic" em 1985. A foto da jovem afegã refugiada no Paquistão se tornou um dos mais famosos símbolos da ocupação soviética de seu país natal e do destino de refugiados mundo afora. A identidade da garota de 12 anos permaneceu desconhecida até ela ser localizada novamente em 2002. Sharbat Gula nunca havia visto sua foto famosa.