Imagens de satélite sugerem novo teste nuclear norte-coreano
13 de abril de 2017
Organização americana que monitora Península da Coreia relata movimentação contínua em base de lançamento de mísseis, enquanto se acirram as tensões na região. Merkel desaconselha ação militar.
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Imagens de satélite de uma base de lançamento de misses da Coreia do Norte sugerem que o país estaria pronto para realizar novos testes, em meio à crescente preocupação internacional com seu programa nuclear.
As imagens, divulgadas nesta quarta-feira (12/04) pelo portal 38 North, do Instituto Americano para a Coreia, revelaram que as instalações norte-coreanas estariam "otimizadas e prontas" para novos lançamentos de mísseis balísticos.
Segundo o portal, "imagens de satélite do local de testes nucleares Punggye-ri, datadas de 12 de abril, revelam atividades contínuas ao redor do portal norte, novas atividades na principal área administrativa e alguns funcionários próximos ao centro de comando".
Entretanto, autoridades militares da Coreia do Sul afirmam não terem observado sinais de "atividades incomuns" até o momento, segundo a agência sul-coreana de noticias Yonhap.
Os encantos secretos da Coreia do Norte
Natural de Cingapura, o fotógrafo Aram Pan percorreu durante vários dias o território da ditadura comunista na Ásia. Mas se recusou a abordar política: para ele o que contam são belezas naturais e arquitetônicas.
Foto: Aram Pan, All Rights Reserved
Tranquila beleza de Pyongyang
O fotógrafo cingapurense Aram Pan viajou em 2013 à Coreia do Norte para realizar o projeto DPRK 360, em que buscou imortalizar o povo e a forma de vida desse hermético Estado asiático, expondo as imagens online. Esta foi tirada do Hotel Yanggakdo, onde Pan se hospedou durante sua estada na capital, Pyongyang.
Foto: Aram Pan, All Rights Reserved
Ao pé dos ídolos nacionais
O Grande Monumento Mansudae é um dos pontos turísticos mais visitados da capital norte-coreana. Turistas locais e internacionais costumam depositar flores aos pés das gigantescas estátuas dos líderes comunistas Kim Il-sung e Kim Jong-il, que se destacam em meio à esplanada extremamente bem cuidada.
Foto: Aram Pan, All Rights Reserved
Polícia robótica
Aram Pan conta que a policial da foto se manteve imóvel apenas os segundos necessários para registrá-la. Embora no país não circulem muitos automóveis, as cidades mantêm funcionários encarregados de manter a ordem no tráfego – para o que executam movimentos rítmicos, como robôs.
Foto: Aram Pan, All Rights Reserved
Metrô sob o signo do perigo
São 15h de um dia de agosto de 2013. Embora não seja horário de pico, o metrô da capital está abarrotado. As estações do meio de transporte urbano, que dispõe de duas linhas, foram construídas a vários metros de profundidade, a fim de resistirem a eventuais bombardeios.
Foto: Aram Pan, All Rights Reserved
"Shiny happy people"
Cidadãos dançando felizes e despreocupados, numa ditadura comunista? Além de não interferir no que registra, Pan se recusa a discutir política. Ele pede aos que veem suas fotografias que não pensem nele, mas na gente e nas paisagens do país. "Ninguém viaja a um país para fotografar cárceres", argumenta, ao ser criticado por mostrar uma Coreia do Norte amável. A imagem foi feita perto de Wonsan.
Foto: Aram Pan, All Rights Reserved
Sol, areia e mar
Na costa norte-coreana, não há diferença visível entre os divertimentos dos cidadãos nas praias e os de qualquer democracia do mundo. Eles jogam voleibol, brincam na areia, entram de boia na água. Não faltam chuveiros para tirar a areia antes da volta para casa. Em muitas fotografias de Pan veem-se rostos sorridentes.
Foto: Aram Pan, All Rights Reserved
Chove sobre a cidade
Dia de chuva em Wonsan, na costa leste. Aram Pan brinca, afirmando que as pessoas sabem mais sobre o cosmos do que sobre a Coreia do Norte. E acrescenta que deseja contribuir com seu pequeno grão de areia para que isso mude.
Foto: Aram Pan, All Rights Reserved
De guarda-chuva no palácio
Estas graciosas meninas são alunas do Palácio de Crianças de Mangyongdae, uma escola perto de Pyongyang. Dança, música, interpretação teatral e desenho são algumas das disciplinas ensinadas na conceituada instituição pública.
Foto: Aram Pan, All Rights Reserved
Talento genuíno
O fotógrafo de Cingapura conta que esteve cinco minutos observando este garoto desenhar e pode atestar que seu talento é genuíno. Alguns visitantes da página do DPRK 360 no Facebook duvidam da autenticidade das fotografias, que poderiam ser encenadas ou seriam meras atuações para os turistas. Aram Pan assegura que não é o caso.
Foto: Aram Pan, All Rights Reserved
Sensacional coordenação
O famoso Festival Arirang, de que participam até cem mil ginastas, é uma das maiores demonstrações de trabalho coordenado do mundo. A celebração iniciada em 2002, em honra do fundador da nação, Kim Il-sung, é outra das grandes atrações turísticas norte-coreanas.
Foto: Aram Pan, All Rights Reserved
Expressão da normalidade
Perto de Kaesong, cidade famosa por dispor de fábricas de investidores sul-coreanos, Aram Pan viu esta senhora que passeava com uma menina. Ele diz que a imagem expressa exatamente o que desejava mostrar da Coreia do Norte: gente comum e normal.
Foto: Aram Pan, All Rights Reserved
Maravilhas de natureza
Os arredores do monte Kumgang são muito frequentados pelos norte-coreanos, que lá vão para fazer piquenique enquanto admiram a paisagem. A região é umas das grandes apostas do regime: o país aspira transformar-se em polo turístico internacional, e maravilhas naturais como Kumgangsam deverão convencer até os mais céticos.
Foto: Aram Pan, All Rights Reserved
Vida noturna na capital
À noite, os moradores de Pyongyang tomam o bonde para voltar à casa. Aram Pan enfatiza a misteriosa beleza noturna da cidade, quando o silêncio toma conta dela e as luzes lhe conferem uma atmosfera inigualável.
Foto: Aram Pan, All Rights Reserved
Maior que o de Paris
Construído em 1982 em homenagem ao 70º aniversário do líder Kim Il-sung, o Arco do Triunfo de Pyongyang é uma dezena de metros mais alto do que seu equivalente em Paris, em cuja arquitetura é baseado. Também aqui a escuridão do céu e a iluminação urbana criam um clima mágico.
Foto: Aram Pan, All Rights Reserved
Um mundo sem política?
Enquanto o sol se põe na capital, vê-se, em primeiro plano, a Torre Juche, enorme obelisco de 170 metros de altura também erguido em 1982 em honra de Kim Il-sung. O fotógrafo Aram Pan não quer saber de conflitos, ideologias ou violações dos direitos humanos: para ele o que conta são as belezas naturais e arquitetônicas da Coreia do Norte, as quais quer mostrar ao mundo em seu projeto DPRK 360.
Foto: Aram Pan, All Rights Reserved
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Punggye-ri é uma base subterrânea no norte do país, a partir da qual vêm sendo realizados testes nucleares desde 2006. Em setembro último, foram registradas atividades no local pouco antes do quinto teste nuclear realizado por Pyongyang.
A Coreia do Norte comemorará neste sábado o feriado nacional do Dia do Sol, que marca o 105º aniversário do nascimento de Kim Il Sung, fundador da república comunista e patriarca do clã que governa o país desde então. No passado, a data foi utilizada para realização de testes armamentistas.
Acirramento das tensões
As tensões na Península da Coreia têm se acirrado, com os Estados Unidos afirmando que poderão agir isoladamente contra Pyongyang e enviando uma frota naval para a região, numa demonstração de força para tentar evitar novos testes nucleares.
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, alertou nesta quinta-feira para a possibilidade de a Coreia do Norte estar apta a lançar mísseis com ogivas contendo o gás letal sarin.
A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, disse acreditar numa solução política na Península da Coreia, apesar da atual queda-de-braço entre os poderes na região. "Eu não apoiaria ações militares, mas sim forte pressão política de vários lados", afirmou, acrescentando: "É no melhor interesse do mundo que a Coreia do Norte não tenha armamento nuclear."
RC/dpa/rtr/ots
Na fronteira entre China e Coreia do Norte
De um lado do rio está a China, na outra margem, a Coreia do Norte. O que tradicionalmente é uma atração turística também deveria vivenciar um boom econômico. Mas esse não é o caso.
Foto: Reuters/D. Sagolj
Uma ponte para lugar nenhum
Uma antiga ponte sobre o rio Yalu é uma das atrações turísticas da cidade fronteiriça chinesa de Dandong. A construção foi bombardeada e destruída pelos americanos durante a Guerra da Coreia. Os restos foram retirados no lado coreano, mas mantidos como memorial na margem chinesa. A pouco metros dali se encontra a chamada Ponte da Amizade, com movimentado tráfego transfronteiriço de mercadorias.
Foto: Reuters/D. Sagolj
Passeio com fim abrupto
A parte chinesa da ponte destruída sobre o rio Yalu é aberta ao público. Em 2015, outra ligação foi erguida sobre o rio. A construção de 350 milhões de dólares foi financiada completamente pela China, levando apenas três anos de obras. Mas, até hoje, ela não pôde ser usada corretamente, já que a ponte termina no lado coreano em terras agrícolas sem ligações com estradas.
Foto: Reuters/D. Sagolj
Grandes planos e dura realidade
No lado norte-coreano do Yalu, encontra-se a cidade de Sinuiju. Ali vivem quase 400 mil pessoas. A cidade é um importante ponto de cruzamento. Além da Ponte da Amizade sino-coreana, Sinuiju possui um porto próprio há mais de cem anos. E, agora, estão sendo construídas uma autoestrada e uma ligação ferroviária para Pyongyang. Isso vai facilitar consideravelmente a logística do tráfego fronteiriço.
Foto: Reuters/D. Sagolj
Excursão à Coreia do Norte
Para os turistas do lado chinês, um rápido olhar sobre o cotidiano na Coreia do Norte e seus cidadãos é particularmente emocionante. Esta foto tirada no final de março em Sinuiju evidencia os instrumentos de trabalho dos agricultores norte-coreanos.
Foto: Reuters/D. Sagolj
Visão mais de perto
Este chinês ganha uns trocados adicionais: por alguns yuans, ele permite que turistas olhem através de suas lunetas. Assim, a Coreia do Norte parece estar a poucos passos de distância.
Foto: Reuters/D. Sagolj
Suvenires e arame farpado
Quer comprar uma lembrancinha da excursão à fronteira norte-coreana? Comerciantes chineses oferecem as suas mercadorias, com direito a vista para a Coreia do Norte.
Foto: Reuters/D. Sagolj
Gostinho norte-coreano também no cardápio
A influência norte-coreana na cidade fronteiriça de Dandong pode ser percebida por toda parte. Ali, para fins de prestígio, a Coreia do Norte opera, entre outros, diversos restaurantes. Essa também é uma das formas de se obter divisas para os cofres do regime em Pyongyang.
Foto: Reuters/D. Sagolj
Relações arrefecidas
Desde o quarto teste nuclear em janeiro de 2016, as relações entre a Coreia do Norte e seu grande aliado China pioraram visivelmente. Posteriormente, ao contrário de vezes passadas, Pequim apoiou o novo endurecimento de sanções existentes da ONU. Em resposta a outro teste de míssil norte-coreano, os chineses suspenderam, em fevereiro, as importações de carvão do país vizinho.
Foto: Reuters/D. Sagolj
Motor econômico engasgado
Na realidade, China e Coreia do Norte pretendiam expandir consideravelmente as relações econômicas na região de fronteira. Mas, atualmente, isso é pouco evidente. Embora esses apartamentos de luxo estejam prontos em Dandong, podem-se ver muitos prédios inacabados na cidade. E a planejada zona econômica especial até hoje não foi inaugurada.