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Imagens do "Tesouro de Munique" começam a ser publicadas na internet

12 de novembro de 2013

Após pressão de grupos judeus e de especialistas em arte, governo alemão começa a colocar na internet as imagens das obras encontradas em Munique. Primeiras 25 já foram liberadas.

Pintura de Max Liebermann apreendida no apartamento de Cornelius GurlittFoto: Reuters

Uma semana após o anúncio da descoberta de cerca de 1.400 pinturas num apartamento em Munique, as autoridades alemãs publicaram na internet imagens de 25 das obras recuperadas.

Elas haviam sido localizadas na residência de Cornelius Gurlitt, filho do negociador de artes Hildebrandt Gurlitt, figura central no comércio de arte na Alemanha durante o regime nazista.

Os quadros, suspeitos de terem sido confiscados pelos nazistas, foram postados no website lostart.de, segundo um comunicado conjunto dos governos federal e do Estado da Baviera. Entre as obras divulgadas estão pinturas de Marc Chagall, Eugène Delacroix e dos alemães Carl Spitzweg e Otto Dix.

Em uma declaração conjunta, os dois governos afirmaram que cerca de 970 obras de arte precisam ser avaliadas por especialistas. Entre estas, 380 seriam o que os nazistas classificavam como "arte degenerada" e teriam sido removidas de museus. No caso das demais 590 há a suspeita de que elas foram roubadas ou extorquidas pelos nazistas de seus proprietários de direito.

Urgência na divulgação das imagens

Para avançar nas investigações sobre os verdadeiros donos, os dois governos concordaram em formar uma "força-tarefa" composta por seis especialistas em arte. "As pesquisas de procedência deverão progredir rapidamente", afirmou o porta-voz do governo federal, Steffen Seibert, em Berlim.

"Queremos realizar avanços e ainda esta semana iremos divulgar mais detalhes sobre os procedimentos", afirmou Seibert, mostrando aceitar as recentes criticas às ações das autoridades.

O presidente do Congresso Mundial Judaico, Ronald S. Lauder, havia exigido em uma entrevista ao jornal alemão Die Zeit, que o governo divulgasse imagens das obras de arte apreendidas.

"Nem os reclamantes ou as testemunhas nesse processo de retomada de posse ficarão mais jovens", argumentou Lauder ao Die Zeit, cobrando pressa. O conjunto todo deverá ser publicado na internet.

O American Jewish Committee (ACJ) saudou a criação da força-tarefa. "Agora é preciso colocar os meios necessários à disposição para que os especialistas possam iniciar seu trabalho", afirmou a diretora Deidre Berger em Berlim.

A promotoria pública de Ausburgo abriu uma investigação sobre Gurlitt, de 79 anos, suspeito de sonegação de impostos. Em fevereiro de 2012, o órgão havia apreendido as obras de arte em sua residência, fato que veio a público apenas há uma semana.

RC/dpa/afp/ap

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