Akihito encerra reinado de 30 anos e agradece apoio do povo do Japão. Primeiro soberano do país a abdicar do trono em dois séculos será sucedido pelo filho Naruhito.
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O imperador Akihito anunciou oficialmente sua abdicação nesta terça-feira (30/04), colocando fim a seu reinado de 30 anos no Japão. O monarca, de 85 anos, é o primeiro imperador do Japão a abdicar do Trono do Crisântemo em dois séculos. Ele será sucedido por seu filho mais velho, Naruhito.
"Hoje concluo meus deveres como imperador", disse o imperador durante uma cerimônia no Palácio Imperial, em Tóquio.
"Desde que cheguei ao trono, há 30 anos, desempenhei os meus deveres como imperador com um profundo sentido de confiança e respeito pelo povo, e considero-me muito afortunado por ter podido fazê-lo", declarou. "Estou profundamente grato às pessoas que me aceitaram e me apoiaram em meu papel como símbolo do Estado."
Antes do discurso de abdicação, Akihito vestiu uma túnica tradicional e cumpriu o ritual nos três edifícios xintoístas dentro do complexo do palácio para anunciar sua aposentadoria aos deuses. O santuário é uma homenagem à deusa Amaterasu, considerada a ancestral direta da família imperial.
O traje, de várias camadas e com um quimono superior, incluía um tradicional chapéu preto adornado com um destaque de meio metro de altura. A cor canela do quimono superior só pode ser usada pelo imperador, segundo a tradição japonesa.
Apenas parte da cerimônia foi transmitida para o público. Nas imagens divulgadas pela emissora pública NHK, Akihito se aproximou do interior do templo em um ritmo muito lento. Atrás dele, um dos camareiros segurava a cauda de marfim da túnica tradicional, e outro levava uma espada ritual usada para essa cerimônia.
Este rito foi o primeiro de vários ao longo desta terça-feira e que marcam o fim da era do imperador Akihito, que assumiu o trono após a morte de seu pai, Hirohito, em 1989.
Akihito procurou modernizar o papel da família real. Ele se tornou o primeiro imperador japonês a se casar com uma plebeia, a imperatriz-consorte Michiko, e se concentrou em questões como a reconciliação nacional.
Akihito recebeu elogios por ter tido uma sensibilidade, um toque comum e próximo do povo e por mostrar isso em suas respostas ao terremoto seguido de um tsunami em 2011, assim como após o terremoto de 1995 em Kobe.
Além dos desastres naturais, Akihito reinou também durante um período econômico difícil para o Japão – as décadas de expansão dos anos 70 e 80 deram lugar à estagnação econômica, à deflação, ao envelhecimento da população e à crescente dívida nacional.
Desde que assumiu o trono, Akihito se recusou a ser tratado como um "ser divino" e procurou humanizar o posto de imperador. Embora o imperador do Japão não possua poderes diretos sobre a política japonesa, Akihito lutou por uma imagem do Japão como um país pacífico, tendo mostrado remorso pelos ataques aéreos do Exército imperial japonês durante a Segunda Guerra.
Depois de três décadas sob a era Heisei ("Conclusão da paz"), o Japão entra exatamente à meia-noite de 1º de maio no primeiro ano da nova era imperial Reiwa ("Bela harmonia").
Em 2016, Akihito expressou o seu desejo de se afastar do trono por "não poder exercer de corpo e alma" as tarefas de imperador, devido à sua idade avançada e problemas de saúde. O governo de Japão promulgou uma lei de exceção especificamente para Akihito.
O príncipe-herdeiro Naruhito, de 59 anos, se tornará o 126º imperador do Japão,a mais antiga monarquia reinante no mundo. Naruhito é historiador de formação e propenso a ignorar a tradição imperial rígida e os protocolos severos do Japão.
Naruhito foi criado pela mãe, e não pelo pessoal do Palácio Imperial, e estudou no exterior, em vez de passar por instituições de ensino japonesas, como manda a tradição. Akihito, por outro lado, teve uma educação bem mais tradicional, conduzida por tutores imperiais.
Tal como o pai, Naruhito se casou com uma plebeia, a princesa-herdeira Masako, que deixou uma promissora carreira diplomática ao se casar com o príncipe-herdeiro em 1993.
Masako enfrentou considerável pressão pública para dar a Naruhito um filho – pressão que se intensificou com o nascimento da única filha do casal, a princesa Aiko, em 2001. No Japão, apenas homens são considerados herdeiros do trono. Akishino, irmão de Naruhito, é o próximo na linha sucessória – não há herdeiros do trono depois do filho de 12 anos de Akishino.
A figura do imperador do Japão foi forjada ao longo dos séculos a partir da origem divina que simbolicamente foi associada. Mas a história recente tem reafirmado o papel do imperador como um símbolo de unidade do Estado, embora com funções políticas quase nulas.
Após a derrota do Japão na Segunda Guerra, o novo papel do imperador ficou muito limitado, praticamente com valor simbólico. O imperador nomeia o primeiro-ministro do país, mas estritamente de acordo com a decisão do Parlamento.
A última vez que o Japão testemunhou a abdicação de um imperador foi em 1817, quando Kokaku entregou o trono ao filho Ninko.
PV/efe/lusa/afp/ap/rtr
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Confrontos em Caracas
Em um vídeo, o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, disse diz ter apoio de "valentes soldados" para fim da "usurpação" do poder, aumentando a tensão no país e desencadeando violentos protestos. O governo denunciou uma tentativa de golpe, e tropas pró-Maduro entram em confronto com manifestantes. (30/04)
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Ativistas do movimento ambiental Extinction Rebellion (Rebelião da Extinção) protestaram em Berlim contra o desmatamento da Amazônia. A manifestação apoiou os mais de 600 cientistas europeus que pediram para a União Europeia vincular as importações oriundas do Brasil à proteção do meio ambiente e dos direitos humanos. (29/04)
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Vitória socialista na Espanha
Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) do primeiro-ministro Pedro Sánchez alcançou vitória folgada nas eleições gerais, conquistando 122 dos 350 assentos no Congresso. Por outro lado, extremistas de direita estão de volta ao órgão legislativo após 37 anos. Agora, Portugal, Irlanda, Luxemburgo e Malta são únicos países da UE sem presença ultradireitista em seus parlamentos nacionais. (28/04)
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Protestos, apesar de promessas
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Um novo grafite atribuído ao artista britânico Banksy foi descoberto perto do monumento Marble Arch, no centro de Londres, onde ativistas ambientais do movimento Extinction Rebellion acamparam durante dias. A obra retrata uma criança segurando o símbolo da Extinction Rebellion. O grafite traz ainda a inscrição: "A partir deste momento, acaba o desespero e começa a tática". (26/04)
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Primeiro encontro
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) revogou sua decisão anterior de censurar dois sites haviam publicado reportagens que citavam o presidente do Tribunal, Dias Toffoli. Na esteira da decisão, Toffoli liberou o ex-presidente Lula a dar entrevistas para jornais. O petista havia sido impedido de falar com a imprensa no ano passado, também por decisão do STF. (18/04)
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O ex-presidente do Peru Alan García se suicidou, com um tiro na cabeça, no momento em que a polícia chegou a sua casa em Lima para prendê-lo. Ele era investigado por suspeita de ter recebido propina da Odebrecht. Presidente do Peru entre 1985 e 1990 e entre 2006 e 2011, Garcia chegou a ser encaminhado pela polícia a um hospital. Foi submetido a uma cirurgia de emergência, mas não resistiu. (17/04)
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Macron promete reconstruir Notre-Dame em até 5 anos
O Presidente da França, Emmanuel Macron, disse que a Catedral de Notre-Dame, em Paris, poderá ser reconstruída "em cinco anos". "Sim, vamos reconstruir a catedral de forma ainda mais bonita. Quero que isso aconteça em cinco anos, nós podemos". Especialistas, no entanto, são mais cautelosos e estimam que será necessário mais de uma década para recuperar o monumento. (16/04)
Foto: Reuters/C. Petit Tesson
Incêndio destrói parte da Catedral de Notre-Dame
Um incêndio atingiu a Catedral de Notre-Dame, em Paris, um dos monumentos mais visitados do mundo. As imagens da construção em chamas e dos céus da capital francesa cobertos de fumaça logo correram o mundo, enquanto franceses e turistas observavam em choque nas ruas. Foram necessárias horas até que os bombeiros conseguissem conter as chamas e evitar um colapso total da igreja. (15/04)
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Voo inaugural de um gigante
A maior aeronave do mundo completa com sucesso seu primeiro teste. O Stratolaunch, com uma envergadura da mesma extensão de um campo de futebol, decolou de um aeródromo no deserto de Mojave, na Califórnia, e realizou exercícios de testes por duas horas e meia. O avião foi concebido para ser uma plataforma móvel de lançamento de satélites no espaço. (14/04)
Foto: Stratolaunch Systems Corp.
Papa pede a jovens para deixar vício de celular
Por ocasião da visita de alunos do renomado Liceu Ennio Quirino Visconti, ao Vaticano, pontífice apela para que eles se "libertem da dependência" de telefones celulares. O papa lembrou que "o telefone celular é uma droga" que "pode reduzir a comunicação a simples contatos". Francisco disse ainda que "a vida é comunicar e não somente simples contatos." (13/04)
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Desabamento de prédios deixa ao menos três mortos no Rio
Ao menos três pessoas morreram após o desabamento de dois prédios na comunidade de Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro. Oito pessoas fircaram feridas. Ambos os prédios eram residenciais, tinham entre quatro e seis andares e ainda estavam em obras. A suspeita é que os prédios tenham sido construídos pela milícia, que domina o comércio de imóveis na região. (12/04)
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Prisão de Assange
O fundador do Wikileaks, o australiano Julian Assange, foi preso em Londres, após a polícia ter sua entrada permitida na embaixada equatoriana onde ele se refugiava há quase sete anos. Assange esteve por trás de um dos maiores vazamentos de documentos secretos da história dos EUA. Ele temia ser enviado pelos britânicos para os EUA, onde enfrenta investigação. (11/04)
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Primeira foto de um buraco negro
Uma equipe internacional de astrônomos revelou pela primeira vez a imagem real de um buraco negro, que poderá revolucionar a compreensão sobre o tema. A imagem foi obtida pelos cientistas que trabalham na rede mundial de telescópios Event Horizon Telescope. Os esforços envolveram a colaboração de profissionais em várias partes do mundo. (10/04)
Condenados por protestos pró-democracia em Hong Kong
Nove líderes da Revolução dos Guarda-Chuvas, o maior movimento de desobediência civil na história de Hong Kong, foram considerados culpados por perturbação da ordem pública e estão sujeitos a pena de até 7 anos de prisão. Entre os condenados estão Chan Kin-man, professor de Sociologia; Benny Tai, professor de Direito; e Chu Yiu-ming, pastor da Igreja Batista. (09/04)
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Demissão do ministro da Educação
O presidente Jair Bolsonaro demitiu o ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez. A pasta vive uma crise desde o início do governo. A gestão do colombiano foi marcada por polêmicas e paralisia. O substituto será Abraham Weintraub, que, segundo Bolsonaro, é professor universitário e possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta. (08/04)
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Bolsonaro tem pior avaliação entre presidentes estreantes
Pesquisa Datafolha apontou que 30% dos brasileiros consideram o governo Bolsonaro ruim ou péssimo. Essa foi a pior avaliação negativa que um presidente brasileiro eleito registou nos seus primeiros três meses de mandato desde 1990. O levantamento também apontou que 61% dos entrevistados consideram que o presidente Jair Bolsonaro fez menos do que se esperava desde que assumiu o cargo. (07/04)
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Weimar inaugurou o novo Museu da Bauhaus. O evento foi um dos pontos altos das comemorações do centenário da renomada escola de artes e design. O novo museu, focado na fase inicial da escola fundada por Walter Gropius, tem o formato de um cubo, e apresenta a coleção mais antiga da Bauhaus, com mais de mil objetos num espaço de 2,2 mil metros quadrados. (06/04)
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Bolsonaro cancela horário de verão em 2019
O presidente Jair Bolsonaro anunciou que não haverá horário de verão neste ano. Segundo ele, a decisão foi tomada com base em estudos que apontaram para a "eliminação dos benefícios" da mudança de horário. O porta-voz da Presidência disse que essa é a posição para 2019 e que a continuidade do programa nos anos seguintes será avaliada posteriormente. (05/04)
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Temer réu pela quarta vez
O ex-presidente Michel Temer se tornou réu pelo crime de lavagem de dinheiro, no caso de uma reforma na casa de uma de suas filhas, Maristela. A denúncia afirma que as obras foram financiadas com dinheiro de propina, obtida em contratos da Eletronuclear na usina de Angra 3. Maristela e outras duas pessoas também são rés. Temer, alvo de dez inquéritos e réu em quatro, nega as acusações. (04/04)
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Brunei oficializa pena de morte por sexo gay
Novas leis penais islâmicas – que incluem morte por apedrejamento por sexo gay e adultério – entraram em vigor no Brunei. As medidas causaram indignação internacional e provocaram protestos de países, grupos de direitos civis e até de celebridades. As leis fazem do pequeno sultanato o primeiro país do leste ou do sudeste da Ásia a implementar o rígido código islâmico em nível nacional. (03/04)
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Crivella é alvo de processo de impeachment
A Câmara Municipal do Rio aprovou a abertura de um processo de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella (PRB). Acusado de crime de responsabilidade, ele segue no cargo até o fim da análise da denúncia, que pode durar 90 dias. Foram 35 votos a favor da investigação e 14 contra. É a primeira vez desde a redemocratização que o Rio abre um processo de impeachment contra um prefeito. (02/04)
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Bolsonaro visita Muro das Lamentações
Jair Bolsonaro visitou o Muro das Lamentações ao lado de Benjamin Netanyahu, tornando-se assim o primeiro presidente a fazer a visita ao lado de um primeiro-ministro israelense. O local está localizado em Jerusalém Oriental, que foi ocupada por Israel na Guerra dos Seis Dias e depois anexada. Uma visita ao lado do premiê pode ser interpretada como aprovação tácita da anexação. (01/04)