Jornais destacam compromisso do novo presidente com combate à fome e ao desmatamento, reconstrução do país e retomada de relações com outros governos.
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The Guardian, Reino Unido- "O pesadelo chegou ao fim": Lula promete tirar o Brasil da era de "devastação" de Bolsonaro
Esquerdista promete proteção ambiental e progresso social ao tomar posse como presidente
Um lacrimejante Luiz Inácio Lula da Silva prometeu tirar o Brasil da era de "devastação" de Jair Bolsonaro e iniciar uma nova fase de reconciliação, preservação ambiental e justiça social após ser empossado como presidente. Lutando contra as lágrimas ao se dirigir a dezenas de milhares de apoiadores que lotaram a praça em frente ao palácio presidencial em Brasília, Lula declarou o fim de "um dos piores períodos da história brasileira" sob o ex-presidente de extrema direita.
"[Foi] uma era de sombras, de incertezas e de muito sofrimento. Mas esse pesadelo chegou ao fim", disse Lula, prometendo reunir o país sul-americano amargamente dividido e governar não apenas para aqueles que o elegeram nas eleições históricas de outubro, mas para todos os 215 milhões de brasileiros.
"A ninguém interessa um país em permanente pé de guerra", afirmou Lula, apelando para que os cidadãos reconstruam amizades destruídas por anos de discurso de ódio e mentiras. "Não existem dois Brasis. Somos um único país, um único povo."
O esquerdista veterano, ex-operário que foi presidente de 2003 a 2010, se emocionou ao falar em seus planos de combate à fome, que chamou de "o mais grave crime cometido contra o povo brasileiro".
"(Há) mães garimpando o lixo em busca de alimento para seus filhos, famílias inteiras dormindo ao relento, enfrentando o frio, a chuva e o medo", disse.
O novo presidente do Brasil não mencionou nominalmente seu antecessor de direita. Mas criticou os danos causados pelos quatro anos do governo Bolsonaro, durante o qual quase 700 mil brasileiros morreram devido a uma mal administrada pandemia de covid, milhões mergulharam na pobreza e o desmatamento na Amazônia disparou.
El País, Espanha - Presidente Lula da Silva: "O amor venceu o ódio. Viva o Brasil!"
O mandatário assina decretos para combater fome e o desmatamento e restringir as armas após tomar posse diante de uma maré humana reunida em Brasília
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Lula prometeu lutar sem trégua contra a desigualdade que pesa sobre o país que já presidiu entre 2003 e 2010. Ele lembrou que os 5% mais ricos do Brasil acumulam a mesma renda dos 95% restantes. O Brasil viveu um momento político neste Ano Novo que seria inimaginável até pouco tempo atrás. Como os brasileiros gostam de lembrar, a política aqui é daquelas que delicia qualquer roteirista.
Tanto em palavras quanto em gestos, o novo presidente do Brasil insistiu em várias ideias: um, ele governará para todos os brasileiros, os que votaram nele e os que não votaram; dois, dará atenção especial aos que têm menos, aos que precisam do Estado para garantir a mera sobrevivência (a distribuição de renda foi a marca de seus dois mandatos anteriores); e três, a vitória nesta ocasião não é uma conquista pessoal nem do Partido dos Trabalhadores (PT), mas da frente ampla que conseguiu forjar com ex-adversários. Só assim conseguiu derrotar Jair Messias Bolsonaro, de 67 anos, e foi por pouco: apenas 1,8 ponto percentual.
O mandatário lembrou aos parlamentares que há 20 anos, após sua primeira vitória, afirmou em seu discurso que a missão de sua vida era que todo brasileiro fizesse três refeições ao dia. "Ter de repetir este compromisso no dia de hoje – diante do avanço da miséria e do regresso da fome, que havíamos superado – é o mais grave sintoma da devastação que se impôs ao país nos anos recentes". Sua prioridade agora, disse, será resgatar 33 milhões de brasileiros da fome e 100 milhões da pobreza.
Público, Portugal - De volta à presidência, Lula quer "cuidar" dos brasileiros e reconstruir o país
Lula tomou posse como 39º presidente do Brasil, regressando ao cargo mais de uma década depois. Cerimônia em Brasília marcada por um forte dispositivo de segurança, mas sem incidentes.
Assim que subiu a famosa rampa do Palácio do Planalto e recebeu a faixa presidencial, Lula da Silva não conseguiu esconder as lágrimas. Quase como se fosse a primeira vez. Mas não era. Pela terceira vez na sua vida, Luiz Inácio Lula da Silva, antigo operário metalúrgico com o ensino primário, tomou posse como presidente da república. Apelou à união entre os brasileiros e prometeu cuidar do país depois de anos de "barbárie", embora sem nunca citar diretamente o grande ausente da cerimônia: Jair Bolsonaro.
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Süddeutsche Zeitung, Alemanha - O novo presidente Lula quer combater a fome e a pobreza
Se a situação econômica era precária quando o esquerdista Partido dos Trabalhadores assumiu o poder há 20 anos, agora é catastrófica em comparação. A pandemia afetou duramente o Brasil, o país está fortemente endividado, e a inflação consumiu principalmente as economias da classe média baixa. Lula já havia dito que o combate à fome e à pobreza será o foco principal de seu novo governo.
No entanto, o espaço de manobra é pequeno. A receita com a venda de matérias-primas está aumentando, mas não se pode falar em um boom como nos anos 2000. Lula da Silva precisa, portanto, do apoio do empresariado, assim como tem que se acertar com os partidos conservadores, que conquistaram enorme número de cadeiras no Parlamento nas eleições. E assim sua política econômica nos próximos anos será uma coisa acima de tudo: uma caminhada na corda bamba. Ele deve ser um pai para os pobres e, ao mesmo tempo, amigo dos empresários.
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Mas com Lula da Silva, o Brasil provavelmente voltará a ganhar peso no exterior. Seu antecessor de direita, Jair Bolsonaro, isolou o país com suas desastrosas políticas ambientais e ataques verbais. O novo governo de esquerda vai agora querer reavivar as outrora boas relações com a Europa, também no que diz respeito ao tratado entre a União Europeia e os países do Mercosul, que também inclui o Brasil.
Der Tagesspiegel, Alemanha - Empossado como presidente, Lula inicia seu terceiro mandato no Brasil
Recomeço no maior país da América Latina: o ex-engraxate, líder sindical e chefe de Estado Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse como novo presidente do Brasil após um hiato político de vários anos. "Vou governar para 215 milhões de brasileiros e não apenas para quem votou em mim", disse ele em seu discurso de posse no Congresso no domingo. "A ninguém interessa um país em permanente pé de guerra."
O político de esquerda derrotou no segundo turno seu antecessor de direita, Jair Bolsonaro, no final de outubro. O ex-militar, cujo governo dividiu profundamente o país e lhe rendeu o apelido de "Donald Trump dos trópicos", nunca reconheceu explicitamente sua derrota. Durante semanas após a eleição, seus partidários bloquearam estradas e convocaram os militares para dar um golpe.
Lula rebateu o comportamento de seu antecessor, também criticado pelo governo alemão, com uma mensagem conciliatória ao povo: "Chega de ódio, fake news, armas e bombas. Nosso povo quer paz para trabalhar, estudar, cuidar da família e ser feliz", disse o ex-presidente de 77 anos.
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Lula está agora diante de grandes desafios. Depois de Bolsonaro polarizae a política doméstica e isolar o Brasil no cenário mundial, o novo presidente quer unir seu país e levá-lo de volta ao cenário internacional. Lula anunciou uma política resoluta de proteção ambiental e climática, bem como medidas contra o aumento da fome. No entanto, ele está lidando com um Parlamento no qual os apoiadores de Bolsonaro compõem o maior grupo.
Frankfurter Allgemeine Zeitung, Alemanha - De volta ao palácio presidencial abandonado
Desde domingo Luiz Inácio Lula da Silva é presidente do Brasil novamente. No final da tarde, sob os olhares da nação, ele subiu a rampa do Palácio do Planalto, onde recebeu a faixa presidencial pela terceira vez, depois de 2003 e 2007.
A despeito da tradição, ela não lhe foi passada por seu antecessor. O ex-presidente Jair Bolsonaro nunca cogitou participar da cerimônia e viajou para o exterior. Em vez disso, um grupo de brasileiros comuns, incluindo um indígena, um menino negro, um trabalhador, uma catadora de lixo e um deficiente físico, entregou a faixa ao presidente "em nome do povo brasileiro".
Em seu discurso, Lula da Silva clamou, entre lágrimas, pela unidade brasileira. Ele disse que governará para os 215 milhões de brasileiros e brasileiras, e não apenas para aqueles que votaram nele.
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Não só a população estava presente em grande número. Chefes de Estado e de governo de 24 países, incluindo o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, e representantes de mais de 30 outros países participaram da cerimônia de posse. Steinmeier, que se encontrou pessoalmente com Lula no sábado, expressou sua satisfação pelo Brasil estar "de volta ao cenário internacional".
Corriere della Sera, Itália - Lula é presidente de novo: o juramento em Brasília
A cerimônia de posse encerra a mais disputada eleição presidencial brasileira dos últimos 30 anos. Lula, que derrotou Bolsonaro por menos de dois pontos no segundo turno, venceu acom a promessa de reunificar um país dividido. Suas prioridades, conforme anunciou durante a campanha eleitoral, são o combate à pobreza e os investimentos em educação e saúde, além de frear o desmatamento da Floresta Amazônica. Foi fundamental para ele o apoio de algumas formações moderadas, que depois incluiu no seu governo (gerando alguma polêmica, dada a elevada percentagem de homens brancos que compõem a lista).
Aliás, fecha-se também o ciclo de infortúnios para o novo presidente. Lula, de fato, volta à Presidência após longos percalços judiciais: já foi condenado duas vezes por corrupção e passou 580 dias na prisão. As sentenças foram posteriormente anuladas pelo STF por vícios processuais e porque os julgamentos foram conduzidos com objetivos políticos, depois de tudo isso ter impedido que Lula voltasse a concorrer às eleições presidenciais de 2018, vencidas por Bolsonaro.
md/lf (ots)
O mês de janeiro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Ueslei Marcelino/REUTERS
Último Boeing 747 deixa a linha de produção
A Boeing entregou o último 747, marcando o fim da produção da aeronave. O último exemplar é um cargueiro 747-8F que a Atlas Air ovai operar para o grupo de logística Kühne & Nagel. Foram 54 anos desde o primeiro avião do modelo, em 1969. No total, foram produzidas 1.574 aeronaves deste tipo, inicialmente certificada para até 550 passageiros e, depois, ampliada para até 660. (31/01)
Foto: David Ryder/REUTERS
Scholz visita Lula em Brasília e enaltece defesa da democracia
O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, foi o primeiro líder ocidental a visitar o país desde os atos golpistas em Brasília. Ao lado de Lula no Palácio do Planalto, ele expressou a solidariedade da Alemanha ao Brasil e disse que a democracia brasileira "é forte e conseguiu resistir". Compromisso brasileiro de proteger a Amazônia é "boa notícia para todos nós", comemorou. (30/01)
Foto: Kay Nietfeld/dpa/picture alliance
Na Argentina, Scholz defende conclusão do acordo UE-Mercosul
O chanceler federal alemão, Olaf Scholz, aproveitou o primeiro dia de seu giro pela América do Sul, na Argentina, para defender a rápida conclusão do acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul. "As negociações já se prolongaram por tempo suficiente", disse Scholz no sábado após se reunir com o presidente argentino, Alberto Fernández, em Buenos Aires. (29/01)
Foto: Agustin Marcarian/REUTERS
Ex-general da Otan é eleito presidente da República Tcheca
A República Tcheca elegeu no sábado seu novo presidente, Petr Pavel, um general aposentado que já foi chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do país e presidente do Comitê Militar da Otan. Ele concorreu ao cargo pela primeira vez e recebeu 58,3% dos votos, derrotando o ex-premier e bilionário Andrej Babis, uma figura populista e dominante na política tcheca na última década (28/01).
Foto: Michal Cizek/AFP/Getty Images
Alemanha lembra vítimas LGBTQ do nazismo
O Bundestag, o Parlamento alemão, homenageou as vítimas de assassinatos cometidos durante o regime nazista. Neste ano, pela primeira vez, houve foco especial nas pessoas perseguidas por causa de sua orientação sexual. Até 50 mil homens gays foram presos pelos nazistas, e cerca de 15 mil foram enviados para campos de concentração. Muitos deles morreram em consequência do trabalho forçado. (27/01)
Foto: Markus Schreiber/AP Photo/picture alliance
Ataque a faca em trem na Alemanha deixa dois mortos
Uma adolescente de 17 anos e seu acompanhante de 19 anos morreram e cinco pessoas ficaram feridas durante um ataque a faca em um trem regional no norte da Alemanha, na quarta-feira, no trajeto entre Kiel e Hamburgo. O suposto agressor é um homem de 33 anos chamado Ibrahim A., nascido na Palestina, segundo o Ministério do Interior alemão. O motivo do crime é investigado. (26/01)
Foto: Jonas Walzberg/dpa/picture alliance
Alemanha autoriza envio de 14 tanques à Ucrânia
O governo alemão anunciou o envio de 14 tanques de guerra do tipo Leopard para ajudar a Ucrânia a lutar contra tropas russas, após meses de pressão de Kiev e aliados. A decisão foi anunciada pelo chanceler federal, Olaf Scholz, durante reunião ministerial. Serão fornecidos tanques do modelo Leopard-2-A6, provenientes do arsenal da Bundeswehr, as Forças Armadas do país. (25/01)
Foto: Peter Steffen/dpa/picture alliance
Relógio do Juízo Final põe mundo a 90 segundos do apocalipse
O chamado Relógio do Juízo Final, que mede simbolicamente o tempo até a iminência de uma catástrofe mundial, foi adiantado em 10 segundos e agora está a 90 segundos da meia-noite – o mais perto que já chegou do dia derradeiro. O principal motivo é a invasão da Ucrânia pela Rússia e o risco de uma escalada nuclear. O anúncio foi feito pelo Boletim dos Cientistas Atômicos. (24/01)
Foto: Leah Millis/REUTERS
Na Argentina, Lula busca reaproximar o Brasil dos parceiros regionais
O presidente Lula foi recebido por seu colega argentino, Alberto Fernández, em Buenos Aires, em sua primeira visita de Estado após retornar à presidência, com a missão de reinserir o Brasil na arena política internacional. Ele participará da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), após a ausência do Brasil no foro internacional durante o governo Bolsonaro. (23/01)
Foto: Getty Images
Beleza degradada
O rio Drina é uma joia do leste da Bósnia, serpenteando entre cânions e vales até desembocar no Danúbio. No verão, tem águas azul-turquesa, mas neste inverno quase não se vê sua superfície. Pelo menos nas proximidades da cidade de Visegrado, onde boiam milhares de toneladas de lixo. Ambientalistas locais temem que a despoluição vá durar até meados de 2023. (22/01)
Foto: Dado Ruvic/REUTERS
Nabos contra o criminoso
De fantasia multicolorida e máscara chifruda, a figura do "jarramplas" representa um ladrão de gado. Ele atravessa munido de tambor as ruas do lugarejo Piornal, no sudoeste da Espanha, enquanto a população o castiga, atirando nabos. A catártica festa popular dura tradicionalmente dois dias. Mas hoje a vida dos "jarramplas" é mais fácil, pois podem se proteger com roupa acolchoada. (21/01)
Foto: Manu Fernandez/AP/picture alliance
Daniel Alves é detido na Espanha
O lateral-direito Daniel Alves foi detido em Barcelona, na Espanha. Ele havia se apresentado a uma delegacia após ser intimado para responder sobre uma acusação de assédio sexual. O Ministério Público da Espanha pediu a prisão preventiva e sem direito à fiança. O suposto caso de assédio teria ocorrido na noite de 30 para 31 de dezembro numa casa noturna de Barcelona. O jogador nega. (20/01)
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, uma das primeiras integrantes de sua geração a ser eleita como líder de um país e que se tornou um ícone global da centro-esquerda, anunciou que deixará o cargo que exerce há cinco anos e meio, alegando que não tem "mais energia" para comandar o país. O anúncio foi recebido como um choque na nação de 5 milhões de pessoas. (19/01)
Foto: Loren Elliott/REUTERS
Dançando com o dragão
A Tailândia, como muitos outros países asiáticos, vive os preparativos para o Ano Novo Lunar. De acordo com o calendário chinês, em 2023, o ano novo começa em 22 de janeiro. Embora este não seja um feriado oficial na Tailândia, a data é comemorada em grande escala, com procissões de lanternas vermelhas, dragões e danças acrobáticas. (18/01)
Foto: Athit Perawongmetha/REUTERS
Greta Thunberg detida em protesto ambiental na Alemanha
A ativista do clima sueca Greta Thunberg foi detida pela polícia alemã em um protesto próximo ao vilarejo de Lützerath, que será destruído para a expansão de uma mina de carvão a céu aberto. O local se tornou um símbolo da luta por um futuro menos poluente. Ela foi carregada por policiais após os ativistas se desgarrarem de uma manifestação e correrem para uma cratera na mina Garzweiler 2. (17/01)
Foto: Roberto Pfeil/dpa/picture alliance
Ministra alemã da Defesa renuncia
A ministra da Defesa da Alemanha, Christine Lambrecht, renunciou após uma enxurrada de críticas, seja por suposta lentidão no processo de aquisição de novos equipamentos para as Forças Armadas alemãs ou por sua alegada falta de experiência no setor. O estopim foi a postagem de um vídeo na véspera do Ano Novo em meio a fogos de artifício, considerado insensível para com a Ucrânia. (16/01)
Foto: Michael Kappeler/dpa/picture-alliance
Queda de avião mata dezenas no Nepal
Mais de 60 pessoas morreram no Nepal na queda de um avião da companhia Yeti Airlines. A queda ocorreu perto do aeroporto internacional da cidade de Pokhara, no momento em que a aeronave fazia a aproximação final de pouso. Este é o pior acidente do tipo no pequeno país asiático da região dos Himalaias em quase cinco anos. (15/01)
Anderson Torres é preso pela Polícia Federal ao chegar ao Brasil
O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres foi preso após desembarcar em Brasília, em voo originado de Miami, nos Estados Unidos. Ele teve sua prisão preventiva determinada por suspeita de que tenha facilitado os ataques às sedes dos três Poderes realizados por grupos de bolsonaristas radicais (14/01)
Foto: Agencia Brasil
Rússia alega conquista de Soledar
Após semanas de intensos combates, a Rússia anunciou a conquista de Soledar. O anúncio foi desmentido pela Ucrânia, que afirmou que a luta pela cidade de mineração de sal continua. O Ministério da Defesa russo disse que a conquista era importante para a continuidade da ofensiva em Donetsk, pois permitirá a Moscou cortar as linhas de abastecimento para as forças ucranianas em Bakhmut. (13/01)
Foto: AP/Libkos
Gastos de Bolsonaro são revelados
Os gastos com o cartão corporativo da Presidência durante a gestão de Jair Bolsonaro vieram a público, revelando uma predileção do ex-presidente por hotéis de luxo, gastos vultuosos com padarias e uso de dinheiro público para a compra de sorvetes e cosméticos. No total, a administração do ex-mandatário gastou pelo menos R$ 27,6 milhões com os cartões corporativos ao longo de quatro anos. (12/01)
Foto: Evaristo Sa/AFP
Morre lenda da guitarra Jeff Beck
A lenda da guitarra Jeff Beck morreu aos 78 anos, após contrair meningite bacteriana. Sua primeira incursão no estrelato foi com a banda de rock inglesa The Yardbirds, na década de 1960. Mais tarde, fez carreira solo e colaborou com outros artistas. Ganhou oito prêmios Grammy e foi considerado pela revista Rolling Stone como o quinto maior guitarrista de todos os tempos. (11/01)
Foto: Toby Melville/REUTERS
Moraes ordena prisões de Anderson Torres e de ex-chefe da PM do DF
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a prisão de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, suspeito de facilitar os atos golpistas e os ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília por grupos de bolsonaristas radicais. Ex-comandante da Polícia Militar do DF é detido também por ordens do ministro. (10/01)
Foto: Getty Images/AFP/A. Anholete
Atos pró-democracia em várias cidades brasileiras
Milhares de pessoas participaram de atos pró-democracia em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e outras cidades pelo Brasil, no dia seguinte aos atos golpistas em Brasília, quando grupos organizados extremistas de direita invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. Manifestantes entoavam palavras de ordem contra Jair Bolsonaro, aos gritos de "sem anistia" (09/01)
Foto: Nelson Almeida/AFP
Golpistas invadem as sedes dos três Poderes em Brasília
Extremistas bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes em Brasília. O Congresso Nacional foi o primeiro a ser invadido, com os golpistas ocupando a rampa e soltando foguetes. Depois, eles invadiram o Palácio do Planalto, onde conseguiram chegar até o terceiro andar. Em seguida, foi a vez do STF, onde foram quebrados vidros e móveis e arrancadas as cadeiras do plenário. (08/01)
Foto: Eraldo Peres/AP Photo/picture alliance
Monumento a cientista russo é removido na Ucrânia
A cidade ucraniana de Dnipro removeu a estátua do cientista russo Mikhail Lomonosov, que havia sido instalada em junho de 1971. É a última estátua associada à era soviética a ser retirada da cidade, depois das que retratavam o poeta Alexander Pushkin e o soldado Alexander Matrosov. Desde o começo da Invasão da Ucrânia pela Rússia, a prática vem se tornando comum nas cidades ucranianas. (07/01)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou a primeira reunião com seus ministros. Ele disse que a administração petista tem uma tarefa árdua e também nobre pela frente. Além disso, enfatizou que qualquer ministro que cometer ato ilícito será demitido. Também defendeu uma boa relação com o Congresso e pregou respeito às leis, à Constituição e ao meio ambiente. (06/01)
Foto: Adriano Machado/REUTERS
Adeus a Bento 16
O papa Francisco comandou a missa fúnebre de seu antecessor, Bento 16, que morreu no dia 31 de dezembro, aos 95 anos. A missa ocorreu na praça São Pedro, em Roma, lotada de fiéis. Pouco antes das 11 horas da manhã, o caixão foi levado para dentro da basílica sob aplausos do público. (05/01)
Foto: GUGLIELMO MANGIAPANE/REUTERS
Atentado na Somália mata dezenas
Mais de 30 pessoas moerram em dois atentados suicidas simultâneos com carros-bomba na Somália. Os ataques ocorreram na cidade de Mahas, na região de Hiran, onde no ano passado o exército somali, apoiado por aliados internacionais e a Missão de Transição da União Africana na Somália (ATMIS, na sigla em inglês), lançou uma ofensiva contra o grupo terrorista islâmico radicais Al-Shabaab. (04/01)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se despediu de Pelé. A viagem a Santos foi a primeira oficial do presidente desde que tomou posse, em 1º de janeiro. Ele prestou a última homenagem ao ex-jogador acompanhado da esposa, Janja. (03/01)
Foto: Carla Carniel/REUTERS
O adeus a Pelé
Milhares de pessoas compareceram ao velório de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, no estádio da Vila Belmiro, para se despedir do maior jogador de futebol de todos os tempos. Amigos, familiares, ex-jogadores e admiradores prestaram as últimas homenagens ao grande ídolo, no gramado onde ele brilhou durante muitos anos. (02/01)
Foto: Miguel Schincariol/AFP/Getty Images
Lula toma posse como presidente
Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse como o 39° presidente da República do Brasil, assumindo um terceiro mandato 12 anos após deixar o poder e marcando a volta da esquerda ao Planalto após quatro anos de governo de extrema direita. Em dois discursos distintos, Lula exaltou a democracia e o diálogo político, e mencionou um cenário "estarrecedor" deixado por seu antecessor, Jair Bolsonaro. (01/01)