Imunidade ao novo coronavírus cai rapidamente, aponta estudo
27 de outubro de 2020
Pesquisadores britânicos afirmam que várias pessoas já infectadas não tinham mais anticorpos depois de algumas semanas. Perda foi mais acentuada entre idosos e assintomáticos.
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O nível de proteção contra o novo coronavírus entre pessoas que já foram infectadas diminui rapidamente, indica um estudo divulgado nesta segunda-feira (27/10) no Reino Unido.
Cientistas do Imperial College London disseram que os dados por eles analisados sugerem que a imunidade não é duradoura e que há o risco de ser infectado várias vezes.
Já há vários casos confirmados no mundo de pessoas que foram infectadas uma segunda vez.
Os pesquisadores analisaram a persistência de anticorpos em 365.104 pessoas adultas no Reino Unido entre junho e setembro.
Na primeira rodada de testes, entre o fim de junho e o início de julho, os anticorpos foram detectados em cerca de 60 pessoas a cada grupo de mil. Na última rodada de testes, em setembro, a proporção era de 44 para mil.
Ou seja, o nível geral de imunidade caiu 26,5% entre o primeiro e o último teste. No grupo de pessoas com mais de 75 anos, a queda foi de 39%.
Porém, na faixa etária entre 18 e 24 anos a prevalência de anticorpos foi maior, e o nível de imunidade caiu 14,9%.
A análise também mostrou que o declínio dos anticorpos é mais acentuado entre pessoas assintomáticas do que entre aquelas que apresentaram sintomas de covid-19.
Os resultados também mostraram que uma grande parcela da população britânica provavelmente ainda não foi exposta ao coronavírus, afirmou o pesquisador Graham Cooke, um dos autores do estudo.
Como consequência, uma vacina é muito importante para se poder criar um alto nível de proteção na população, acrescentou.
O estudo foi divulgado como pre-print e, assim, ainda não passou por uma análise de outros cientistas para verificar possíveis inconsistências.
A virologista Wendy Barclay, do Imperial College London, comentou que "este novo coronavírus parece se comportar de maneira muito semelhante aos coronavírus sazonais que existem em humanos há décadas, senão centenas de milhares de anos".
As pessoas podem ser reinfectadas a cada ano ou a cada dois anos por esses coronavírus sazonais devido ao declínio da imunidade, declarou a uma rádio britânica.
Ela disse ainda estar otimista quanto às vacinas porque elas funcionam de maneira diferente e podem conferir imunidade mais longa.
AS/efe/rtr/lusa
Doenças prevenidas com vacinas
Vacinas protegem o corpo, criando resistência contra doenças. As vacinas são feitas com substâncias e microrganismos inativados ou atenuados que, quando introduzidos no organismo, estimulam a reação do sistema imune.
Foto: picture-alliance/imagebroker
Catapora
Também chamada de varicela, é uma doença infecciosa altamente contagiosa, causada pelo vírus Varicela-Zoster. Os principais sintomas são manchas vermelhas e bolhas no corpo, acompanhadas de muita coceira, mal-estar, dor de cabeça e febre. As bolhas costumam surgir primeiro no rosto, tronco e couro cabeludo e, depois, se espalham. Em alguns dias, elas começam a secar e cicatrizam.
Foto: Dan Race/Fotolia
Sarampo
É uma doença infecciosa grave, que pode ser fatal, causada por um vírus do gênero Morbilivirus, transmitida através de secreção oral ou nasal. É tão contagiosa que uma pessoa infectada pode transmitir a doença para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes. Os principais sintomas são: manchas avermelhadas na pele, febre, tosse, mal-estar, conjuntivite, coriza, otite, pneumonia e encefalite.
Foto: picture-alliance/dpa/KEYSTONE/U. Flueeler
Hepatite B
Um dos cinco tipos de hepatite existentes no Brasil, a B é causado por um vírus. A falta de sintomas na fase inicial dificulta o diagnóstico. Muitas vezes, é detectada décadas após a infecção, por sintomas como tontura, enjoo, vômito, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados. Hepatite B não tem cura, mas o tratamento pode reduzir o risco de complicações, como cirrose e câncer hepático.
Foto: picture-alliance/dpa
Caxumba
É uma infecção viral aguda e contagiosa, que na maioria das vezes afeta as glândulas parótidas, que produzem a saliva, ou as submandibulares e sublinguais, próximas ao ouvido. É causada por um vírus e transmitida através de gotículas de saliva. O sintoma mais característico é o aumento das glândulas salivares. O agravamento da doença pode levar à surdez ou esterilidade.
Foto: Imago Images
Rubéola
É uma doença viral aguda, altamente contagiosa. A forma congênita, transmitida da mãe para o filho durante a gestação, é a mais grave porque pode provocar, por exemplo, surdez e problemas visuais no bebê. A transmissão acontece por meio de secreções expelidas ao tossir, respirar ou falar. Os principais sintomas são dor de cabeça e no corpo, ínguas, febre e manchas avermelhadas.
Foto: picture-alliance/dpa/J.P. Müller
Difteria
É uma doença transmissível causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, que atinge as amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, outras partes do corpo, como pele e mucosas. A transmissão ocorre por meio da tosse, espirro ou por lesões na pele. Entre os principais sintomas estão: membrana grossa e acinzentada cobrindo as amígdalas, gânglios inchados e dificuldade para respirar.
Foto: picture-alliance/OKAPIA KG/G. Gaugler
Tétano
Ao contrário da maioria das doenças evitadas com vacina, o tétano não é contagioso. É causado por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani, que, sob a forma de esporos, é encontrada em fezes, na terra, em plantas e em objetos e pode contaminar pessoas por meio de lesões na pele, como feridas, cortes ou mordidas de animais. Um dos sintomas é a rigidez muscular em todo o corpo.
Foto: Imago Images
Tuberculose
É uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também chamado bacilo de Koch. Afeta principalmente os pulmões, mas pode acometer outros órgãos e sistemas. Tem como principais sintomas tosse por mais de duas semanas, produção de catarro, febre, sudorese, cansaço e dor no peito. A transmissão ocorre pela respiração, por espirros e pela tosse.
Foto: picture-alliance/BSIP/NIAID
Febre Amarela
É uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores. Não há transmissão direta de pessoa para pessoa. Os principais sintomas são início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. No ciclo silvestre, os vetores são mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes e, no ciclo urbano, é o Aedes aegypti.
Foto: R. Richter
Coqueluche
É uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis. Se não for tratada, pode levar à morte de bebês menores de seis meses. A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto com gotículas eliminadas por tosse, espirro ou fala. No começo, os sintomas são parecidos com os de um resfriado, mas podem evoluir para tosse severa e descontrolada, comprometendo a respiração.
Foto: Imago Images/blickwinkel/McPhoto
Poliomielite
Também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes. Nos casos graves, acontecem paralisias musculares irreversíveis. Devido à intensa vacinação, com a famosa "gotinha", no Brasil não há circulação do vírus desde 1990.