1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW
CatástrofePortugal

Incêndios florestais deixam ao menos 7 mortos em Portugal

17 de setembro de 2024

São mais de 100 focos, principalmente nas regiões norte e central do país. Chamas causaram cerca de 50 feridos, mais de 30 deles são bombeiros. Premiê português convoca reunião de emergência para analisar situação.

Bombeiros próximos a labaredas em floresta
Bombeiros trabalham para tentar conter o fogo em Sever do Vouga, no norte de PortugalFoto: Bruno Fonseca/AP/picture alliance

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil de Portugal informou nesta terça-feira (17/09) a morte de três bombeiros que estavam combatendo os incêndios florestais que assolam o país desde o fim de semana, elevando para sete o número total de óbitos causados pelas chamas.

O comandante André Fernandes explicou em uma coletiva de imprensa em Oeiras (região metropolitana de Lisboa) que as vítimas são duas mulheres e um homem que morreram depois que o veículo de combate a incêndios em que estavam foi atingido pelas chamas enquanto combatiam um incêndio em Nelas, na região centro-norte do país.

Mais tarde, o segundo comandante nacional da Proteção Civil, Mário Silvestre, confirmou aos jornalistas a morte de outra pessoa, sem dar detalhes, embora a mídia local tenha informado que se tratava de um civil. Essas mortes se somam ao bombeiro e a dois civis que perderam a vida na segunda-feira.

Uma das vítimas foi um brasileiro de 28 anos encontrado carbonizado em uma zona florestal de Albergaria-a-Velha, detalhou a Guarda Nacional Republicana (GNR) em comunicado.

Trata-se de um trabalhador de uma empresa que se dedica à exploração florestal, que se deslocou com outros colegas para recuperar maquinaria na zona afetada pelo incêndio.

Onda de incêndios começou no fim de semana

Portugal sofre com uma onda de incêndios que começou no fim de semana e levou o governo a declarar um alerta de incêndio até pelo menos quinta-feira. O comandante Fernandes disse que a situação continua "muito complexa". As chamas queimaram em três dias a mesma quantidade de área que havia sido queimada nos três meses anteriores.

Há mais de 100 focos de incêndio ativos no momento, com a maior incidência nas regiões norte e central do país, que também causaram cerca de 50 feridos, mais de 30 dos quais são bombeiros. Particularmente preocupante é o "complexo de incêndios" na área de fronteira entre o distrito de Aveiro e a área metropolitana do Porto, no norte.

Devido à situação, o primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, cancelou sua agenda até sexta-feira e convocou um conselho de ministros extraordinário para esse dia, a fim de analisar a situação do país devido aos incêndios. A reunião será presidida pelo presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa.

md (Lusa, EFE, AFP, ots)