Tarefas de resgate entram no terceiro dia, ainda sem pistas concretas do voo da AirAsia. Cinco países já integram equipe que tenta localizar avião, e governo de Jacarta pede ajuda aos EUA.
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A Indonésia decidiu ampliar nesta terça-feira (30/12) a área de buscas pelo voo QZ8501, da AirAsia, desaparecido no último domingo após decolar com destino a Cingapura com 162 pessoas a bordo. O país solicitou ajuda aos Estados Unidos para tentar encontrar a aeronave.
Dois dias após o sumiço do avião, ainda não há pistas concretas de seu paradeiro. Até aqui, os trabalhos de busca estavam concentrados nos arredores da ilha de Belitung, no Mar de Java. A partir de seu terceiro dia, nesta terça-feira, eles devem se estender às águas ao sul da ilha de Bangka e a oeste de Bornéu.
Malásia, Cingapura, Austrália e Coreia do Sul também participam com equipamento e pessoal na busca. França, Reino Unido, China, Índia e Japão ofereceram assistência. Os EUA deverão em breve prestar auxílio.
"Recebemos nesta segunda-feira um pedido de apoio para localizar o avião, e estamos conferindo como podemos atender à demanda por ajuda da Indonésia", disse o Departamento de Estado americano.
Acidentes aéreos de 2014
A aeronave da AirAsia que desapareceu dos radares é mais um episódio de uma série de tragédias envolvendo aviões, incluindo dois Boeings 777 da Malaysia Airlines e o jato que transportava o candidato Eduardo Campos.
Foto: picture-alliance/dpa/Pleul
Contato perdido
O Airbus da AirAsia partiu de Surabaia, na ilha indonésia de Java, em direção a Cingapura. Por volta de 40 minutos após a decolagem, o contato com o avião foi perdido na manhã de domingo (28/12). Os destroços só foram encontrados, no Mar de Java, três dias depois. A bordo do voo QZ8501 estavam 162 pessoas.
Foto: Reuters/E. Nuraheni
Desaparecido no Mar de Java
Antes do desaparecimento do Airbus 320-200, da AirAsia, aparentemente, o piloto tentou contornar uma tempestade, pedindo à torre de controle permissão para a mudança de rota. As buscas se concentram na região entre as ilhas indonésias de Bangka e Belitung, no Mar de Java. O desaparecimento do avião da AirAsia faz lembrar o voo MH370, da Malaysia Airlines.
Foto: Aditya/AFP/Getty Images
Tragédia dupla na Malaysia Airlines
Em 2014, a Malaysia Airlines perdeu dois aviões do tipo Boeing 777. Um deles está desaparecido até hoje: o voo MH370 partiu de Kuala Lumpur em direção a Pequim em 8 de março. Após uma última comunicação de rotina por rádio, o avião desapareceu das telas do radar. Provavelmente, a aeronave caiu horas depois no Oceano Índico.
Foto: cc-by-sa/Laurent Errera/L'Union
Mistério da história da aviação
O que aconteceu a bordo do MH370 está entre um dos maiores mistérios da história da aviação. Houve um problema técnico? A aeronave foi sequestrada? Ou o piloto quis se suicidar, levando à morte também todas as pessoas a bordo? As buscas do Boeing 777 se estenderam por meses. Este avião militar neozelandês (foto) também participou das operações de busca.
Foto: Getty Images
Alarme falso
Imagens de satélite mostravam regularmente objetos boiando no mar, que não eram, no entanto, destroços do Boeing, como se supunha. Navios e submarinos tentaram detectar sinais da caixa-preta para localizar os restos do avião, o que também não se conseguiu. Portanto, o destino do MH370 e das 239 pessoas a bordo continua incerto.
Foto: picture-alliance/dpa
Vítimas do conflito na Ucrânia
Em 17 de julho, registrou-se a queda de outro Boeing 777 da Malaysia Airlines. Acredita-se que ele tenha sido abatido enquanto sobrevoava a região em guerra civil no leste da Ucrânia. A bordo do voo MH17 estavam 298 pessoas, que pretendiam voar de Amsterdã para Kuala Lumpur.
Foto: Reuters
Difícil resgate
Tanto o resgate dos corpos quanto a coleta dos destroços e a investigação das causas do acidente foram tarefas difíceis. Inicialmente, os rebeldes separatistas do leste ucraniano negaram a equipes de resgate e especialistas em acidentes o acesso ao local da queda do avião.
Foto: Reuters
Entrega tardia da caixa-preta
Somente cinco dias após a queda da aeronave, os rebeldes entregaram as caixas-pretas a autoridades da Malásia. De acordo com os primeiros resultados das investigações, há inúmeros indícios de que o MH17 tenha sido atingido por um míssil terra-ar. Até hoje não se sabe se o avião foi abatido, possivelmente de forma involuntária, por rebeldes separatistas, tropas russas ou pelo Exército ucraniano.
Foto: Reuters
Erro na aterrissagem
Somente seis dias depois da queda do MH17, a aviação civil vivenciou mais um acidente: 48 pessoas morreram em Taiwan na queda de um avião à hélice da companhia Transasia Airways. O avião caiu durante uma tempestade, após uma manobra de aterrissagem malsucedida. Dez das 58 pessoas a bordo do voo ATR72 sobreviveram ao acidente.
Foto: Reuters
Mudança de rota
No dia 24 de julho, um avião da companhia aérea espanhola Swiftair, operado pela Air Algérie, caiu no Mali, na África Ocidental. O acidente provocou a morte de 118 pessoas. A aeronave do tipo McDonell Douglas MD-83 partiu de Ouagadougou, em Burkina Faso, para Argel. Também neste acidente, o piloto havia pedido autorização para a mudança de rota devido a uma tempestade, logo depois da partida.
Foto: cc-by-sa/Dura-Ace/curimedia
Despedaçado no solo
Aparentemente, o avião da Air Algérie deu piruetas no ar antes de atingir o solo e se despedaçar, em grande velocidade. Os destroços do avião completamente destruído foram encontrados próximos à cidade de Gossi, no Mali. Uma tempestade foi a provável causa da queda do voo AH5017.
Foto: Getty Images/AFP/Sia Kambou
Acidente logo após a decolagem
Em 10 de agosto, foi a vez de um avião da companhia iraniana Sepahan Airlines. A aeronave do tipo Antonov NA-140 caiu logo após decolar de Teerã. No acidente, morreram 39 pessoas, entre elas, sete crianças. Nove pessoas ficaram feridas. A possível causa da queda do avião à hélice foi uma falha do motor.
Foto: Tasnim
Eduardo Campos a bordo
No dia 13 de agosto, o Cessna 560XL que transportava o candidato à Presidência do Brasil Eduardo Campos caiu sobre uma área residencial da cidade de Santos. O jato particular havia partido do Rio de Janeiro em direção à cidade do litoral paulista. Além do adversário da presidente Dilma Rousseff, seis pessoas morreram no acidente. Aqui, o mau tempo foi a possível causa da queda da aeronave.
Foto: picture-alliance/dpa
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O voo QZ8501 sumiu dos radares cerca de uma hora depois de decolar do aeroporto internacional de Juanda, na ilha de Java, na Indonésia, às 5h20 de domingo (horário local). Ele deveria pousar quase três horas depois em Cingapura.
A companhia, sediada na Malásia, divulgou que o último contato entre o avião e o controle de tráfego aéreo foi quando o piloto solicitou uma permissão para subir da altitude de 32 mil para 38 mil pés, com o objetivo de desviar de nuvens densas, por causa do mau tempo.
A manobra é considerada normal em tais situações. Devido ao intenso tráfego aéreo na área, o pedido do piloto foi, porém, negado, segundo um representante do Ministério dos Transportes indonésio. Poucos minutos depois, o avião desapareceu dos radares, sem emitir um sinal de emergência.
A bordo do voo QZ8501 estavam o piloto, indonésio, o copiloto, francês, cinco tripulantes e 155 passageiros, incluindo 16 crianças e um bebê. A maioria dos passageiros era de cidadãos da Indonésia.