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SociedadeIndonésia

Indonésia corre contra o tempo em busca de submarino

22 de abril de 2021

Embarcação de fabricação alemã de mais de 50 anos perdeu contato enquanto realizava exercícios militares. Estoque de oxigênio deve durar mais dois dias, enquanto aumenta preocupação com os 53 tripulantes a bordo.

Submarino de fabricação alemã KRI Nanggala-402 transportava 49 tripulantes, três artilheiros e um comandante
Submarino de fabricação alemã KRI Nanggala-402 transportava 49 tripulantes, três artilheiros e um comandanteFoto: Alex Widojo/AA/picture alliance

A Marinha da Indonésia realiza buscas nesta quinta-feira (22/04) por um submarino que desapareceu durante manobras militares com 53 tripulantes a bordo. A embarcação, que participava de exercícios com disparos de torpedos a 95 quilômetros de Bali, perdeu contato logo depois de pedir permissão para submergir na manhã de quarta-feira.

O submarino de fabricação alemã KRI Nanggala-402, que transportava 49 tripulantes, três artilheiros e um comandante, pode estar a uma profundidade de entre 600 e 700 metros. Um porta-voz da Marinha indonésia disse que a embarcação foi projetada para navegar em profundidades de entre 250 e 500 metros. Mais do que isso, segundo disse, seria perigoso.

Caso tenha ocorrido uma falha elétrica, o estoque de oxigênio da embarcação deve durar aproximadamente 72 horas, ou seja, até as primeiras horas do sábado.

Um helicóptero que participava das buscas encontrou uma mancha de óleo no local onde acredita-se que o submarino tenha submergido, que se tornou o centro das buscas pelos sobreviventes. O óleo pode ser uma indicação de danos na estrutura.

Participam das operações de busca ao menos quatro navios militares e cerca de 400 membros da Marinha. O Ministério da Defesa enviou um pedido internacional de socorro e confirmou que vários países se dispuseram a ajudar, incluindo Cingapura, Austrália e Índia.

Segundo informações do governo, o KRI Nanggala 40, de 1,3 mil toneladas, foi construído em 1978 e já serviu em mais de uma dezena de forças navais de países como Grécia, Índia, Argentina e Turquia. Ele foi fabricado pela empresa Howaldtswerke-Deutsche, em Kiel.

Apesar de não haver registro de acidentes graves com submarinos no Sudeste Asiático, outros países já viveram situações semelhantes.

Um dos caso mais conhecidos é o do submarino russo Kursk, que afundou em 2000 e matou os 118 tripulantes a bordo. Uma investigação concluiu que um torpedo explodiu e detonou todos os outros, A maioria dos marinheiros morreu instantaneamente, mas alguns ainda sobreviveram por vários dias antes de sufocarem.

Em 2018, o submarino argentino ARA San Juan desapareceu com 44 pessoas a bordo. Depois um ano de buscas realizadas com a ajuda de especialistas internacionais, a embarcação foi encontrada a mais de 900 metros de profundidade em uma área de cânions e crateras a 400 quilômetros da costa da Argentina. O motivo do acidente foi uma implosão.

rc (AFP, DPA)

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