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Infineon expande mercado junto com Sony

Assis Mendonça15 de novembro de 2001

A Infineon, fabricante de chips de memória e semicondutores, vai cooperar com a empresa japonesa Sony para desenvolver cartões eletrônicos de leitura à distância.

A sede da Sony na Alemanha, em BerlimFoto: Herschelmann

A produtora alemã de semicondutores Infineon (pertencente ao conglomerado Siemens) e a empresa japonesa Sony planejam uma estreita cooperação para desenvolver um sistema de cartões eletrônicos que dispensa o contato direto entre o chip e o aparelho de leitura. Os novos cartões deverão ter uma utilização ampla na identificação pessoal, como "carteira eletrônica" para o pagamento de pequenas contas, como passe para usuários dos metrôs e outros meios de transporte público, além de muitas outras aplicações.

A grande vantagem do novo sistema residirá no fato de dispensar um contato direto do cartão eletrônico com o aparelho de leitura: a simples aproximação é então suficiente para operar a função desejada. Desta maneira, será possível, por exemplo, evitar grandes filas diante das catracas dos metrôs ou agilizar a identificação de funcionários autorizados em setores de acesso restrito de uma empresa. O potencial mundial de mercado para o novo produto é considerado enorme. A produção dos chips desenvolvidos em conjunto pela Infineon e a Sony deverá ser iniciada já no final de 2002. Os módulos eletrônicos serão fabricados pela Infineon e fornecidos principalmente à Sony, que os montará em seus equipamentos.

Prejuízos milionários

A cooperação com a Sony na nova área de tecnologia de ponta é especialmente importante para a Infineon neste momento. A empresa alemã fechou o ano de negócios com um prejuízo milionário, em conseqüência da retração na demanda mundial de chips e da queda dos preços de memória para microcomputadores, bem como de semicondutores. A ofensiva no novo setor dos cartões eletrônicos de leitura à distância poderá assim abrir uma nova perspectiva de faturamento para a subsidiária da Siemens.

No ano de negócios 2000/2001, encerrado dia 30 de setembro e cujo balanço foi divulgado agora, a Infineon teve um prejuízo de 591 milhões de euros (equivalente a cerca de 1,35 bilhão de reais). No ano anterior, a empresa ainda tinha obtido um lucro considerável, de 1,1 bilhão de euros (quase 2,5 bilhões de reais). Seu faturamento total caiu para 5,7 bilhões de euros (cerca de 12,8 bilhões de reais), o que significou uma redução de 22 por cento em relação ao ano anterior.

Apesar dos prejuízos, os investidores mostram-se despreocupados em relação ao futuro da empresa de tecnologia avançada. Segundo informação própria, a Infineon dispõe de liquidez suficiente para enfrentar a crise atual no mercado de chips. Além disto, já foram adotadas medidas para a redução dos custos de produção e existe ainda a possibilidade de venda dos setores que não fazem parte da atividade central da empresa.

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