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Inflação dispara nos EUA e atinge maior patamar em 40 anos

10 de junho de 2022

Preços ao consumidor aumentam 8,6% em maio, puxados pelos custos de energia e alimentação. Índice aprofunda crise no governo Biden e gera pressão por novos aumentos nas taxas de juros.

Pilha de notas de dólar em cima de um teclado de computador
População americana sofre para cobrir os gastos essenciais, como alimentação, moradia e combustíveisFoto: Natalia Seliverstova/Sputnik/dpa/picture alliance

A taxa de inflação nos Estados Unidos aumentou em 8,6% no mês de maio, atingindo o maior patamar em quatro décadas, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira (10/06) pelo Departamento do Trabalho dos EUA.

Os novos números aprofundam a crise no governo do presidente americano, Joe Biden, e frustram as esperanças de que o aumento dos preços ao consumidor pudessem ter atingido o ápice, enquanto a população sofre para cobrir os gastos essenciais, como alimentação, moradia e combustíveis. 

A alta da inflação em maio foi impulsionada pelos preços do setor de energia – petróleo bruto, gás e eletricidade – que aumentaram 34,6% nos últimos 12 meses, puxados pela alta de 106,7% do petróleo, sendo este o maior aumento desde o início dos registros dos dados de inflação.

Na comparação com abril, os preços da energia aumentaram 3,9%, após uma queda de 2,7% no mês anterior. Os alimentos registaram alta de 10,1% em um ano, com alta de 11,9% nos os produtos relacionados às compras em supermercado – a maior alta desde 1979 – e de 7,4% nos restaurantes.

A gasolina aumentou 4% em maio, sendo que em um ano a alta foi de quase 50%. As passagens aéreas subiram quase 38% no ano passado, o maior aumento desde 1980. Excluídos os preços dos alimentos e da energia, o aumento da inflação em maio foi de 6%.

Novos aumentos na taxa de juros

A alta da inflação, que resultou nos números mais altos registrados desde 1981, devem aumentar a pressão para que o Fed – Federal Reserve, instituição que atua como uma espécie de Banco Central americano – continue a aumentar agressivamente a taxa de juros.

Isso, porém, implicaria em custos mais altos nos empréstimos para os consumidores e empresas, exacerbando o risco de uma recessão.

Os dados revelados nesta sexta-feira reforçam os temores de que a inflação americana esteja se espalhando além dos setores de energia e alimentação, impulsionados pelos gargalos na cadeia global de abastecimento e pela invasão russa à Ucrânia.

Pesquisas de opinião revelam que os americanos veem a alta da inflação como o maior problema no país nos dias atuais. A maioria reprova o gerenciamento econômico do governo Biden.

rc (AP, Lusa, AFP)

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