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Inflação na Venezuela passa de 800%

8 de novembro de 2017

Em dez meses, inflação acumulada no país chegou a 825,7%, segundo análise divulgada pela Assembleia Nacional, dominada por opositores. Governo Maduro parou de publicar dados econômicos há mais de um ano.

Caixa de supermercado em Caracas recebe pagamento de cliente
Além de explosão nos preços, país enfrenta escassez de produtosFoto: Reuters

A Assembleia Nacional da Venezuela, dominada pela oposição, anunciou nesta terça-feira (07/11) que a inflação acumulada no país entre janeiro e outubro deste ano chegou a 825,7%. O governo Nicolás Maduro, há mais de um ano, não divulga dados econômicos.

De acordo com os dados divulgados pela oposição, a Venezuela enfrenta hiperinflação. As previsões apontam que a inflação acumulada para todo o ano de 2017 pode passar de 1.400%.

"A economia venezuelana já entrou, formalmente, num processo de hiperinflação. Isto é dramático. É um grande problema para o povo venezuelano", disse o deputado Ángel Alvarado, na abertura da sessão.

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01:08

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Segundo Alvarado, o Banco Central venezuelano segue "uma política de ocultação", pois há mais de um ano não publica o índice oficial de inflação. O deputado alertou ainda que, se a tendência for mantida, a inflação no país pode chegar a 12.000% em 2018.

Há mais de um ano, o governo parou de publicar dados sobre a inflação no país. Desde janeiro, a Assembleia Nacional vem divulgado suas próprias estatísticas, que são semelhantes às apresentadas por economistas independentes.

Durante os meses de julho, agosto e setembro, a inflação mensal registrada na Venezuela foi de 26%, 33,7% e 36,3%, respectivamente. Em outubro, ela chegou a 45,5%.

A oposição acusa os governos de Maduro e de seu antecessor, Hugo Chávez, de terem destruído a economia do país com políticas socialistas de nacionalizações e controle cambial. Já o governo afirma ser vítima de uma "guerra econômica" e culpa empresários e opositores pela crise que o país atravessa.

Abalada pela queda dos preços do petróleo, a Venezuela enfrenta uma profunda crise econômica – caracterizada por recessão, inflação e escassez de bens básicos.

A economia do país vem encolhendo de forma extrema, tendo diminuindo 36% nos últimos quatro anos, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). A produção de recursos primários, como o petróleo, também está em declínio por causa da falta de investimentos em infraestrutura.

CN/efe/rtr/lusa

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