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Inglaterra inicia novo lockdown nacional

5 de janeiro de 2021

Terceiro confinamento enfrentado pelo país, imposto devido a variante mais contagiosa do coronavírus, deve durar até pelo menos meados de fevereiro. Escócia também adota lockdown.

Cartaz em Londres pede para as pessoas ficarem em casa
Cartaz em Londres pede para as pessoas ficarem em casa Foto: Dinendra Haria/ZUMAPRESS/picture alliance

O primeiro-ministro Boris Johnson anunciou nesta segunda-feira (04/01) um novo lockdown nacional na Inglaterra, previsto para durar até pelo menos 22 de fevereiro e incluindo o fechamento de escolas, devido à alarmante propagação do coronavírus causada por uma nova variante. É o terceiro lockdown nacional imposto devido ao coronavírus.

Grande parte da Inglaterra já estava sob fortes restrições de movimentação e reunião para tentar controlar a nova variante do coronavírus, até 70% mais contagiosa e apontada como responsável pela aceleração no número de casos nos últimos dias.

"Os hospitais estão sob mais pressão do que em qualquer outro momento desde o início da pandemia", declarou Johnson em pronunciamento à nação, durante o qual pediu à população para não sair de suas casas, exceto por motivos essenciais, como trabalhar ou ir ao supermercado e ao médico.

Um confinamento na Escócia a partir desta terça-feira também foi anunciado pela chefe do governo local, a primeira-ministra Nicola Sturgeon, determinando que as pessoas fiquem em casa, exceto por motivos essenciais, para ajudar a aliviar a sobrecarga dos hospitais e UTIs. "Estou mais preocupada com a situação que enfrentamos agora do que em qualquer momento desde março do ano passado", disse.

As outras regiões britânicas, Irlanda do Norte e País de Gales, que também têm autonomia em termos de política de saúde, já haviam iniciado confinamentos após o Natal.

No mínimo até meados de fevereiro

Os cidadãos ingleses foram convocados a seguir imediatamente as novas instruções, mesmo que a lei para regulamentar o novo confinamento não possa ser aprovada no Parlamento antes de quarta-feira.

Johnson disse que espera suspender gradualmente o lockdown e reabrir escolas após as férias escolares de meados de fevereiro, mas que tudo depende da redução dos números de infeções e de mortes, do sucesso do plano de vacinação e do respeito às regras.

Premiê Boris Johnson pediu aos britânicos para respeitarem as regras de distanciamentoFoto: AP Photo/picture alliance

"Isso acontecerá se o nosso conhecimento sobre o vírus não mudar, se a vacinação continuar sendo bem-sucedida, se as mortes começarem a cair e se todos desempenharem seu papel em relação às regras", ressaltou.

Ele também espera que até meados de fevereiro a primeira dose da vacina já tenha sido administrada aos quatro grupos prioritários da campanha de imunização: residentes e funcionários de asilos e casas de recuperação, idosos com mais de 80 anos, trabalhadores do serviço de saúde pública (NHS) e a população com doenças crônicas.

Maior campanha de vacinação da história

Johnson destacou que a nova variante do vírus - até 70% mais contagiosa - está se espalhando "de uma forma frustrante e alarmante". Para ilustrar a situação, revelou que o número de pessoas atualmente hospitalizadas com covid-19 é 40% maior do que no pico da primeira onda, em abril.

Entre as razões que podem ser consideradas essenciais para sair de casa, Johnson incluiu compras de alimentação e medicamentos, buscar ajuda médica, trabalhar, se absolutamente necessário, exercitar-se e fugir de situações abusivas.

Nicola Sturgeon: "Estou mais preocupada com a situação que enfrentamos agora do que em qualquer momento"Foto: Andrew Milligan/dpa/picture alliance

O premiê ainda destacou como grande diferença entre o lockdown atual e o anterior o fato de o Reino Unido estar na maior campanha de vacinação da sua história. Duas vacinas já foram aprovadas para uso: a desenvolvida pela parceria Pfizer/Biontech e a fabricada pela Universidade de Oxford e pela empresa farmacêutica AstraZeneca.

Os principais consultores médicos britânicos recomendaram elevar o nível de alerta de 4 para 5 e advertiram que o sistema de saúde pública poderia ser sobrecarregado em 21 dias, a menos que medidas mais duras fossem tomadas, pois os casos estão aumentando em grande parte do país, impulsionados pela nova variante mais transmissível do vírus.

Nesta segunda-feira, o Reino Unido registrou 58.784 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, um novo recorde diário e o sétimo dia consecutivo em que o número diário de casos ultrapassou 50 mil, e 407 mortes, chegando a um total de 75.431 mortes desde o início da pandemia. Nos últimos dias a média diária de casos aumentou 50% e de mortes, 21% comparando com os sete dias anteriores.

Nesta segunda-feira, o estado de São Paulo confirmou os dois primeiros casos no Brasil da variante do novo coronavírus identificada no Reino Unido. 

AS/efe/lusa/ap

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