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SaúdeReino Unido

Inglaterra impõe alta multa para quem furar quarentena

29 de setembro de 2020

Agora é lei: quem testar positivo para a covid-19 ou for informado de que teve contato com infectado é obrigado a se isolar. Governo britânico diz que não vai hesitar em endurecer medidas para conter nova alta nos casos.

Policiais conversam com pessoas aglomeradas nas ruas de Londres
A polícia será responsável por fiscalizar o respeito pelas regras no país europeuFoto: Reuters/H. MCKAY

Recusar-se a cumprir a quarentena quando esta for obrigatória se tornou ilegal na Inglaterra nesta segunda-feira (28/09), com multas que chegam a 10 mil libras (cerca de 70 mil reais).

No país europeu, aqueles que testarem positivo para a covid-19 ou forem informados oficialmente pelas autoridades de saúde de que tiveram contato com alguém infectado são agora obrigados por lei a se isolarem.

A quarentena nesses casos, que antes era voluntária, tem que ser cumprida durante um período de dez dias após o início dos sintomas ou após a data do teste, no caso dos assintomáticos.

Segundo as novas regras que entraram em vigor nesta segunda, quem for pego descumprindo o isolamento obrigatório terá que pagar uma multa de mil libras (7 mil reais). A penalidade sobe para 10 mil libras se o infrator for reincidente ou em casos de infrações mais graves, incluindo empresas que obriguem seus funcionários a trabalhar.

O Departamento de Saúde e Assistência Social do país informou que aqueles que testarem positivo para o coronavírus também serão multados se tiverem fornecido intencionalmente informações falsas sobre lugares onde estiveram ou pessoas com quem tiveram contato.

A polícia será responsável por fiscalizar o respeito pelas regras, por meio de batidas aleatórias ou denúncias de vizinhos, por exemplo.

O governo informou ainda que vai introduzir um pagamento de 500 libras (3.500 reais) para as pessoas com rendimentos baixos que precisarem ficar em isolamento. 

"À medida que os casos aumentam, é imperativo que tomemos medidas", afirmou o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock. "Essas medidas simples podem fazer uma enorme diferença para reduzir a transmissão do vírus, mas não hesitaremos em adotar outras medidas se os casos continuarem a aumentar."

As novas regras, anunciadas há cerca de dez dias em meio a um aumento dos casos no país, foram decididas após um estudo encomendado pelo governo britânico ter apontado que apenas 18% das pessoas que apresentaram sintomas fizeram quarentena voluntária.

As medidas se aplicam apenas na Inglaterra, pois os governos autônomos da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte são responsáveis pelas próprias regras.

O Reino Unido é o país europeu com maior número absoluto de mortos pela covid-19, somando mais de 42 mil óbitos desde o início da epidemia. Em todo o mundo, a nação fica atrás apenas dos Estados Unidos, Brasil, Índia e México em número de vítimas.

O território britânico acumula ainda mais de 441 mil casos confirmados. Nos últimos sete dias, foram registadas 40.712 novas infecções, uma média diária de quase 6 mil casos.

EK/ap/efe/lusa/ots

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