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SaúdeReino Unido

Inglaterra restringe contato social para conter covid-19

9 de setembro de 2020

Nova regra determina proibição de reuniões de mais de seis pessoas, com exceções. Medida é resposta à aceleração de contágios, atribuída pelo governo principalmente ao comportamento de pessoas na faixa dos 20 e 30 anos.

Pessoas brindam com cerveja numa mesa de bar
Fregueses brindam reabertura de pubs em Londres em julho: governo atribui alta de contágios sobretudo aos jovensFoto: picture-alliance/empics/Y. Mok

O governo do Reino Unido decidiu proibir reuniões sociais de mais de seis pessoas, tanto em lugares abertos quanto fechados, na Inglaterra a partir da semana que vem. A medida foi divulgada nesta quarta-feira (09/09), em meio à preocupação crescente com o aumento das taxas de infecção entre os jovens.

A decisão do governo britânico para a Inglaterra – executivos regionais da Escócia, Gales e Irlanda do Norte podem tomar suas próprias medidas – prevê a redução do número máximo de pessoas que podem se reunir socialmente de 30 para seis, com algumas exceções, a partir da próxima segunda, 14 de setembro.

Também foi lançada uma nova campanha de informação ao público, para enfatizar a importância de lavar as mãos, do uso de máscaras e da manutenção do distanciamento social.

"Precisamos agir agora para impedir a propagação do vírus", disse o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, em comentários divulgados antes de uma coletiva de imprensa agendada para esta quarta-feira.

Com mais de 41,6 mil mortes por covid-19 confirmadas, o Reino Unido é o país que registrou o maior número de óbitos pela doença na Europa e o quinto do mundo com mais mortes, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins.

A taxa de mortalidade caiu para seu nível mais baixo desde meados de março. Mas, como em outras partes da Europa, os casos estão aumentando, com quase 3 mil infecções diárias relatadas nos últimos dias, e a preocupação de que o surto esteja escapando ao controle. Segundo as autoridades, a alta nas taxas se deve ao relaxamento das medidas de restrição, especialmente entre jovens.

O gabinete de Johnson afirmou que consultores médicos e científicos concordam que "uma ação urgente é necessária", enquanto a polícia também pediu que as regras fossem simplificadas.

As diretrizes atuais estipulam que as pessoas não devem socializar do lado de fora em grupos com mais de seis pessoas de diferentes famílias. Mas a lei, na verdade, coloca esse limite em 30 pessoas em espaços privados.

A partir de segunda-feira, isso será reduzido para seis, exceto para famílias numerosas, casamentos, funerais, esportes coletivos organizados, locais de trabalho e ambientes educacionais.

"Obedecer a essas regras é absolutamente vital para proteger a vida", disse o secretário britânico de Saúde, Matt Hancock, em entrevista à emissora Sky News. "Vimos o aumento do número de casos, infelizmente, nos últimos dias. Vimos isso em toda a Europa, há uma segunda onda que muitos países estão vivendo."

O governo do Reino Unido, que controla a política de saúde na Inglaterra, impôs restrições mais duras a Bolton, perto da cidade de Manchester, no noroeste, após um "aumento muito significativo" de casos.

Bolton chegou a registrar 120 casos por 100 mil pessoas – a maior taxa do país. Hancock disse ao Parlamento na terça-feira que dados de rastreamento de contatos mostraram que isso se deveu "em parte à socialização de pessoas na faixa dos 20 e 30 anos".

Vários pubs foram identificados como focos de contágio, e restrições foram determinadas no horário de funcionamento de estabelecimentos como bares e restaurantes. Os moradores foram proibidos de se reunir com pessoas fora de sua casa.

As restrições locais mais recentes seguem ações semelhantes em Caerphilly, sul do País de Gales, e East Dunbartonshire e Renfrewshire, no oeste da Escócia.

As medidas ocorrem em um momento em que o governo do Reino Unido está tentando promover uma retomada da economia após quase três meses de restrições impostas no final de março.

MD/afp/efe

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