A história de alguns brasileiros e brasileiras que levaram alívio e socorro a muitas pessoas que sofrem com os impactos severos relacionados ao coronavírus.
Anúncio
Quando a notícia da pandemia chegou ao sertão baiano, a apreensão tomou conta das comunidades rurais. Com um cenário constante de escassez de água e solo pouco produtivo nesta porção do semiárido brasileiro, Noilton Pereira, fotógrafo da cidade de Ruy Barbosa que coordena um projeto social, sabia que mais famílias sofreriam com a falta de alimento.
Logo muitos doadores da iniciativa, que ele batizou como "Sertão Forte", sumiram. São eles que contribuem com a compra de fotos que Pereira tira dos moradores da região, que está dentro do chamado Polígono das Secas, e que ajudam na aquisição de cestas básicas.
Com o agravamento da pandemia, inúmeras famílias em necessidade se somaram às 20 que recebiam apoio mensal de Pereira. Mas um reforço inesperado apareceu. "Vimos a fome aumentar, mas a ajuda chegou bem na hora pra suprir", conta.
Mais cestas básicas passaram a ser doadas por outras entidades para que o fotógrafo as distribuísse pelo sertão de Ruy Barbosa durante a pandemia. Nos últimos meses, ele acabou perdendo as contas de quantas foram, mas se lembra da marca recorde atingida no fim de 2020. "Sei que só em dezembro foram 400", afirma.
Durante as entregas, os retratos que são vendidos e trazem recursos para o projeto não deixaram de ser feitos. O dinheiro que arrecada com a venda dessas imagens e de vaquinhas virtuais também constrói casas para famílias que vivem em condições precárias.
"São famílias que vivem na zona rural e que produziam. Mas a seca, a falta de investimento na agricultura familiar dificultam muito. Essas pessoas não têm terra, vivem em locais emprestados, que alguém deixou morar provisoriamente", conta o ex-radialista sobre o perfil local.
Até agora, 20 casas já foram entregues e duas estão construção, com previsão de serem finalizadas no início de 2021. "Como radialista, sempre visitava as comunidades, via as dificuldades, mas não sabia como ajudar. O Sertão Forte foi uma maneira de fazer algo e mostrar ao mundo as pessoas fortes que vivem aqui", detalha Pereira.
Apoio a indígenas
Na cidade mais indígena do Brasil, São Gabriel da Cachoeira, Amazonas, o temor era que a chegada do novo coronavírus significasse uma catástrofe. Mas o diálogo entre diversas autoridades públicas e organizações da sociedade civil, uma proeza num ano de tantos conflitos, salvou centenas de vidas.
Um Comitê de Enfrentamento à covid-19 foi formado imediatamente, sob coordenação de Marivelton Barroso, presidente da Federação das Organizações Indígenas do Alto Rio Negro (Foin), com participação do poder municipal, Exército, Fundação Nacional do Índio (Funai), Igreja Católica, Instituto Socioambiental (ISA) entre outros.
Uma das primeiras medidas foi explicar aos indígenas os perigos do vírus. Cartilhas foram distribuídas em quatro línguas (Baniwa, Tukano, Nhengatu e Dâw), carros de som circulavam pela cidade, os 350 equipamentos de rádio distribuídos pela Terra Indígena transmitiam mensagens de precaução e pediam para que todos ficassem em suas aldeias.
Com atendimento básico de saúde limitado na cidade, os casos mais graves eram encaminhados para Manaus, a mais de 850 quilômetros de distância. "A gente imaginou que pudesse acontecer o pior. São Gabriel da Cacheira não tem estrutura para lidar com uma pandemia, não tem Unidade de Tratamento Intensiva, não tem respirador", diz Juliana Radler, que atua no Programa Rio Negro do ISA.
Com medo de não sobreviverem à viagem, ou de não encontrarem um leito disponível na capital, de onde partiram inúmeras imagens chocantes do colapso durante a pandemia, os indígenas infectados de São Gabriel decidiram permanecer no território. Foi então que uma estrutura trazida de longe, da cidade paulista de Campinas, evitou o pior.
Enfermarias de campanha foram distribuídas em 14 unidades montadas dentro da Terra Indígena pela organização Expedicionários da Saúde, que oferece atendimento médico voluntário a povos da Amazônia. No auge da pandemia, mais de 400 casos foram tratados nesses locais.
De todo o Brasil, com apoio de organizações como Greenpeace, Médicos Sem Fronteiras e do médico Drauzio Varella, chegaram equipamentos de proteção, álcool em gel, produtos de limpeza e cestas básicas chegaram. Eles foram distribuídos nas aldeias no pior momento da crise sanitária.
"Desde o início, ficou clara a incapacidade do governo federal de responder à crise, principalmente na Amazônia. Essa união entre entidades, esse diálogo, fez com que uma grande tragédia humanitária fosse evitada", diz Radler.
Anúncio
Ajuda na linha de frente
Para os profissionais de saúde que atuam na linha de frente de combate à covid-19, o esgotamento físico e psicológico acompanharam o ano de 2020. Ciente dessa condição, a psicóloga Simone Silvestrini Hallak, que à época estava grávida de três meses, mobilizou voluntários para que eles não sucumbissem.
"Eu vi que nós, psicólogos, poderíamos ajudar neste momento dando suporte emocional para esses profissionais enfrentarem essa pandemia. É um enfrentamento de guerra, e eles são como os soldados", fala Hallak sobre a motivação.
A ideia deu vida à Rede do Bem, que reuniu 42 psicólogos que ofereciam atendimento online e gratuito. Até agora, 128 profissionais da saúde de todo o país buscaram esse tipo ajuda, a maioria deles são enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, que trabalham dentro das UTIs e lidam diretamente com pacientes graves.
Débora Cândido de Azevedo, psicóloga clinica e professora, supervisionou os atendimentos. "As queixas foram se modificando ao longo do tempo. No início da pandemia, era o medo. Depois, ao longo do tempo, eram cansaço e estresse", afirma sobre o perfil dos que buscaram apoio.
Quando 2020 se aproximou do fim, os relatos se voltaram mais para a dificuldade de lidar com o afastamento da família, problemas nas relações causadas pelo estresse e aumento do uso de álcool, relata Azevedo. Ansiedade, medo da morte, depressão, insônia e luto eram comuns aos que estão no front.
"O mais importante foi eles saberem que têm um espaço de apoio, saber que eles não estão sozinhos. Isso é fundamental", diz Azevedo sobre a Rede do Bem.
Auxílio a mulheres empreendedoras
No coração financeiro do país, em São Paulo, Ana Fontes e sua equipe precisaram de muita agilidade e horas intensas de trabalho para ajudar as 750 mil brasileiras que fazem parte da Rede Mulher Empreendedora.
Elas atuam nos mais diferentes ramos, tamanhos de negócio e regiões. "E entraram em pânico num primeiro momento. Recebíamos centenas de mensagens perguntando o que deveriam fazer já que, para 40% delas, o negócio é a fonte de renda da família", relembra Fontes as reações ao impacto econômico da pandemia.
Pandemia impulsiona surgimento de novas favelas no Brasil
03:00
Quase que de imediato, a Rede preparou uma série de cursos online sobre vendas na internet, reestruturação das contas e outros temas urgentes às empreendedoras. Mas Fontes foi além para responder aos tempos de crise.
Focadas em mulheres que não tinham como gerar renda por conta da pandemia e em vulnerabilidade social, ela colocou de pé em um mês uma operação gigante. Era o projeto "Heróis usam máscaras", apoiado por bancos, que produziu 12,5 milhões de máscaras e gerou renda para 6500 mulheres costureiras no Brasil todo.
"Pra recuperar a economia, a gente precisa das mulheres, precisa ajudar e incentivar as mulheres", afirma Fontes, que fundou a Rede em 2010 e já ganhou diversos prêmios.
Para 2021, um outro projeto já está engatilhado: Potência Feminina. Fomentada pelo Google, a organização pensou em soluções para ajudar mulheres que vivem em periferias do país. Foram selecionadas iniciativas como a que apoia marisqueiras no bairro de Vergel, em Alagoas.
Ao todo, 50 mil mulheres serão capacitadas ao longo de dois anos. Elas vão receber mentoria, acompanhamento do projeto, aceleração e, ao fim, 180 negócios receberão 10 mil reais como capital semente para o desenvolvimento.
"O número de mulheres falando em empreender aumentou. Isso porque elas foram as mais demitidas, foram as que sofreram mais fortemente o impacto e precisam gerar renda. E o empreendedorismo é um caminho", comenta Fontes sobre os desafios para 2021.
Cronologia da covid-19 no Brasil
Reveja os principais fatos desde a confirmação do primeiro caso da doença causada pelo novo coronavírus no Brasil, em fevereiro. Desde então, país está entre as nações com maior número de casos e mortos no mundo.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Sena
Primeiro caso no Brasil
Após já ter se espalhado por cerca de 40 países, matado mais de 2.700 pessoas e infectado mais de 80 mil, o primeiro caso do novo coronavírus é confirmado no Brasil apenas no final de fevereiro. Trata-se de um homem de 61 anos que viajou à Itália a trabalho. (26/02)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/FotoRua/F. Vieira
Brasil registra primeiras mortes pelo novo coronavírus
A primeira vítima de covid-19 no país é um homem de 62 anos, morador de São Paulo e que sofria de diabetes e hipertensão. No mesmo dia, um hospital em Niterói, no Rio de Janeiro, anuncia a morte de um idoso de 69 anos com sintomas de coronavírus. (17/03)
Foto: Getty Images/AFP/N. Almeida
Covid-19 em todos os estados
Roraima, o último estado que ainda não registrava casos do novo coronavírus, reporta dois infectados. Com isso, todos os estados brasileiros e o Distrito Federal já têm casos de covid-19 confirmados. (21/03)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Governo restringe entrada de estrangeiros
Começa a valer a medida que restringe a entrada no país, via aérea, de pessoas vindas da Europa e de vários países asiáticos por 30 dias para conter a disseminação do coronavírus. A portaria não se aplica a brasileiros natos ou naturalizados ou a imigrantes com autorização de residência no país. (23/03)
O presidente faz um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão no qual conclama o país a "voltar à normalidade", pedindo que os estabelecimentos comerciais não fechem as portas e que as pessoas saiam do confinamento em suas casas. Ele chama a covid-19 de "gripezinha" e fala em "histeria" devido à pandemia. Bolsonaro é alvo de panelaços pelo oitavo dia consecutivo. (24/03)
Foto: YouTube/TV BrasilGov
Bolsonaro sanciona ajuda de até R$ 1,2 mil para informais
Bolsonaro sanciona um auxílio emergencial por três meses, no valor de 600 reais, destinados aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa durante a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. (01/04)
Foto: picture-alliance/robertharding/I. Trower
Mortes por covid-19 no Brasil superam óbitos por dengue e H1N1 em 2019
O país soma 800 mortes em decorrência do novo coronavírus. Durante todo o ano passado, foram registrados 782 óbitos por dengue e outros 312 continuam em investigação, mostra boletim epidemiológico divulgado pela pasta da Saúde. De acordo com outro boletim epidemiológico, em 2019 morreram no Brasil 787 pessoas vítimas de Influenza A (H1N1). (08/04)
Foto: picture-alliance/dpa/EPA/G. Amador
Garoto de 15 anos é primeiro ianomâmi a morrer por covid-19
O adolescente recebia cuidados em um leito de UTI num hospital em Boa Vista desde 3 de abril. Entidades de defesa da causa indígena, como o Instituto Socioambiental (ISA) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), têm denunciado a subnotificação de casos de covid-19 entre indígenas e demonstrado preocupação com o risco para as comunidades. (10/04)
Foto: Adam Renan/Rede Amazônia Sustentável
Bolsonaro demite Mandetta
Em meio à pandemia de coronavírus, Bolsonaro demite o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A decisão ocorre dias depois de o titular da pasta ter dado uma entrevista contrariando a posição do presidente em relação à resposta à pandemia de covid-19. Mandetta defendia o isolamento social. O médico oncologista Nelson Teich foi escolhido para substituir Mandetta. (16/04)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Borges
Novo ministro da Saúde defende plano para saída do isolamento
Em sua primeira entrevista após assumir o comando do Ministério da Saúde, Nelson Teich defende um plano para saída do isolamento e diz que o número de infectados no país é relativamente baixo se comparado com o total da população e não deve alcançar 70% da população em contato com a doença. "É impossível um país sobreviver um ano, um ano e meio parado." (22/04)
Foto: picture-alliance/ ZUMAPRESS/GDA/O. Globo
Brasil supera a China em mortes por covid-19
A contagem diária de mortes por covid-19 atinge número recorde com 474 óbitos, elevando o total de vítimas no país para 5.017. O Brasil se torna o 9º país com o maior número de mortes em todo o mundo, superando a China, onde surgiu a pandemia e 4.637 óbitos foram registrados. Ao ser questionado sobre as mortes, Bolsonaro responde: "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?". (28/04)
Foto: AFP/M. Dantas
Bolsonaro livra agentes públicos de responsabilidade por erros durante epidemia
De acordo com medida provisória (MP) editada por Bolsonaro, agentes públicos apenas poderão ser responsabilizados nos âmbitos civil e administrativo se houver "dolo ou erro grosseiro", "manifesto, evidente e inescusável, praticado com culpa grave" e "com elevado grau de negligência, imprudência ou imperícia". Dias depois, o STF limitou o alcance da MP. (14/05)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Covid-19 atinge dezenas de povos indígenas
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) informou que, até 15/05, 38 povos indígenas do país já haviam sido afetados pelo coronavírus. A associação contabilizou 446 infecções e 92 mortes em comunidades indígenas. A maioria das infeções foi registrada na Amazônia, onde está localizada a maioria das comunidades isoladas. Mas também há casos no Sul, Centro-Oeste e Nordeste. (15/05)
Foto: Reuters/B. Kelly
Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde
Menos de um mês após ter assumido o cargo, Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde. Ele afirma que a saída foi decisão dele, sem dar detalhes sobre os motivos. "A vida é feita de escolhas. E hoje eu escolhi sair", destaca. Ele e Bolsonaro vinham discordando sobre medidas na gestão da epidemia. O general Eduardo Pazuello assume o cargo interinamente. (15/05)
Foto: Reuters/A. Machado
Sem base científica, governo amplia uso da cloroquina
O Ministério da Saúde divulga um novo protocolo sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes com covid-19, permitindo que os medicamentos sejam administrados também em casos leves da doença. A mudança do protocolo foi feita a pedido de Bolsonaro, apesar de não haver comprovação científica da eficácia do medicamento em pacientes com covid-19. (20/05)
Foto: Getty Images/AFP/G. Julien
Brasil ultrapassa Itália e é terceiro país com mais mortes por covid-19
Exatos cem dias após o primeiro caso registrado, o Brasil ultrapassa a Itália e se torna o terceiro país com mais mortes pela covid-19. O país contabiliza 34.021 mortes e fica atrás apenas dos EUA (108.211) e do Reino Unido (39.987). (04/06)
Foto: Reuters/R. Moraes
Brasil amplia orientações de uso da cloroquina contra a covid-19
O Ministério da Saúde informa que vai ampliar as recomendações de uso da cloroquina e de sua derivada hidroxicloroquina no tratamento da covid-19, passando a orientar a aplicação precoce das drogas em crianças e grávidas diagnosticadas com a doença. O anúncio ocorre no mesmo dia em que os EUA revogam seu uso emergencial no tratamento da covid-19. (15/06)
Foto: AFP/G. Julien
Casos de covid-19 passam de 1 milhão no Brasil
O Brasil supera a marca de 1 milhão de casos confirmados de covid-19, após registrar um recorde de 54.771 novas infecções pelo novo coronavírus em apenas 24 horas. Menos de quatro meses após a confirmação do primeiro caso, o país soma 1.032.913 ocorrências da doença e é o segundo do mundo com mais casos e mortes, atrás apenas dos EUA. (19/06)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Vacina de Oxford contra covid-19 começa a ser testada no Brasil
O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes de uma vacina desenvolvida pela universidade britânica. O projeto financiado pela Fundação Lemann contará com 2 mil voluntários em São Paulo e outros mil no Rio. A vacina está atualmente na fase 3 de testes. Um dos motivos que levaram à escolha do Brasil foi o fato de a epidemia estar em ascensão no país. (22/06)
Foto: picture-alliance/AP Photo/University of Oxford
Juiz manda Bolsonaro usar máscara em público
O juiz Renato Coelho Borelli, da 9ª Vara Federal Cível de Brasília, impõe ao presidente Jair Bolsonaro o uso obrigatório de máscara em espaços públicos e estabelecimentos comerciais, como medida de proteção contra o novo coronavírus. Em caso de descumprimento, o magistrado fixou um multa diária de R$ 2 mil. (22/06)
Foto: Getty Images/AFP/E. SA
UE estende proibição à entrada de viajantes do Brasil
Lista elaborada por Bruxelas recomenda que Estados-membros reabram suas fronteiras para viajantes de 15 países a partir de 1º de julho. Brasil, EUA e Rússia ficam de fora devido ao alto número de casos de covid-19. (30/06)
Foto: Delfim Martins
Bolsonaro diz estar com covid-19
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que teve resultado positivo em um exame para detectar a covid-19. Ao anunciar o resultado, em entrevista em frente ao Palácio da Alvorada, ele aproveitou a ocasião para mais uma vez reclamar das medidas de isolamento impostas por prefeitos e governadores. Bolsonaro também disse estar se tratando com hidroxicloroquina. (07/07)
Foto: picture-alliance/dpa/E. Peres
Casos de covid-19 passam de 2 milhões no Brasil
Menos de um mês depois de o país ter atingido o número de 1 milhão de infectados, em 19 de junho, o Brasil ultrapassou a marca de 2 milhões de casos oficialmente notificados de covid-19. O número de casos identificados da doença dobrou em menos de um mês. (16/07)
Foto: picture-alliance/E. Lustosa
Brasil: 100 mil mortos por covid-19
Menos de seis meses após a identificação do primeiro caso de covid-19 no Brasil, o país cruzou a marca de 100 mil mortes pela doença. O número de casos chegou a 3 milhões. Mesmo num ritmo de mil mortes por dia, o governo do país segue defendendo a flexibilização do isolamento e minimizando os impactos do vírus. (08/08)
Foto: Getty Images/A. Schneider
Mais uma empresa alemã pretende testar vacina contra covid-19 no Brasil
CureVac, de Tübingen, pretende começar testes em voluntários brasileiros em setembro ou outubro. Em parceria com a Pfizer, a também alemã BioNTech iniciou testes no Brasil na semana passada. (11/08)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Gollnow
Brasil autoriza testes de mais uma vacina contra covid-19
Anvisa dá aval para estudos clínicos de fase 3 do imunizante desenvolvido pela Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, com 7 mil voluntários participando dos testes. É a quarta vacina a obter autorização no país. (18/08)
Foto: picture-alliance/AP Photo/University of Oxford
Saldo do coronavírus após seis meses no Brasil
Somada à falta de testes e à desigualdade social, resposta de Bolsonaro à covid-19 contribuiu para que o país virasse o segundo do mundo com mais óbitos devido à pandemia, atrás dos EUA. Seis meses após primeiro caso confirmado no Brasil, país acumula mais de 3,6 milhões de infecções e 116 mil mortes por covid-19, números que devem ser maiores devido à falta de testes e à subnotificação. (26/08)
Foto: picture-alliance/dpa/ZUMA Wire/D. Oliveira
Índia passa Brasil e é segundo país com mais casos de covid-19
País registra mais de 90 mil novas infecções pelo coronavírus por dois dias consecutivos, elevando o total de casos para mais de 4,2 milhões. Brasil ainda é a segunda nação com mais mortes em decorrência da doença. (07/09)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/C. Anand
Pazuello é efetivado como ministro da Saúde
General ocupava posto há quatro meses na condição de interino. No período, submeteu a pasta completamente aos desejos de Bolsonaro, tentou esconder números e viu mortes por covid-19 no país explodirem. (16/09)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Brasil adere à iniciativa global por vacinas contra covid-19
Governo anuncia inclusão em programa mundial que monitora desenvolvimento de imunizantes e inclui mais de 170 países. Nações envolvidas receberão doses para cobrir ao menos 20% de suas populações. (19/09)
Foto: Adriano Machado/Reuters
Brasil ultrapassa marca de 5 milhões de casos de covid-19
Pouco mais de sete meses depois do primeiro caso de covid-19, o Brasil passou nesta quarta-feira (07/10) a marca de cinco milhões de pessoas infectadas. Segundo o Conass, o país registrou mais 31.553 infecções nas últimas 24 horas, elevando o total para 5.000.694. Ainda nesta quarta-feira, foram registradas mais 734 mortes, elevando o total para 148.228.
Foto: picture-alliance/NurPhoto/G. Basso
Testes no Brasil mostram segurança de vacina chinesa, diz Butantan
Segundo instituto, resultados preliminares em estudo de fase 3 feitos no país são semelhantes aos de ensaios clínicos feitos na China. São Paulo quer começar vacinação no início do próximo ano. (19/10)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/A. Zemlianichenko
"Pandemia deve elevar tanto a fome quanto a obesidade entre brasileiros"
Ex-chefe da FAO, José Graziano se diz preocupado com queda na qualidade da alimentação de crianças fora da escola, bem como com fim do auxílio emergencial, que pode levar milhões a passarem fome e dependerem de caridade. (20/10)
Foto: DW/N. Pontes
Brasil incluirá vacina chinesa em calendário nacional de vacinação
Ministério da Saúde pretende comprar 46 milhões de doses da Coronavac e iniciar imunização em todo país já em janeiro. Resultados de testes ainda são aguardados para liberação de imunizante no país. (20/10)
Foto: Andre Lucas/dpa/picture-alliance
Anvisa autoriza importar 6 milhões de doses de vacina chinesa
Após polêmica envolvendo a Coronavac, a Anvisa autorizou no dia 23 de outubro a importação de 6 milhões de doses da vacina produzido pela chinesa Sinovac em parceria com o Butantan. A licença é só para importação da vacina. Sua distribuição depende de autorização da própria Anvisa. Enquanto ela não autorizar a aplicação, o Butantan deve armazenar as doses e garantir que elas não sejam usadas.