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Tradição de inovar

16 de junho de 2010

Fundada em 1970, feira de arte em Basileia, Suíça, entra em sua 41ª primeira edição. Seus organizadores acreditam na necessidade de seguir o espírito da época e se adaptar às novas tendências.

'Leder Figur', escultura de Allan JonesFoto: picture-alliance/dpa

A Art Basel, mais importante feira de arte moderna e contemporânea do mundo, abre as portas ao público nesta quarta-feira (16/06). Como já é tradição, seus organizadores apostam em novas ideias. "Nós nunca nos repetimos, isso é importante para o nosso sucesso", explica Annette Schönholzer, que dirige o evento anual junto com Marc Spiegler.

'Green Wall - Two Babies' de Zhang XiaogangFoto: picture-alliance/dpa

Inéditas no programa são as seções "Art Feature" – dedicada ao trabalho nas galerias do ponto de vista curatorial – e "Art Parcours", com projetos locais, estabelecendo uma ponte com a população. Mais de 60 mil visitantes são esperados na 41ª edição da feira realizada na cidade suíça de Basileia e que irá até domingo.

Ao lado de uma ampla palheta de clássicos modernos e de arte do pós-Guerra, a seção especial "Art Statements" oferece largo campo de expressão a jovens artistas, que participam com 26 projetos desenvolvidos especificamente para a Art Basel. "Art Unlimited" já se tornou um dos favoritos do público, apresentando mais de 60 obras inovadoras em grande formato. Este ano, algumas chegam a ocupar uma área de 200 metros quadrados.

Seguindo o espírito do tempo

Spiegler observou que é preciso seguir o espírito da época e se adaptar às novas tendências. Com essa concepção, ele e Schönholzer enfrentaram com sucesso o ano de crise 2009, embora o faturamento tenha caído ligeiramente, em relação aos dois anos anteriores. Estão representados na Art 41 Basel um total de 2.500 artistas, através de 300 galerias de arte, a maioria das quais (72) dos Estados Unidos. A Alemanha vem em segundo lugar, com 53 galeristas.

O duo de diretores aposta sobretudo em colecionadores jovens e novos no mercado. Schönholzer disse esperar a volta dos norte-americanos, que, devido à crise financeira global, estiveram afastados em 2009. Porém conta-se também com os europeus e os asiáticos – financeiramente fortes. Assim como na China, o comércio de obras de arte está em forte expansão na Índia, que tem este ano uma participação recorde na Art Basel, com cinco galerias.

Interesse pela feira de arte é grande em BasileiaFoto: picture-alliance/dpa

Seleção rigorosa

Também em 2010 a seleção para participar na importante mostra obedeceu a critérios extremamente rigorosos, porém sem restringir a variedade da oferta. Dos mais de 200 expositores que se candidataram para "Art Feature", foram escolhidas 20 galerias de 12 países, com mostras individuais e coletivas. Ao lado das coletivas com Julius Koller, Roman Ondak e Jiri Kovanda, serão apresentadas instalações individuais inéditas de Charles Atlas, John Cage e Merce Cunningham.

'Ulla2', óleo de Alex KatzFoto: picture-alliance/dpa

Em "Art Parcours", artistas como Daniel Buren, John Bock e Martha Rosler levarão seu trabalho a diferentes locações históricas de Basileia. "Acho importante irmos com a arte até a cidade, e também explorar o potencial desta cidade", disse Schönholzer.

Na coletiva de imprensa que antecedeu a abertura da 41ª edição, ela e Spiegler homenagearam o marchand Ernst Beyeler, fundador do evento em 1970, juntamente com Trudi Bruchner e Balz Hilt. Graças aos contatos de Beyeler com artistas, galeristas e colecionadores, a feira se tornou o que é hoje: um dos mais importantes pontos de encontro artístico do mundo, destacaram os organizadores da Art Basel.

AV/dpa
Revisão: Alexandre Schossler

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