Insatisfação com Olaf Scholz atinge recorde histórico
8 de dezembro de 2023
Nova pesquisa aponta que só 20% dos alemães aprovam o trabalho do chanceler federal. Essa é a pior marca para um chefe de governo na Alemanha desde o início da série histórica.
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O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, nunca foi tão impopular. No poder desde 2021, o social-democrata goza atualmente do menor nível de confiança entre os eleitores do que qualquer chanceler desde 1997 – início da série histórica da pesquisa Deutschlandtrend. Segundo levantamento divulgado na quinta-feira (07/12), apenas 20% dos alemães mostram satisfação com o atual chanceler federal, enquanto 78% se mostram insatisfeitos.
Considerando todo o atual governo alemão, que além do social-democratas liderados por Scholz conta com uma coalizão formada por verdes e liberais, o percentual é ainda pior. Apenas 17% dos eleitores estão no momento satisfeitos com o trabalho do governo federal, um novo recorde negativo para a atual administração. Segundo a pesquisa, 82% expressam críticas ao governo.
Embora esse percentual represente uma nova marca negativa para o governo nos últimos dois anos, a reprovação sobre a performance geral ainda está levemente abaixo de recordes negativos registrados pelas administrações de Gerhard Schröder (SPD), em novembro de 2003 (11%), ou de Angela Merkel (CDU), em 2010 (12%), segundo o jornal Die Welt.
Mas o mesmo levantamento divulgado na quinta-feira mostra que os números negativos de Scholz não param por aí. Apenas 48% dos eleitores avaliam que o chanceler age de "maneira prudente". E só 27% acreditam que ele está "à altura do cargo" (uma queda de 20 pontos em relação a abril de 2022) e apenas 23% acreditam que Scholz é capaz de "liderar bem o país durante uma crise". Por fim, apenas 12% endossam que o chanceler tem capacidade de se comunicar de forma convincente.
Para a Deutschlandtrend, o instituto Infratest dimap entrevistou um total de 1.364 eleitores na Alemanha de segunda a quarta-feira a pedido da emissora ARD. A margem de erro é dois a três pontos percentuais.
Impopularidade dos partidos da coalizão liderada por Scholz
Os maus números do governo também vêm se refletindo nas intenções de voto dos três partidos da coalizão governamental: Partido Social Democrata (SPD), Partido Liberal Democrático (FDP, na sigla em alemão) e Partido Verde. Em setembro de 2021, na última eleição federal, os três partidos combinados somaram 52%, o suficiente para contar com uma maioria simples no Parlamento alemão (Bundestag) e formar um governo.
No entanto, dois anos depois, os três partidos aparecem em declínio entre o eleitorado. Se uma nova eleição fosse realizada neste momento, os três partidos poderiam contar com apenas 33% do eleitorado, mostra a pesquisa Deutschlandtrend – bem abaixo da marca necessária para deter o controle do governo. A próxima eleição federal está marcada para outubro de 2025, mas a oposição conservadora no Parlamento, sentindo a fraqueza do governo, tem pressionado pela realização de uma votação de confiança no Bundestag, que poderia desencadear eleições antecipadas – embora tal cenário pareça improvável, considerando que o governo Scholz tem maioria na Casa.
Na atual coalizão de governo, o SPD de Scholz aparece com o maior declínio em pontos percentuais na intenção de voto do eleitorado, registrando 14%, contra 25,7% conquistados na eleição de 2021.
Os verdes, que somaram 14,8% se saem melhor, registrando atualmente 15%, praticamente a mesma marca de dois anos atrás, mas contrastando com a tendência de crescimento que eles registraram no início dos anos 2020.
Já os liberais (FDP) registram o declínio proporcionalmente mais dramático: em 2021, o partido somou 11,5% dos votos, mas agora amarga apenas 4% das intenções. Caso uma eleição fosse organizada hoje, os 4% dos liberais ficariam abaixo da cláusula de barreira de 5%. Dessa forma, eles nem conseguiriam formar uma bancada no Parlamento – quanto mais compor um governo.
A pesquisa ainda mostra que a União Democrata-Cristã (CDU), o partido da ex-chanceler Angela Merkel e que atualmente está na oposição, é a principal legenda beneficiada pela insatisfação com o governo Olaf Scholz. Na intenção de votos, a legenda soma 32% – acima da marca de 24,1% nas eleições de 2021. Na sequência, aparece o partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD), outro beneficiado com a reprovação do governo, que conta atualmente com 21% – mais que o dobro dos 10,3% conquistados em 2021.
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Recessão e aumento do custo de vida
A avaliação negativa do governo Scholz ocorre após uma esteira de crises que afetaram a Alemanha desde o início de 2022. Com a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, a Alemanha passou a sofrer com uma crise de energia, que elevou os preços, enquanto o país tentava se desdobrar para encontrar outras fontes para diminuir sua dependência de gás barato da Rússia.
A crise de 2022 ocorreu enquanto o país ainda tentava se recuperar do declínio sofrido durante a pandemia. A elevação dos preços não afetou apenas os consumidores, mas também a indústria. Paralelamente, os alimentos sofreram uma alta considerável.
Em 2022, a Alemanha fechou o ano com inflação de 7,9%, a maior taxa anual registrada no país desde a Reunificação, em 1990. O percentual superou até mesmo o recorde anterior para a antiga Alemanha Ocidental, de 7,6% em 1951.
Ainda assim, a economia alemã conseguiu crescer 1,9% em 2022, apesar da crise energética e da guerra na Ucrânia, segundo dados divulgados em janeiro.
Em 2023, no entanto, mesmo com uma baixa da inflação e queda nos preços de energia, a performance da economia deve ser pior que a do ano passado. Segundo projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI), a Alemanha caminha para ser a grande economia com pior desempenho em 2023, e deve sofrer uma retração de 0,5%.
Apesar de a inflação ter caído acentuadamente nos últimos meses, os consumidores ainda relutam em aumentar seus gastos. O mercado de consumo alemão, que representa cerca de dois terços do PIB, caiu 0,3% no terceiro trimestre.
Já as exportações alemãs caíram 0,8%, enquanto as importações caíram ainda mais acentuadamente, 1,3%.
O quadro de recessão pode ser exemplificado pela construção civil. Em outubro, houve um aumento de 22,2% no número de projetos cancelados – o maior desde 1991. Na Alemanha, o setor de construção contribui com 6% do PIB do país e por um em cada dez empregos.
Crise orçamentária levanta questionamentos sobre capacidade de liderança de Scholz
Em meio ao quadro econômico persistentemente negativo, o governo Scholz ainda passou a ter que lidar a partir de novembro com uma crise no Orçamento Federal, que provocou críticas ao estilo de governar do chanceler federal.
A nova crise teve início em 15 de novembro, quando o Tribunal Constitucional da Alemanha determinou que o Orçamento alemão para 2024 violava regras do "freio da dívida" alemão, instituído em 2009, que restringe o déficit orçamental da Alemanha a cerca de 0,35% do seu PIB, e que por anos foi uma vitrine do rigor fiscal do país europeu.
Mais especificamente, o tribunal, após ser acionado pela oposição conservadora, barrou os planos do chanceler de direcionar 60 bilhões de euros de sobras de um fundo de emergência instituído durante a pandemia para um fundo climático e de transformação, que visava fomentar uma revolução verde na Alemanha e modernizar a indústria do país. Em 2021, a própria costura da coalizão do governo Scholz havia sido montada sobre a premissa que o governo seria capaz de contornar o freio e usar esses fundos para projetos defendidos pelos diferentes partidos que compõem o governo.
Agora, com a decisão do tribunal, o governo tem tentado negociar soluções para readequar o Orçamento e deslocar fundos.
A decisão aumentou a pressão sobre o já turbulento governo do Scholz. Após a eclosão da nova crise, a revista semanal Der Spiegel chamou em uma de suas capas o chanceler de "sabe-tudo" que está no processo de "conduzir o país ao caos financeiro".
A decisão também provocou rachaduras na coalizão de governo, com o SPD de Scholz e os Verdes se mostrando favoráveis de um relaxamento das regras do freio para criar espaço no Orçamento. No entanto, os liberais parecem determinados a manter o limite da dívida em vigor. Neste momento, Scholz, o vice-chanceler Robert Habeck (Verdes) e o ministro das Finanças, Christian Lindner (FDP), ainda procuram tapar um buraco de 17 bilhões de euros no orçamento para 2024.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) alertou em 23 de novembro que a crise orçamentária da Alemanha pode prejudicar ainda mais a economia europeia nos próximos anos. "Se houver menos investimentos e gastos na Alemanha nos próximos anos porque há menos dinheiro disponível, isso terá inevitavelmente um impacto na economia da UE", disse Robert Grundke, chefe do departamento alemão da OCDE.
Apesar da rigidez do freio da dívida, que já vinha sendo alvo de críticas antes mesmo dessa crise, uma pesquisa divulgada no fim de novembro pela emissora ZDF mostrou que 61% dos alemães são favoráveis à manutenção do mecanismo fiscal, mostrando mais um descompasso entre a maioria do eleitorado e os planos de Scholz. Apenas 35% se mostraram favoráveis a uma flexibilização.
jps/cn (AP, Reuters, dpa, ots, DW)
O mês de dezembro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Liesa Johannssen/REUTERS
Mundo se despede de um 2023 turbulento
À frente no fuso horário, países no outro lado do mundo, como a Austrália (foto), celebraram primeiro a chegada de 2024. (31/12)
Foto: Roni Bintang/Getty Images
Cancelamento de trens da Eurostar às vésperas do Ano Novo frustra viajantes
Todos os trens da operadora, que conectam Londres a Paris, Bruxelas e Amsterdam, foram cancelados devido às fortes chuvas que inundaram túneis próximos à estação Ebbsfleet International, em Kent, no sul da Inglaterra. A estação St. Pancras, em Londres, ficou lotada de pessoas que tiveram suas viagens canceladas e aguardavam por mais informações ou buscavam alternativas. (30/12)
Foto: James Manning/PA/AP/picture alliance
Ataque russo deixa dezenas de mortos na Ucrânia
Com 158 drones e mísseis, a Rússia promoveu uma das maiores ofensivas aéreas desde o início da guerra contra o país vizinho, em fevereiro de 2022. Os ataques danificaram a infraestrutura civil, indústria e instalações militares e deixaram ao menos 39 mortos e mais de 160 feridos, segundo as autoridades ucranianas. A Polônia disse que teve seu espaço aéreo invadido por um míssil russo. (29/12)
Foto: Valentyn Ogirenko/REUTERS
Aos milhares, migrantes rumam em caravana do México até os EUA
A caravana partiu no dia 24 de Tapachula, na fronteira com a Guatemala, em direção aos Estados Unidos, quase 3 mil km ao norte. Ação é resposta a restrições das autoridades mexicanas à livre circulação de migrantes. Segundo autoridades americanas, uma média de 10 mil deles têm cruzado a fronteira por dia nas últimas semanas. Muitos fogem da pobreza e da violência em seus países de origem. (28/12)
Foto: Jose Torres/REUTERS
Morre ex-ministro das Finanças que moldou política alemã
Ex-presidente do Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão) e ex-ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble morreu aos 81 anos. Conservador da CDU com 51 anos de mandatos ininterruptos – um recorde nos 150 anos de história do Bundestag –, ele era considerado por muitos a encarnação da história recente da política alemã. (27/12)
Foto: Sean Gallup/Getty Images
Ucrânia ataca navio russo na Crimeia
A Ucrânia afirmou ter destruído um navio de guerra russo no porto de Feodosia, na península ucraniana da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014. Horas depois, Moscou confirmou o ataque ao navio Novocherkassk, mas disse que a embarcação foi apenas "danificada". O comandante da Força Aérea ucraniana, tenente-general Mikola Oleschuk, comemorou o ataque. (26/12).
Foto: Ulf Mauder/dpa/picture alliance
Em mensagem de Natal, papa critica dinheiro gasto em armas
Em sua mensagem de Natal, o papa Francisco denunciou a situação humanitária "desesperadora" dos palestinos na Faixa de Gaza e apelou à libertação dos reféns israelenses. O pontífice também pediu o fim das guerras na Ucrânia, na Síria eo Iêmen e criticou as enormes quantias de dinheiro público gastos com armamentos. "Para dizer não à guerra, é preciso dizer não às armas", disse. (25/12)
Foto: Gregorio Borgia/AP Photo/picture alliance
Alemanha reforça segurança na Catedral de Colônia
Autoridades alemãs reforçaram a segurança nas imediações da Catedral de Colônia após receberem alertas de que algum grupo pode estar planejando um ataque no local. Fiéis que compareceram à missa da véspera de Natal passaram a ser revistados e cães farejadores foram trazidos para revistar as instalações. (24/12)
Foto: Roberto Pfeil/dpa/picture alliance
Regime russo barra candidatura de rival de Putin à Presidência
A Comissão Eleitoral da Rússia rejeitou a candidatura de Ekaterina Duntsova às eleições presidenciais de 2024, as quais concorreria contra Vladimir Putin, que está há mais de duas décadas no poder e busca um novo mandato. O órgão alegou "erros em documentos" apresentados por ela, impedindo-a de passar para a próxima fase do processo, que seria a coleta de 300 mil assinaturas de apoiadores. (23/12)
Foto: Alexander Zemlianichenko/AP Photo/picture alliance
Manchester City dá goleada no Fluminense e leva o Mundial de Clubes
Final em Jeddah, na Arábia Saudita, teve sabor amargo para os torcedores do time carioca, que perdeu perdeu por 4 a 0. Sob o técnico Pep Guardiola, clube inglês torna-se campeão mundial pela primeira vez. Ainda assim, o Fluminense levou para casa um prêmio de 4 milhões de dólares (cerca de R$ 19,4 milhões). (22/12)
Foto: Bruna Prado/AP/dpa/picture alliance
Foto de crianças ucranianas brincando em meio à guerra leva prêmio da Unicef
O Fundo das Nações Unidas para a Infância deu a um registro do polonês Patryk Jaracz o título de melhor foto do ano. A imagem mostra três meninas em "um momento de despreocupação sob as escuras nuvens da guerra" e simboliza a "luz da resiliência e da alegria infantis" em meio à "treva das guerras, dos conflitos e das catástrofes globais", afirma o comunicado da entidade. (21/12)
Foto: Britta Pedersen/dpa/picture alliance
Primeiro protesto contra governo Milei na Argentina
Organizações de esquerda e sindicalistas saíram às ruas da Argentina contra as duras medidas econômicas decretadas pelo novo presidente do país, Javier Milei, para tentar superar a crise econômica do país. Visando desmobilizar as manifestações, o governo ameaçou prender e cortar benefícios sociais dos que bloqueassem as ruas. (20/12)
Foto: Agustin Marcarian/REUTERS
Erupção vulcânica na Islândia
Um vulcão na península de Reykjanes, no sudoeste da Islândia, entrou em erupção na madrugada de segunda para terça, expelindo lava a mais de 100 metros de altura e gerando preocupação. A lava parecia fluir para longe da única cidade da região, Grindavik, oferecendo esperança de que ela seria poupada. Área do vulcão, ao sul da capital, Reykjavik, teve atividade sísmica intensa em novembro. (19/12)
Foto: Kristin Elisabet Gunnarsdottir/AFP
Tratores "invadem" Berlim em protesto de agricultores
Milhares de agricultores conduzindo mais de 1.500 tratores protestaram em frente ao Portão de Brandemburgo, em Berlim. A manifestação foi convocada pela Associação Alemã de Agricultores depois de a coalizão que governa o país ter acordado em eliminar o subsídio ao diesel agrícola e declarar o fim da isenção de impostos a veículos agrícolas e florestais. (18/12)
Foto: Fabian Sommer/dpa/picture alliance
Israel anuncia descoberta de maior túnel do Hamas até agora
O exército israelense anunciou ter descoberto o maior túnel do grupo radical islâmico Hamas até agora na Faixa de Gaza. De acordo com Israel, a estrutura tem cerca de quatro quilômetros de comprimento e três metros de altura e fica a 50 metros de profundidade. Uma das saídas fica em Erez, a apenas 400 metros da fronteira entre Israel e o enclave palestino. (17/02)
Foto: Jack Guez/AFP
Morre o cantor e compositor Carlos Lyra
Um dos grandes nomes da bossa nova, o cantor e compositor Carlos Lyra morreu aos 90 anos. De 1958 a 1965, Carlos Lyra, em parceria com Vinicius de Moraes e Ronaldo Bôscoli, produziu músicas como "Primavera", "Minha Namorada", "Marcha da Quarta-Feira de Cinzas" e "Coisa Mais Linda" — gravadas por João Gilberto, Nara Leão, Astrud Gilberto, Elis Regina, entre outros ícones da bossa nova. (16/12)
Foto: public domain
Exército de Israel mata três reféns por engano
As forças armadas de Israel afirmaram que suas tropas mataram três reféns israelenses na Faixa de Gaza, após confundi-los com uma ameaça. Num comunicado, as forças israelenses disseram que os reféns foram mortos durante intensos combates com membros do Hamas. O incidente provocou protestos em Israel, com manifestantes exigindo que o país negocie um novo acordo para a libertação dos reféns (15/12)
Foto: Violeta Santos Moura/REUTERS
Congresso derruba vetos de Lula ao marco temporal
Proposta limita demarcações de terras indígenas às ocupadas por eles no dia em que a Constituição foi promulgada. Decisão impõe dura derrota ao governo e envia recado ao STF, que havia votado contra a aplicação da tese. O marco temporal, fortemente defendido pelo agronegócio, foi apoiado por ruralistas, partidos de oposição e até alguns que compõem a base aliada ao Planalto. (14/12)
Foto: Eraldo Peres/AP Photo/picture alliance
Senado aprova indicações de Flávio Dino (STF) e Paulo Gonet (PGR)
O Senado confirmou, após uma inédita sessão de sabatinas conjuntas, a indicação do ministro da Justiça Flávio Dino para assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal e do vice-procurador-geral eleitoral Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República. Na votação em plenário, Dino recebeu 47 votos a favor e 31 contra, e Gonet, 65 votos favoráveis e 11 contrários. (13/12)
Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Assembleia Geral da ONU aprova resolução que pede cessar-fogo em Gaza
A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução não vinculativa que exige um cessar-fogo humanitário imediato na Faixa de Gaza, no conflito entre Israel e o Hamas. O projeto de resolução, apresentado pelo Egito, obteve 153 votos a favor, 10 contra e 23 abstenções. Entre os países que votaram contra estão Israel, Estados Unidos e Áustria. O Brasil votou a favor. (12/12)
Foto: Eduardo Munoz/REUTERS
Segundo grupo de brasileiros repatriados de Gaza chega a Brasília
O segundo grupo de brasileiros vindos da Faixa de Gaza chegou a Brasília, em mais um voo da operação do governo federal para repatriar cidadãos e seus familiares, em meio à guerra entre Hamas e Israel. O grupo é composto por 48 pessoas - 11 têm cidadania brasileira e 37 são palestinos membros de suas famílias. No total, são 27 crianças e adolescentes, 17 mulheres e quatro homens adultos. (11/02)
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Empossado presidente, Javier Milei promete ajuste duro na Argentina
O 12º presidente eleito em 40 anos de democracia desde o fim da ditadura militar quebrou o protocolo ao discursar na escadaria do Congresso. A apoiadores, o populista de direita jurou reconstruir o país endividado, cortando radicalmente gastos públicos para remediar uma economia em crise permanente, com uma inflação que chegará aos 250% no final do ano. (10/12)
Foto: Matias Baglietto/REUTERS
Três anos depois, Justiça francesa condena seis menores por morte de professor
A Justiça francesa condenou seis adolescentes por conspirar e fazer falsas acusações que culminaram no assassinato do professor Samuel Paty, 47 anos, no subúrbio de Paris, em 2020, por causa de uma caricatura do profeta Maomé. Cinco deles receberam penas suspensas de 6 a 18 meses e um será monitorado por dispositivo eletrônico. O autor do crime, de 18 anos, foi morto pela polícia na época. (09/12)
Foto: Bertrand Guay/AFP/Getty Images
EUA vetam resolução do Conselho de Segurança que exigia cessar-fogo em Gaza
Os EUA vetaram um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU que exigia um cessar-fogo humanitário imediato na Faixa Gaza. A resolução, de autoria dos Emirados Árabes Unidos e apoiada por dezenas de Estados-membros, teve 13 votos a favor e uma abstenção (Reino Unido). No entanto, foi rejeitada devido ao voto contrário dos EUA, um dos cinco membros permanentes e com poder de veto. (08/12)
Foto: Charly Triballeau/AFP/Getty Images
"Não queremos guerras", diz Lula sobre o Essequibo
Na cúpula do Mercosul no Rio de Janeiro, o presidente Lula disse que está "cada vez mais preocupado" com a crescente tensão entre Venezuela e Guiana. "Não queremos guerras nem conflitos, precisamos construir a paz, porque só com a paz podemos desenvolver nossos países", alertou. Ele aconselhou que a CELAC e a UNASUL "sejam plenamente utilizadas para tratar pacificamente dessa questão". (07/12)
Foto: Silvia Izquierdo/AP/picture alliance
Taylor Swift eleita Pessoa do Ano de 2023 pela revista "Time"
Cantora superou limites a bateu recordes com "The Eras Tour" e com o filme de mesmo nome sobre sua turnê. "Swift é uma rara pessoa que é, ao mesmo tempo, roteirista e heroína de sua própria história”, afirmou a "Time". Ela foi a escolhida entre um grupo de nove finalistas que incluía o rei Charles 3º, a boneca Barbie, o líder russo Vladimir Putin e o presidente chinês Xi Jinping. (06/12)
Foto: Photograph by Inez and Vinoodh for TIME
Alemanha anuncia R$ 550 mi a projetos ambientais no Brasil
O governo alemão firmou com o Brasil nove projetos de cooperação na área ambiental, no valor de R$ 550 milhões. A verba será utilizada para estruturar planos de combate ao desmatamento, apoiar atividades de restauração florestal e de manejo sustentável e ajudar comunidades. Na foto, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e a ministra alemã de Cooperação Econômica, Svenja Schulze. (05/12)
Foto: MMA
Em Berlim, Lula e Scholz reiteram apoio ao pacto Mercosul-UE
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, defenderam a conclusão do acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE). Lula, que está em viagem oficial à Alemanha, no entanto, admitiu dificuldades, especialmente com a França, que se opõe ao acordo, e também indicou resistência da Argentina, mas afirmou que não pretende desistir. (04/12)
Foto: Michele Tantussí/AFP
Lula chega a Berlim com o objetivo de reaproximar relação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a Berlim para cumprir uma agenda de três dias, marcando um novo capítulo na reaproximação entre o Brasil e a Alemanha após um período de distanciamento nos governos Temer e Bolsonaro. Na agenda, estão encontros com o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, e o chanceler federal, Olaf Scholz, além de assinatura de parcerias. (03/12)
Foto: Ricardo Stuckert/PR
Nevasca paralisa o sul da Alemanha
Uma forte nevasca atingiu o sul da Alemanha, causando grandes perturbações no aeroporto de Munique e no transporte rodoviário e ferroviário da região. Alguns lugares do estado da Baviera registraram até 40 centímetros de neve. Milhares de famílias ficaram sem eletricidade, porque árvores cederam sob as grandes quantidades de neve e caíram nas linhas de energia. (02/12)
Foto: Lukas Barth/dpa
Congresso americano cassa o brasileiro George Santos
Em votação histórica, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos cassou o mandato do polêmico deputado republicano após 11 meses no cargo. Filho de imigrantes brasileiros que se alçou à política com um currículo inventado, Santos, 35, enfrenta uma série de acusações na Justiça por fraude e uso irregular de dinheiro de campanha, dentre outras suspeitas. (01/12)