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60 anos de Instituto Goethe

6 de julho de 2011

Cerimônia em Berlim marca os 60 anos da instituição, que tem entre suas principais tarefas promover a língua e a cultura alemãs e difundir informações sobre a Alemanha no exterior.

Westerwelle e LehmannFoto: picture-alliance / schroewig

Uma cerimônia realizada no museu Gemäldegalerie, em Berlim, na noite desta terça-feira (05/07), celebrou os 60 anos do Instituto Goethe. Fundada em 1951, a instituição tem por tarefa promover a língua e a cultura alemãs tanto na Alemanha como no exterior. Somente em 2010, mais de 200 mil alunos se matricularem nos cursos de idioma do instituto, com unidades em 92 países.

Na cerimônia em Berlim, o ministro alemão do Exterior, Guido Westerwelle, defendeu uma maior abertura da Alemanha para os imigrantes estrangeiros. "Temos que nos tornar atraentes para pessoas de diferentes culturas", disse. "Quem vem até nós precisa ter a certeza de que, ao lado de sua família, pode se sentir bem em nossa sociedade."

O presidente do Instituto Goethe, Klaus-Dieter Lehmann, destacou como prioritárias as ações em países em desenvolvimento e emergentes. "Hoje é dada maior ênfase ao desenvolvimento de relações nas inúmeras regiões em crise do mundo, ao fortalecimento da sociedade civil e ao estabelecimento de infraestruturas para a cultura e a educação", afirmou na cerimônia, à qual compareceram ainda o ex-ministro do Exterior Hans-Dietrich Genscher e os antigos presidentes do Goethe Jutta Limbach e Hilmar Hoffmann.

Sessenta anos de história

Quando o Instiuto Goethe foi fundado, em 1951, o objetivo era apenas oferecer cursos de alemão para professores estrangeiros. Seis décadas depois, o Goethe transformou-se numa instituição cultural da Alemanha, com suas 150 unidades em todo o mundo, que promovem milhares de eventos por ano.

Desde 1969, o Goethe é oficialmente encarregado de promover a cultura alemã no exterior. Mas o começo não foi fácil. Oriundo da Deutsche Akademie, extinta pelos americanos em 1945, o instituto precisou, no início, lutar para definir uma clara linha de atuação, segundo o estudo Von der Deutschen Akademie zum Goethe Institut (Da Deutsche Akademie ao Goethe Institut), do historiador Eckard Michels.

Em 1953, foram abertos os primeiros cursos de idioma para estudantes, na Baviera – em Bad Reichenhall, Murnau e Kochel. A ideia era mostrar a Alemanha do pós-Guerra pelo seu melhor ângulo, em pequenas localidades idílicas.

Apenas na década de 1960 e 1970 a atuação do Goethe passou a ter um viés político-social. Em 1964, por exemplo, o historiador alemão Golo Mann defendeu, numa palestra no Instituto Goethe de Roma, a chamada linha Oder-Neisse como fronteira definitiva da Alemanha com a Polônia, um tema polêmico à época.

Em 1974, um exposição do ilustrador Klaus Staeck na unidade de Londres criou polêmica ao retratar de forma satírica o popular político bávaro Franz Josef-Strauss.

Recentemente, em 2006, o Instituto passou por uma reforma estrutural, e desde então administra seu próprio orçamento. O Ministério do Exterior da Alemanha arca com dois terços dos custos, o que, em 2010, correspondeu a 223 milhões de euros.

No Brasil, o Instituto Goethe possui seis centros: em Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. A instituição organiza e apoia eventos culturais e oferece cursos de idiomas em diversos níveis para adultos e jovens, assim como cursos específicos para determinadas áreas do conhecimento. Há ainda a possibilidade de prestar exames para obtenção de certificados de língua alemã e consultar materiais impressos e audiovisuais, em alemão e em português, nas bibliotecas de cada unidade.

LF/dpa
Revisão: Alexandre Schossler

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