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Integração européia já passou por várias crises

(gh)1 de junho de 2005

Turbulência causada pelo "não" dos franceses e holandeses à Constituição européia não é primeira que o processo de integração do bloco enfrentou desde 1954. Também não é a primeira crise desencadeada pela França.

Franceses já disseram 'não' mais de uma vezFoto: AP

Atribui-se ao ideólogo francês Jean Monet, um dos maiores defensores da integração européia, a afirmação de que o processo de unificação se realiza em meio a crises e que a Europa é a soma das soluções de todas elas. Dentro desta perspectiva otimista, o "não" dos franceses e holandeses à Constituição européia é uma dessas crises que, uma vez solucionada, pode ser uma chance para mais integração. Confira algumas das crises já superadas pela UE.

30 de agosto de 1954 – A Assembléia Nacional francesa nega-se a ratificar o tratado de criação da Comunidade Européia de Defesa (CED), assinado em maio de 1952. Somente 40 anos depois seriam retomados os esforços para uma política européia de segurança e defesa.

14 de janeiro de 1963 – O presidente francês Charles de Gaulle (1890–1970) impede por veto o ingresso do Reino Unido na então Comunidade Européia, o que só veio a acontecer dez anos mais tarde.

1º de julho de 1965 – A França rompe negociações com os outros países-membros, depois de uma disputa pelo financiamento da Política Agrícola Comum (PAC) e, durante sete meses, não ocupa seus cargos europeus.

Thatcher arrancou um polêmico 'desconto' para os britânicosFoto: AP

30 de novembro de 1979 – A primeira-ministra britânica Margaret Thatcher insiste durante uma reunião de cúpula em Dublin em obter um desconto na contribuição britânica ao orçamento europeu. Em 1984, os britânicos conseguem o "desconto", para desgosto de outros países-membros, que até hoje questionam esse privilégio do Reino Unido.

2 de junho de 1992 – O Tratado de Maastricht sobre a união monetária é rejeitado em referendo por 50,7% dos dinamarqueses. Após obterem várias concessões, eles aprovam um texto modificado por 57% dos votos em 1993.

16 de março de 1999 – A Comissão Européia, presidida pelo luxemburguês Jacques Santer, renuncia coletivamente, diante de graves denúncias de fraude.

Dezembro de 2000 – Divergências profundas marcam a reunião dos 15 países da UE em Nice (França), onde estava em pauta o funcionamento das instituições européias após a ampliação para 25 membros em 1º de maio de 2004.

8 de junho de 2001 – Os irlandeses rejeitam por 54% dos votos o Tratado de Nice num plebiscito. No dia 19 de outubro de 2002, 62% deles aprovam o texto.

Guerra no Iraque dividiu governos e uniu pacifistas na EuropaFoto: AP

Início de 2003 – A crise do Iraque divide a Europa. Enquanto Alemanha e França são contra a intervenção militar americana, Reino Unido, Espanha, Itália, Portugal, Dinamarca, Polônia, República Tcheca e Hungria apóiam os EUA.

13 de dezembro de 2003 – Os 25 países da futura UE ampliada não conseguem chegar a um acordo em Bruxelas para dotar a Europa de sua primeira Constituição, depois de uma disputa sobre o sistema de voto a ser aplicado. O atual processo de ratificação é a continuação desse filme.

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