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Internet ajuda na coordenação de socorro às vítimas de supertufão

Marcus Lütticke (md)12 de novembro de 2013

Destruição e miséria tomaram conta das Filipinas, e equipes de resgate travam luta contra o tempo para encontrar sobreviventes e levar ajuda a necessitados. Internet prova ser meio eficaz de auxílio.

Foto: twitter.com/typhoonhaiyan

São imagens assustadoras que saem das Filipinas para o mundo. Ao menos 10 mil pessoas teriam morrido, milhares ainda estão desaparecidas. Para amigos e parentes, em muitos casos é extremamente difícil estabelecer contato direto. Muitas pessoas não sabem se seus entes queridos sobreviveram e onde eles estão.

As redes sociais e outros serviços de internet podem fornecer uma ajuda fundamental para a superação dessa crise humanitária. A rede mundial de computadores desempenha um papel decisivo tanto na procura de pessoas tidas como desaparecidas como na coordenação de esforços de socorro e na arrecadação de donativos.

Busca por desaparecidos

Person Finder, do Google, é uma plataforma onde as pessoas em áreas de catástrofes podem ser registradas como desaparecidas. Quem souber alguma coisa sobre o paradeiro do indivíduo procurado pode comunicar essa informação, através da página, à pessoa que deixou o anúncio da procura. Atualmente existem 22.900 entradas armazenadas no serviço.

Através do serviço de mensagens curtas Twitter também podem ser feitos anúncios de busca de desaparecidos. Na maioria dos casos, uma foto é adicionada, além de uma indicação do último lugar onde a pessoa foi vista.

Person Finder, do Google, ajuda a localizar pessoas

Para classificar esses tweets, Patrick Meier, um suíço que trabalha para a Fundação Qatar, criou a página MicroMappers. Através dela, voluntários podem procurar tweets e dividi-los em categorias.

Além da busca por pessoas desaparecidas, os tweets podem ser divididos em categorias como "pedidos específicos de ajuda" ou "destruição de infraestrutura e edifícios". Todos os dados classificados são disponibilizados às Nações Unidas.

Ajuda no próprio local

A conta de Twitter @Typhoonhaiyan é uma tentativa de se criar uma plataforma central para o apoio às vítimas do tufão. Os criadores do site, as organizações Backspace News, Ásia Centria e Newsgon, recomendaram aos usuários uma lista de hashtags para facilitar a classificação das mensagens curtas inseridas.

Hashtags são palavras-chave antecedidas pelo símbolo # e identificam os tweets tematicamente.

Com #RescuePH, por exemplo, devem ser etiquetados somente tweets de pessoas que necessitam de ajuda urgente no local. Mas a ideia aparentemente não funciona. Alguns usuários postam outros tipos de mensagens curtas com essa mesma hashtag, causando confusão.

@Typhoonhaiyan tenta orientar uso de hashtagsFoto: twitter.com/TyphoonHaiyan/status/399310728349241344

A empresa Google criou, para uma melhor coordenação da ajuda, um "Crisis Map" (mapa da crise), em colaboração com o governo filipino. Nele, é possível listar e encontrar centros de abrigos provisórios, hospitais e centros de controle de crise.

Pedidos internacionais de ajuda

As principais organizações humanitárias internacionais pedem, através das redes sociais, fornecimento de ajuda às pessoas afetadas. A Cruz Vermelha Alemã postou um pedido de donativos em sua página no Facebook.

Talvez se forme uma grande onda de solidariedade, como após o tsunami devastador de 2004. Naquela época, só na Alemanha foram coletados quase 700 milhões de euros em doações.

"Crisis Map" desenvolvido pelo Google e pelo governo filipinoFoto: google.org/crisismap/2013-yolanda

A internet, e especialmente as redes sociais, comprovaram ser uma ferramenta eficaz para a coordenação do socorro diante da corrida contra o tempo travada em tragédias como essa para o salvamento de vidas humanas.

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